Please use this identifier to cite or link to this item:
https://hdl.handle.net/10316/91121
Title: | Nem Luz Pura, Nem Sombra: “Nostalgia da Luz” como Documentário Poético Politizado | Authors: | Branco, Sérgio Dias | Keywords: | Chile; Ciência; Cinema documental; Memória | Issue Date: | 2020 | Publisher: | Imprensa da Universidade de Coimbra | Serial title, monograph or event: | Visões da Luz | Place of publication or event: | Coimbra | Abstract: | Com “Nostalgia da Luz” (“Nostalgia de la luz”, 2010), Patricio Guzmán continua e desenvolve uma obra documental em torno da inscrição da memória da ditadura militar fascista de Augusto Pinochet no Chile atual. Enquanto astrónomos buscam as origens da humanidade nos astros a partir do deserto de Atacama, há mulheres que procuram os restos mortais dos seus familiares no mesmo lugar. Mostrando as relações entre a ciência e o passado, por um lado, e a arte e o passado, por outro, o filme mistura e liga, caldeia, o sentido literal e o sentido figurado. Receber luz das estrelas longínquas e lançar luz sobre o destino das vítimas da ditadura são duas formas complementares de criar conhecimento e de procurar esclarecimento. “Nostalgia da Luz” opta pelo modo documental poético que Bill Nichols descreveu, mas problematiza a forma como ele o define. Ainda que trabalhe ritmos temporais e justaposições espaciais através de associações e padrões, dando prioridade ao tom, ao ambiente, à textura, à afeção, o filme inclui demonstrações de conhecimento e atos de persuasão, ampliando a componente retórica que costuma ser reduzida neste modo documental. Esta singular característica está relacionada com a sua perspetiva politizada, correspondendo à necessidade, articulada por Walter Benjamin, da politização da arte contra a estetização da política no combate contra o fascismo. A composição poética surge a par da dimensão da lembrança, da memória que a humanidade carrega consigo sem conhecer, da memória que as gentes chilenas não querem esquecer, investigando-a, reconstituindo-a. Em “Nostalgia da Luz”, que podemos descrever com rigor como um documentário poético politizado, nem a poesia é um adorno, nem a politização é um acrescento. São modos de perspetivar a realidade viva que o filme salienta como emergindo da reali-dade como história vivida. | URI: | https://hdl.handle.net/10316/91121 | ISBN: | 978-989-26-1818-0 | DOI: | 10.14195/978-989-26-1819-7 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | FLUC Secção de Artes - Livros e Capítulos de Livros |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
2020_Nem.Pura.Luz.Nem.Sombra.pdf | 547.26 kB | Adobe PDF | View/Open |
Page view(s)
308
checked on Oct 15, 2024
Download(s)
235
checked on Oct 15, 2024
Google ScholarTM
Check
Altmetric
Altmetric
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.