Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/98473
Título: A Suplementação Vitamínica no Idoso
Outros títulos: Vitamin Supplementation in the Elderly
Autor: Queirós, Ana Rita Martins
Orientador: Verissimo, Manuel Teixeira Marques
Palavras-chave: idoso; doenças crónicas; vitaminas; suplementação vitamínica; suplementos nutricionais; aged; chronic disease; vitamins; vitamin supplementation; dietary supplements
Data: 29-Jan-2021
Título da revista, periódico, livro ou evento: A Suplementação Vitamínica no Idoso
Local de edição ou do evento: Geriatria - FMUC
Resumo: Ao longo das últimas décadas tem-se assistido a uma profunda transformação demográfica caracterizada por um aumento da longevidade e, consequentemente, da população idosa mundial. Contudo, com esta transformação acresce o risco de doenças crónicas e, com estas, uma diminuição da qualidade de vida do doente idoso. Para contribuir na solução desta problemática tem-se investido na procura de medidas que favoreçam um envelhecimento saudável, entre as quais se salienta a adequação da nutrição geriátrica. Perante as alterações físicas, psicológicas e socioeconómicas inerentes ao envelhecimento e uma maior necessidade em micronutrientes, observa-se frequentemente um défice de vitaminas e minerais nesta classe etária. Simultaneamente, constata-se que uma larga proporção de idosos consome suplementos maioritariamente vitamínicos, muitas vezes sem prescrição médica e sem ter em conta o fino equilíbrio que frequentemente existe entre os seus benefícios e malefícios. Perante este uso alargado e a dificuldade dos profissionais de saúde na prescrição adequada de suplementos, torna-se importante perceber em que contexto estes devem ser recomendados e que doenças podem prevenir ou deteriorar. Estudos observacionais destacam a importância das vitaminas para a homeostasia e relacionam as suas deficiências com prováveis mecanismos de doença. Contudo, a maioria dos estudos de intervenção são inconclusivos ou contraditórios e, portanto, não suportam a recomendação da suplementação. Através de uma revisão da literatura, pretende dar-se a conhecer o estado da arte relativo à importância das vitaminas D, do complexo B e antioxidantes (A, C e E) na prevenção de doença e alertar para os malefícios decorrentes do seu uso excessivo. Os resultados mais consistentes e com recomendações terapêuticas bem definidas são para a suplementação de vitamina D na prevenção de fraturas, para as vitaminas B12 e ácido fólico na anemia megaloblástica por défice desses micronutrientes e para as vitaminas antioxidantes no atraso da progressão da degenerescência macular relacionada com a idade. Existem outras associações promissoras que carecem um maior investimento no seu estudo, nomeadamente entre a suplementação de vitamina D e a gravidade da COVID-19 e a de vitaminas do complexo B na prevenção de acidentes vasculares cerebrais. Também importa ter em conta que a suplementação vitamínica pode ter efeitos indesejados como hipercalcemia e hipercalciúria com a vitamina D, alterações neurológicas com a vitamina B6 e o aumento do risco oncogénico, hemorrágico, de fraturas e de formação de cálculos renais com as vitaminas antioxidantes. Assim, deve garantir-se um aporte das doses diárias recomendadas de vitaminas na dieta e reservar a suplementação para a correção de deficiências clinicamente comprovadas ou na prevenção de doenças em que os seus efeitos estão totalmente esclarecidos. São ainda necessários mais estudos em idosos para extrapolar conclusões adequadas relativas à prevenção de outras doenças crónicas com a suplementação neste grupo de risco.
Over the past few decades, there has been a profound demographic transformation characterized by an increase in longevity and, consequently, in the world's elderly population. However, this transformation increases the risk of chronic diseases and, with them, a decrease in the elderly patient's quality of life. In order to solve this problem, investments have been made in the search for measures that favour healthy aging, including the adequacy of geriatric nutrition.Considering the physical, psychological and socioeconomic changes inherent to aging and a greater demand for micronutrients, there is often a deficit of vitamins and minerals in this age group. At the same time, it appears that a large proportion of the elderly consume mostly vitamin supplements, often without a medical prescription and without taking into account the fine balance that exists between their benefits and harms. Knowing this widespread use and the difficulty that health professionals have in properly prescribing supplements, it is important to understand in which context they should be recommended and what diseases they can prevent or deteriorate.Observational studies already highlight the importance of vitamins for homeostasis and relate their deficiencies to probable disease mechanisms. However, most intervention studies are inconclusive or contradictory and, therefore, do not support the recommendation for supplementation. Through a review of the literature, it is intended to demonstrate the importance of vitamins D, B complex and antioxidants (A, C and E) in the prevention of disease and to draw attention to the harms caused by its excessive use. The most consistent results and with strict defined recommendations are for vitamin D supplementation in preventing fractures, for vitamins B12 and folic acid in megaloblastic anaemia caused by deficiency of those micronutrients and for antioxidant vitamins in delaying the progression of age-related macular degeneration. There are other promising associations that require a greater study, like between vitamin D supplementation and the severity of COVID-19 and between complex B vitamins and the prevention of strokes. It is also important to take into account that vitamin supplementation can have undesirable effects such as hypercalcemia and hypercalciuria with vitamin D, neurological changes with vitamin B6, and increased oncogenic and haemorrhagic risk or an increase in the likelihood of fractures and kidney stones with antioxidant vitamins. Thus, it is necessary to ensure an adequate intake of the recommended daily doses of vitamins in the diet and reserve supplementation for the correction of clinically proven deficiencies or for the prevention of diseases in which their effects are fully clarified. Further studies in the elderly are still needed to extrapolate proper conclusions regarding the prevention of other chronic diseases with supplementation in this risk group.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/98473
Direitos: openAccess
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