Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/32895
Título: A cidade, o campo e o mime : uma leitura da casa de hóspedes de Balkrishna Doshi, 1956-65
Autor: Drouet, Sarah Iris 
Orientador: Providência, Paulo
Palavras-chave: Doshi, Balkrishna, 1927-, obra; Arquitectura vernácula pós-colonial, Índia; Casa de hóspedes de Balkrishna Doshi; Habitação colectiva, Índia
Data: Jul-2016
Resumo: À procura dos princípios da dinâmica singular da obra de Balkrishna Doshi, este estudo coloca-se no lugar inquieto da concepção de um projecto construído em 1965 em Ahmedabad. Feita do deslocamento de elementos urbanos para o privado, a obra do arquitecto indiano absorve os pormenores construtivos de Louis Kahn e a agilidade de Le Corbusier — o dito acrobate que confere a Doshi o papel do mime — para desenvolver gestos silenciosos, aprendidos e contudo improvisados. Na Casa de Hóspedes da Ahmedabad Textile Industry's Research Association aparece em relevo o que inquietava o arquitecto: além da referência aos mestres modernos, ao familiarizar-se com o modelo rural da arquitectura popular indiana, era paradoxalmente a cidade, pela construção de habitação a custo mínimo, aquilo que o arquitecto interrogava — a cidade no seu sentido lato: o do lugar de convívio. Falar de um arquitecto como de um mime é já colocar pistas de investigação; implica traçar o seu percurso inicial e encontrar nele pontos de convergência entre a sua obra e os modelos conhecidos. É a época entre 1947 e 1965 que nos interessa: as datas correspondem, entre outros, à Independência da Índia e ao famoso banho no Mediterrâneo de Le Corbusier, o mestre adoptado por Doshi — dois eventos cuja justaposição numa só frase pode parecer incongruente, mas que o estudo, nas entrelinhas, pretenderá esclarecer.
The present study explores the singular dynamic at work in the conception of one of the early housing project of the Indian architect Balkrishna Doshi, built in Ahmedabad in 1965. Made of the displacement of urban elements into the domestic domain, his work tends to absorb the construction details of Louis Kahn and the dexterity of Le Corbusier within the silent gestures the architect learnt — as if an improvised mime from a professed acrobat. However, beyond the obvious reference to the modern masters, the Guest House of the Ahmedabad Textile Industry's Research Association reflects the early concerns of the architect. Borrowing from rural models of popular Indian architecture, it was paradoxically the very construction of the city, through the realization of low-cost housing, which he questioned then — the city in its broader sense: a place for the community. To address an architect as a mime is to define ways of investigation: it implies a recollection of the early years of his practice, in which one may find points of convergence between his work and its referring models. It is the period from 1947 to 1965 that this document offers to study: both dates match, coincidentally, the Indian Independence and the final bath in the Mediterranean for Le Corbusier, the master Doshi adopted — a seemingly incongruous set of events that, eventually, weaves the backdrop of the study.
Descrição: Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/32895
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FCTUC Arquitectura - Teses de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
sara drouet.pdf689.19 kBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Google ScholarTM

Verificar


Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.