Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/87572
Título: Análise geográfica do risco de exposição a infrasons e ruído de baixa frequência, com origem em turbinas eólicas
Autor: Almeida, João Nuno Freitas de
Orientador: Alves-Pereira, Mariana
Nossa, Paulo
Palavras-chave: Turbinas eólicas; Ruído; Infrasons; Ruído de baixa frequência; Saúde; Qualidade de vida; Geografia
Data: 19-Mar-2019
Resumo: Apesar dos avanços tecnológicos para tornar as turbinas eólicas mais silenciosas, elas ainda produzem sons resultantes da sua mecânica e aerodinâmica, assim como infrasons e ruído de baixa frequência, que podem afetar a qualidade de vida das populações humanas e animais. Este tipo de ruído pode desenvolver processos acústicos que não são processados pelo ouvido e podem causar danos irreversíveis no corpo humano. Este estudo teve como objetivo analisar o comportamento do ruído de turbinas eólicas, baseado na distância até a fonte, velocidade do ar e direção do vento. Pretendeu também medir o nível de pressão sonora produzida por turbinas eólicas e analisar a diferença entre os infrasons e o ruído de baixa frequência e o ruído ambiental, assim como, a diferença entre medir estes ruídos em decibel com e sem ponderação A. Para cumprir com estes objectivos, foram seleccionados três parques eólicos do distrito de Leiria, onde foram realizadas um total de 416 medições. Desta forma, o tipo de estudo foi observacional de coorte transversal e a amostragem foi probabilística quanto ao tipo e por conveniência quanto à técnica. Estas medições foram realizadas com um sonómetro de marca CESVA, modelo SC420. As medições foram realizadas tendo em consideração os pontos cardeais e colaterais em redor dos parques eólicos de Cela (concelho de Alcobaça), Marvila (concelho da Batalha) e Chão Falcão (concelhos de Batalha e Porto de Mós). Desta forma, os pontos de medição foram definidos às distâncias de: 0; 0,5; 1; 2; 3; 4; 5; 10; 15 km. Para dar cumprimento aos objectivos definidos foram avaliados quatro tipos de ruído que foram classificados e medidos da seguinte forma: infrasons (0-20 Hz/dB), ruído de baixa frequência (20-500 Hz/dB), infrasons e ruído de baixa frequência (0-500 Hz/dB) e ruído ambiental (dB(A)). Os resultados obtidos mostraram que a distância não é um fator relevante na redução dos níveis de ruído, em especial dos infrasons e do ruído de baixa frequência. Quanto à velocidade do ar, conluiu-se que é uma variável que influencia a produção do ruído que contempla os infrasons. De facto, foi possível verificar que quanto maior a velocidade do ar, maior os níveis de pressão sonora. Também foi possível constatar que os pontos de medição a Sul e a Sudoeste foram onde se registaram níveis de pressão sonora mais elevados. Outros fatores mostraram-se relevantes na propagação do ruído, nomeadamente o perfil do terreno, a existência de grutas, a proximidade à costa e a existência de florestas. Conclui-se haver diferenças entre a medição em dB e dB(A), sobretudo no que diz respeito aos níveis de pressão sonora, face a determinadas frequências, nomeadamente os infrasons. A malha de ponderação mostra-se relevante na protecção auditiva. No entanto, os infrasons têm mais efeitos negativos do ponto de vista não audível e, por conseguinte, esta malha de ponderação revela-se inútil. Conclui-se que é importante adotar medidas de gestão territorial tomando em conta a proteção da saúde pública, particularmente na instalação de parques eólicos a distâncias consideradas seguras e incluir estes tipos de ruído (infrasom e ruído de baixa frequência) em estudos de impacto ambiental.
Descrição: Tese de Doutoramento em Geografia, no ramo de Geografia Humana, apresentada ao Departamento de Geografia e Turismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/87572
Direitos: openAccess
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