Stress familiar, estratégias de coping e percepção da qualidade de vida em famílias pós-divórcio e famílias reconstruídas

Abstract

A presente investigação dedica-se ao estudo de duas “novas” formas de família, famílias pós-divórcio e famílias reconstruídas, que vão sendo cada vez mais frequentes no nosso país. Assim, revela-se importante estudar estas duas formas de família, para que as possamos compreender melhor e intervir melhor junto delas. O presente estudo baseiase numa amostra de 66 adultos (44 pertencem a famílias reconstruídas e 17 pertencem a famílias pós-divórcio), pertencentes a uma amostra de conveniência. O objectivo deste estudo consiste em perceber qual o impacto destas formas de família na percepção de stress familiar, na percepção de satisfação com a qualidade de vida e na percepção de estratégias de coping. Pretende, ainda, avaliar se algumas variáveis (idade, género, nível socioeconómico, área de residência e religião) interferem de forma significativa nas variáveis dependentes que referimos, podendo ser consideradas mediadoras. Após este estudo, concluímos que estas duas formas de famílias diferem significativamente entre si, a nível da percepção de estratégias de coping familiares, assim como a nível da percepção de satisfação com a qualidade de vida nas áreas família e filhos. Por outro lado, concluímos que não diferem significativamente no que diz respeito à percepção de stress familiar.

In this investigation we are set to study two “emerging” family forms, divorced families and remarried families, which are becoming more and more common in our country. Therefore, it becomes important to study this “emerging” family forms, in order to understand them better and intervene better with them. This study has a sample with 66 adults (44 belong to remarried families and 17 belong to divorced families), from a convenience sample. This study goal is to understand the impact of this “emerging” family forms in family stress perception, perception of the quality of life satisfaction and family coping strategies perception. This study also aspires to evaluate if some variables (age, gender, social and economic level, area of residence and religion) interfere in a significant way on the dependent variables that we already presented. We are also trying to understand if this variables (age, gender, social and economic level, area of residence and religion) can be mediator variables. With this study we conclude that these forms of family have significant differences between each other, concerning the perception of family coping strategies and the perception of quality of life satisfaction at the family and children dimensions. On the other hand, we also conclude that they don’t have significant differences concerning the family stress perception.