Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/98293
Title: Influência da colocação do pilar definitivo no momento da instalação dos implantes em setores posteriores
Authors: Moreira, Filipe André Freire da Fonseca
Orientador: Tondela, João Paulo Santos
Rocha, Salomão José Coelho Silva
Keywords: Ensaio clínico randomizado; platform switching; one abutment one time; conexão implante pilar; perda óssea marginal; implantes dentários
Issue Date: 12-Jan-2022
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: Introdução A instalação de pilares definitivos em simultâneo com a cirurgia de colocação dos implantes não mais os removendo, conceito conhecido como one-abutment at one-time, tem sido associado a uma menor remodelação óssea marginal. Existem na literatura vários trabalhos publicados que sustentam esta teoria e outros que não a comprovam, mas todas as revisões sistemáticas são unânimes em considerar a necessidade de mais estudos clínicos prospetivos controlados e randomizados, com condições comparáveis entre os grupos teste e controlo e com períodos de seguimento mais longos. O trabalho apresentado nesta tese teve como linha de investigação um estudo clínico prospetivo randomizado duplamente cego, cujo objetivo foi avaliar a influência da colocação do pilar definitivo no momento da instalação dos implantes em setores posteriores. Materiais e métodos O estudo clínico foi aprovado pela comissão de ética do CHUC, seguindo os parâmetros definidos pela declaração de “Consolidated Standards of Reporting Trials” (CONSORT). Cada paciente poderia receber entre 1 e 4 implantes Klockner VEGA® nos setores posteriores. Se após a cirurgia os implantes tivessem estabilidade primária (ISQ igual ou superior a 50), o paciente era randomizado e alocado a um dos dois grupos: o grupo pilar definitivo (PD); e o grupo pilar cicatrização (PC). As radiografias foram padronizadas através de um posicionador individualizado para cada paciente, permitindo a sua reprodutibilidade ao longo do estudo. Após um período de cicatrização de 7 a 8 semanas, foram realizadas as impressões definitivas, entre as 8 e as 11 semanas foram feitas as provas de sub-estrutura e às 12 semanas foram aparafusadas as coroas metalo-cerâmicas. Efetuaram-se radiografias padronizadas para documentar os níveis ósseos proximais logo após a cirurgia (com pilares de cicatrização em ambos os grupos), aos 6 meses e aos 12 meses de seguimento. O dia da instalação do implante foi considerado o dia zero do estudo. Em cada visita de controlo, além das radiografias, foram também avaliados os seguintes parâmetros clínicos: mobilidade do implante, hemorragia à sondagem, profundidade de sondagem, índice de placa e satisfação do paciente. Resultados No ensaio clínico foram incluídos 53 implantes. Em março de 2018, todos os implantes tinham completado 1 ano de seguimento. Assim, obtiveram-se dois grupos, com um total de 23 implantes no grupo PD e 30 implantes no grupo PC. Todos os implantes alcançaram estabilidade primária, com um valor médio de ISQ de 80.9 no dia da cirurgia. Desde a cirurgia até aos 6 meses a perda óssea média foi de 0.14±0.18 mm para o grupo PD e de 0.23±0.29 mm para o grupo PC, sem diferenças significativas entre os dois grupos. Entre os 6 e os 12 meses, a perda óssea média foi de 0.14±0.21mm para o grupo PD e de 0.21±0.27 mm para o grupo PC, não sendo esta diferença significativa para o teste t para amostras independentes entre os grupos PD e PC. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas (p=0.330) na perda óssea total ao fim de 12 meses entre o grupo de controlo e de estudo. Considerando os critérios de sucesso definidos por Buser et. al (1999), e uma perda óssea média inferior a 1.5 mm ao fim de um ano em função, não foram registados casos de insucesso. Conclusões Após um período de 12 meses, a colocação do pilar definitivo no momento da instalação dos implantes não mais o removendo mostrou ter um efeito equivalente na manutenção dos níveis ósseos peri-implantares quando comparado com a utilização de pilares que são desconectados e reconectados repetidas vezes, segundo o protocolo convencional. A diferença na remodelação óssea marginal foi de 0.07 mm, em média, após 12 meses da instalação dos implantes, sendo favorável ao grupo PD, mas não estatisticamente significativa. Apesar da diferença verificada entre os dois grupos, esta não foi suficiente para comprometer o sucesso nem a sobrevivência dos implantes. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas para a perda de osso total aos 12 meses entre os grupos definidos pela altura de pilar igual a 1 e a 2 mm.
Description: Tese de Doutoramento em Ciências da Saúde, Medicina Dentária, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/98293
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Teses de Doutoramento
FMUC Med. Dentária - Teses de Doutoramento

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