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Título: Os discursos sobre o Conhecimento da Leishmaniose Humana em Portugal
Autor: Silva, Carolina Farinha Batista Moreira da 
Orientador: Santos, Ana Luísa
Maia, Marta Antunes
Palavras-chave: leishmaniose; subnotificação; desconhecimento; Educação em Saúde; discursos; leishmaniasis; underreporting; unawareness; Health Education; discourses
Data: 9-Set-2015
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: A leishmaniose é uma infeção parasitária transmitida pela picada de um inseto. É endémica em pelo menos 98 países, manifestando-se em seis tipos, sendo a leishmaniose cutânea, mucocutânea e a visceral os principais. Portugal, faz parte dos países da Bacia Mediterrânea onde a doença é endémica, e tal como no resto da Europa, apesar de ser de notificação obrigatória, a subnotificação da doença humana é notória. Além disso, são diversas as referências ao desconhecimento da doença existindo estudos sobre técnicas de divulgação. Contribuindo para o estudo da doença em Portugal, visa-se a recolha de dados sobre o conhecimento desta em diferentes grupos populacionais de modo a que se torne um ponto de partida para futuras investigações na área e/ou possíveis projetos de Educação em Saúde. Como as doenças infeciosas se inserem num contexto biológico e social, usa-se a Educação em Saúde como ferramenta de partilha do conhecimento das doenças e mudanças de comportamentos de risco. Sendo a Educação uma prática de apropriação social de discursos, esta acaba por criar grupos de indivíduos segundo cada tipo de discurso, como o discurso médico e o discurso não-médico. Nesse sentido, foram estes dois grupos utilizados como amostra no presente estudo. Através de entrevistas semiestruturadas, estudou-se a sensibilidade de 16 médicos sobre a doença, e o conhecimento de 16 alunos da Universidade de Coimbra. E recorrendo a um inquérito online analisou-se o conhecimento de 121 indivíduos a nível nacional. A partir das entrevistas concluiu-se que sete indivíduos nunca ouviram falar da doença e o conhecimento desta é pouco e depende de ser médico, ter experiência de casos e ser especialista de doenças infeciosas. Para os 121 inquiridos, 84 conheciam a doença e dos 67 que deixaram comentário sugeriam a divulgação da informação sobre a mesma. Não só é necessária a divulgação de informação sobre a doença entre médicos e nãomédicos, mas também que essa divulgação seja correspondente e abrangente aos diferentes grupos discursivos existentes, de modo a que se alterem os comportamentos de risco e que se diminua a sua subnotificação.
Leishmaniasis is a parasite infection transmitted by an insect bite. It is endemic at least in 98 countries, and is expressed in 6 types, three of which are the most common: cutaneous, mucocutaneos and visceral leishmaniasis. Portugal is one of the endemic countries in the Mediterranean basin. As in the other European countries, where reporting of this (human) disease is mandatory, the underreporting is notorious. Moreover, there are several references as to the unawareness of this disease with published studies on techniques of disclosure. To contribute for the disease research in Portugal, the aim of the present study is to collect data on disease unawareness in different population groups to have a start point for future research in this area and/or possible Health Education projects. As infectious diseases are integrated in a biological and social context, Health Education is used as a sharing tool of disease knowledge and as catalyst for changes in risk behaviour. Being a social appropriation of discourses, Education creates individual groups according to the type of discourse, such as the medical and non-medical individuals. Therefore, the present study is based on these two different groups. Through semi structured interviews, sensitivity of the disease was gauged from 16 physicians and the disease knowledge was studied from 16 students at the University of Coimbra. Using an online survey the knowledge of this disease was assessed through 121 individuals located nationwide. From the interviews it was concluded that seven individuals had never heard of the disease, and the knowledge of this is little and depends of being doctor, having case experience and being specialist of infectious diseases. Of the 121 enquired, 84 knew of the disease and of the 67 that left an opinion, suggested further disclosure actions about it. Not only it is necessary to disseminate the information about this disease among medical and non-medical individuals, but also that disclosure be correspondent and extensive to different discursive groups, so that changing risk behaviour and a decrease in underreporting takes place.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Antropologia Médica apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/40144
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FCTUC Ciências da Vida - Teses de Mestrado

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