Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/98377
Título: Do Adrenergic Alpha-Antagonists Really Increase the Risk of Poor Cardiovascular Outcomes? A systematic review and meta-analysis
Outros títulos: Os Antagonistas Alfa-Adrenérgicos Aumentam Mesmo o Risco de Piores Resultados Cardiovasculares? Uma revisão sistemática e meta-análise
Autor: Mendonça, Diogo Martins Rodrigues
Orientador: Teixeira, Rogério Paiva Cardoso
Palavras-chave: Antagonistas alfa-adrenérgicos; Insuficiência cardíaca; Mortalidade; Síndrome coronária aguda; Adrenergic alpha-antagonists; Heart Failure; Mortality; Acute coronary syndrome
Data: 2-Jun-2021
Título da revista, periódico, livro ou evento: Do Adrenergic Alpha-Antagonists Really Increase the Risk of Poor Cardiovascular Outcomes? A systematic review and meta-analysis
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Portugal
Resumo: Racional: Fruto de preocupações com ativação neuroendócrina e retenção hidrossalina, antagonistas dos recetores alfa-1 adrenérgicos (A1Bs) são geralmente evitados no contexto de doença cardíaca, nomeadamente insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção reduzida (IC-FEr) sintomática. Porém, esta contraindicação é sobretudo sustentada por estudos antigos, tendo sido questionada por outros mais recentes. Objetivos: Realizar uma meta-análise visando investigar até que ponto os A1Bs podem influenciar os desfechos cardiovasculares (CVs). Métodos: Efetuámos uma pesquisa sistemática na MEDLINE, Cochrane Central Register of Controlled Trials e Web of Science por estudos prospetivos e retrospetivos, publicados até 29 novembro 2020, que avaliem o impacto dos A1Bs em desfechos clínicos, especialmente insuficiência cardíaca aguda (ICA), síndrome coronária aguda (SCA), mortalidade CV e por todas as causas, e variáveis CV acessórias, nomeadamente fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e tolerância ao exercício, através da duração do exercício (em segundos). Ensaios clínicos randomizados (RCTs) e estudos incluindo apenas doentes com IC foram avaliados separadamente. Razão de chances (ORs) e diferença de médias (MDs) específicas de estudo foram estimadas usando técnicas meta-analíticas tradicionais, sob um modelo de efeitos aleatórios. Um projeto foi registado na base de dados PROSPERO com o número CRD42020181804. Resultados: 15 RCTs, 3 estudos prospetivos não-randomizados e 2 retrospetivos, envolvendo 32851, 19287 e 71600 doentes, respetivamente, foram considerados elegíveis. 62256 doentes foram alocados para A1Bs, com base em múltiplas indicações clínicas: IC crónica (14 estudos, com 72558 doentes, incluindo 7 estudos, com 850 doentes, compreendendo apenas IC-FEr), hipertensão arterial (4 estudos, com 44184 doentes) e sintomas do trato urinário inferior (2 estudos, com 6996 doentes). Ocorreram 25998 eventos de ICA, 1325 de SCA, 955 mortes CVs e 33567 por todas as causas. Considerando apenas RCTs apurou-se que os A1Bs, de facto, aumentam o risco de ICA (OR 1.78 [1.46, 2.16] 95% CI, p<0.00001, i2 2%), embora não exibindo um efeito significativo nas taxas de SCA, mortalidade CV e por todas as causas (OR 1.02 [0.91, 1.15] 95% CI, i2 0%; OR 0.95 [0.47, 1.91] 95% CI, i2 17%; OR 1.1 [0.84, 1.43] 95% CI, i2 17%, respetivamente). Além disso, quando avaliados apenas doentes com IC, A1Bs revelaram-se neutros em relação a eventos de ICA, SCA, mortalidade CV e por todas as causas (OR 1.13 [0.66, 1.92] 95% CI, i2 0%; OR 0.49 [0.1, 2.47] 95% CI, i2 0%; OR 0.7 [0.21, 2.31] 95% CI, i2 21%; OR 1.09 [0.53, 2.23] 95% CI, i2 17%, respetivamente). Quanto aos doentes com IC-FEr, descobriu-se que os A1Bs também exercem um efeito inconsequente no risco de ICA (OR 1.01 [0.5-2.05] 95% CI, i2 6%). Similarmente, a FEVE não foi significativamente influenciada por A1Bs (MD 1.66 [-2.18, 5.50] 95% CI, i2 58%) e, surpreendentemente, a tolerância ao exercício foi superior naqueles sob esta classe de medicamentos (MD 139.16 [65.52, 212.8] 95% CI, p<0.001, i2 26%). Conclusão: A1Bs efetivamente aparentam aumentar o risco de ICA, embora este efeito pareça ser desencadeado por aqueles em menor risco, contrariando as guidelines atuais. O impacto destes medicamentos em outros desfechos CVs pode ser trivial.
Background: Due to concerns regarding neurohormonal activation and fluid retention, adrenergic alpha-1 receptor antagonists (A1Bs) are generally avoided in the setting of heart disease, namely symptomatic heart failure (HF) with reduced ejection fraction (HFrEF). However, this contraindication is mainly supported by ancient studies, having recently been challenged by newer ones. Purpose: To perform a comprehensive meta-analysis aimed at ascertaining the extent to which A1Bs might influence cardiovascular (CV) outcomes. Methods: We systematically searched MEDLINE, Cochrane Central Register of Controlled Trials and Web of Science for both prospective and retrospective studies, published up until November 29th 2020, addressing the impact of A1Bs on clinical outcomes, namely acute heart failure (AHF), acute coronary syndrome (ACS), CV and all-cause mortality, and on CV surrogate measures, specifically left ventricular ejection fraction (LVEF) and exercise tolerance, by means of exercise duration (in seconds). Both randomized controlled trials (RCTs) and studies including only HF patients were further investigated separately. Study-specific odds ratios (ORs) and mean differences (MDs) were pooled using traditional meta-analytic techniques, under a random-effects model. A record was registered in PROSPERO database with the code number CRD42020181804. Results: 15 RCTs, 3 non-randomized prospective and 2 retrospective studies, encompassing 32851, 19287 and 71600 patients, respectively, were deemed eligible. 62256 patients were allocated to A1B, on the basis of multiple clinical indications: chronic HF (14 studies, with 72558 patients, including 7 studies, with 850 patients, comprising only HFrEF), arterial hypertension (4 studies, with 44184 patients) and low urinary tract symptoms (2 studies, with 6996 patients). There were 25998 AHF events, 1325 ACS episodes, 955 CV deaths and 33567 all-cause deaths. When considering only RCTs, A1Bs were, indeed, found to increase AHF risk (OR 1.78 [1.46, 2.16] 95% CI, p<0.00001, i2 2%), although displaying no significant effect on ACS, CV, and all-cause mortality rates (OR 1.02 [0.91, 1.15] 95% CI, i2 0%; OR 0.95 [0.47, 1.91] 95% CI, i2 17%; OR 1.1 [0.84, 1.43] 95% CI, i2 17%, respectively). In addition, when only HF patients were evaluated, A1Bs revealed themselves neutral towards AHF, ACS, CV, and all-cause mortality events (OR 1.13 [0.66, 1.92] 95% CI, i2 0%; OR 0.49 [0.1, 2.47] 95% CI, i2 0%; OR 0.7 [0.21, 2.31] 95% CI, i2 21%; OR 1.09 [0.53, 2.23] 95% CI, i2 17%, respectively). As for HFrEF patients, A1Bs were found to exert a similarly inconsequential effect on AHF risk (OR 1.01 [0.5-2.05] 95% CI, i2 6%). Likewise, LVEF was not significantly influenced by A1Bs (MD 1.66 [-2.18, 5.50] 95% CI, i2 58%) and, most strikingly, exercise tolerance was even higher in those under this drug class (MD 139.16 [65.52, 212.8] 95% CI, p<0.001, i2 26%). Conclusion: A1Bs do seem to increase AHF odds, even though this effect appears to be driven by those at lower risk, thus contradicting current guidelines. These drugs’ impact on other major CV outcomes might be trivial.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/98377
Direitos: openAccess
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