Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/97252
Título: Luanda no Estado Novo - Planos Urbanos (de 1941 - 1952)
Outros títulos: Luanda in the Estado Novo - Urban Plans (1941 - 1952)
Autor: Fernandes, Maria das Mercês Simões Dias Bobone
Orientador: Porto, Antonieta Ferreira Reis Leite
Palavras-chave: Luanda; Planos; Colonialismo; Cidade-Jardim; Luso-tropicalismo; Luanda; Plans; Colonialism; Garden City; Luso-tropicalism
Data: 23-Set-2021
Título da revista, periódico, livro ou evento: Luanda no Estado Novo - Planos Urbanos (de 1941 - 1952)
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: During the Estado Novo period, between the years 1933 to 1975 Portugal tried to assert itself in the international political scene in different ways. The colonies under Portuguese rule also served the purpose of demonstrating the rhetoric of the Estado Novo, namely that Portugal was not a small country and that in fact its size was relevant in the international context, extending overseas beyond the European borders . During this period, the Estado Novo invested heavily in the overseas colonies, particularly in Angola and Mozambique, encouraging the migration of settlers from the metropolis, with the objective not only of exploring the territory, but of imposing itself as the dominant culture. In this context, architecture and urbanism were fundamental tools for the colonization process.This dissertation studies precisely this relationship between urban planning and colonialism, from the analysis of plans conceived for the capital of Angola, Luanda, in the period 1941 to 1952. Through the analysis of three plans, the Plano de Urbanização para a cidade de Luanda, by Étienne de Gröer and David Moreira da Silva, in 1941-1943, the work of Vasco Vieira da Costa, Luanda – Cidade Satélite nº3, from 1948, and finally the Plano Urbano para a cidade de Luanda, by João António Aguiar, from 1949-1952, made it possible to observe and understand 1) how the use of European planning models – in this case, the Jardim Cidade model, by Ebenezer Howard – was adapted to the African continent and Portuguese colonial strategies; 2) as the sociological model of Gilberto Freyre’s Luso-tropicalism, it served as an argument for the application of the colonial strategy intended by the Estado Novo; and 3) how these strategic plans for the development and planning of the territory, even though they were never fully effective, were tools for the Estado Novo regime to leave its mark on this city.
No período do Estado Novo, entre os anos de 1933 a 1974, Portugal tenta afirmar-se no panorama político internacional de diversas formas. As colónias sob domínio português serviam também o propósito de demonstrar a retórica do Estado Novo, nomeadamente que Portugal não era um país pequeno e que na verdade a sua dimensão era relevante no contexto internacional, estendendo-se por além-mar para lá das fronteiras europeias. Nesse período o Estado Novo investe fortemente nas colónias ultramarinas, em particular em Angola e Moçambique, fomentando a migração de colonos da metrópole, com o objetivo não só da exploração do território, mas de se impor como cultura dominante. Nesse âmbito a arquitetura e o urbanismo foram ferramentas fundamentais para o processo de colonização.A presente dissertação estuda precisamente essa relação entre planeamento urbano e colonialismo, a partir da análise dos planos concebidos para a capital de Angola, Luanda, no intervalo de 1941 a 1952. Através da análise de três planos, o Plano de Urbanização para a cidade de Luanda, por Étienne de Gröer e David Moreira da Silva, em 1941-1943, o trabalho de Vasco Vieira da Costa, Luanda – a Cidade Satélite nº3, de 1948, e por último o Plano Urbano para a cidade de Luanda, de João António Aguiar, de 1949-1952, foi possível observar e compreender 1) como a utilização de modelos europeus de planeamento – no caso, o modelo da Cidade Jardim, de Ebenezer Howard – foi adaptada ao continente africano e às estratégias coloniais portuguesas; 2) como o modelo sociológico do Luso-tropicalismo de Gilberto Freyre, serviu como argumento para a aplicação da estratégia colonial pretendida pelo Estado Novo; e 3) como estes planos estratégicos para o desenvolvimento e ordenamento do território, mesmo sem nunca terem entrado integralmente em vigor, foram ferramentas para o regime do Estado Novo deixar a sua marca nesta cidade.
Descrição: Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia
URI: https://hdl.handle.net/10316/97252
Direitos: openAccess
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