Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/98036
Título: Evaluation of the recovery of areas invaded by silver wattle in the Paisagem Protegida da Serra do Açor
Outros títulos: Avaliação da recuperação de áreas invadidas por mimosas na Paisagem Protegida da Serra do Açor
Autor: Santos, Catarina Sofia Vicente dos
Orientador: Marchante, Elisabete Maria Duarte Canas
Freitas, Helena Maria de Oliveira
Palavras-chave: Acacia dealbata; fogo; controlo; recuperação; invasão; Acacia dealbata; fire; control; recovery; invasion
Data: 10-Dez-2021
Título da revista, periódico, livro ou evento: Evaluation of the recovery of areas invaded by silver wattle in the Paisagem Protegida da Serra do Açor
Local de edição ou do evento: Centro de Ecologia Funcional CFE-DCV
Resumo: As plantas invasoras causam frequentemente impactes negativos nos ecossistemas, economia e até saúde pública, pelo que medidas de controlo juntamente com a recuperação de áreas invadidas são muitas vezes necessárias, mas dispendiosas. A mimosa (Acacia dealbata) é uma das espécies invasoras com maior distribuição em Portugal continental. A produção de numerosas sementes, que se acumulam no solo durantes muitos anos e cuja germinação é facilitada pelo fogo, e o facto de rebentar vigorosamente de touça e/ou raiz após o corte ou fogo, são características que favorecem a invasão e contribuem para a rápida reinvasão após incêndios ou ações de controlo. Na Paisagem Protegida da Serra do Açor (PPSA), o controlo desta espécie iniciou-se em 2004/2005, tendo sido efetuado o controlo inicial e vários controlos de continuidade ao longo dos anos, pelo que em muitas das áreas de intervenção a presença de mimosa era já residual em 2017. No entanto, uma grande parte da PPSA ardeu num incêndio em outubro de 2017, estimulando a germinação de sementes acumuladas no banco de sementes, no solo. Neste contexto, os objetivos deste estudo foram avaliar: 1) o sucesso das intervenções de controlo de mimosa; 2) a recuperação da vegetação nativa nas áreas intervencionadas; 3) a reinvasão por mimosa depois do incêndio de 2017; 4) os resultados de eventos de controlo recente depois do incêndio de 2017; e 5) o banco de sementes de mimosa que permanece no solo. Para tal, na PPSA, analisei vários parâmetros em diferentes áreas sujeitas a números diferentes de controlos de continuidade, que arderam no incêndio de 2017: a riqueza específica e cobertura de espécies nativas; a cobertura, número de exemplares e altura de mimosa; e o banco de sementes de mimosa acumulado no solo. Nas diferentes áreas amostradas, independentemente do número de controlos de continuidade e depois do incêndio, de forma geral, a cobertura de mimosa observou-se abaixo dos 10 % e o número de espécimes foi inferior a 10, sendo estes de pequena dimensão (menores de 115 cm). Encontrei muito poucas sementes de mimosa no solo (< 30), revelando que após os vários controlos de continuidade, que na maioria dos casos impediram a formação de novas sementes de mimosa, e após o incêndio de 2017, que estimulou a germinação das sementes acumuladas maioritariamente antes das intervenções de controlo iniciarem em 2004, já não existem muitas sementes acumuladas no solo. Estes resultados realçam que os controlos de continuidade são cruciais para, por um lado, diminuir a cobertura pela planta invasora e consequentemente tornar a recuperação da vegetação nativa possível; e, por outro lado, asseguraram que o banco de sementes não é reabastecido ao longo dos anos. No entanto, as intervenções de controlo das plantas invasoras foram feitas apenas a nível das plantas, não eliminando as sementes que permanecem viáveis no solo por muitos anos. Como se observou, isto significa que após um incêndio, a reinvasão é muito provável, pelo que é essencial estar alerta e assegurar o rápido controlo das plantas que germinarem.Apesar de estes resultados serem de apenas uma área de estudo, têm implicações importantes em termos de gestão de plantas invasoras, mostrando não só a importância crucial dos controlos de continuidade, mas também o potencial de reinvasão “escondido” no banco de sementes do solo, que não pode ser descurado.
Invasive plants frequently cause negative impacts in ecosystems, economy and even public health, so control measures along with recovery of invaded areas are necessary, but costly. Silver wattle (Acacia dealbata) is one of the invasive species with the highest distribution in mainland Portugal. Production of numerous seeds, which accumulate in the soil for many years and whose germination is facilitated by fire, and sprouting vigorously from stump and/or root after the cut or fire, are characteristics that favour invasion and contribute to the fast reinvasion after fires or control actions. In Paisagem Protegida da Serra do Açor (PPSA), the control of this species started in 2004/2005, having been carried out the initial control and several follow-up controls over the years, so in many of the areas of intervention the presence of silver wattle was already residual in 2017. However, a major part of PPSA burned in a fire in October of 2017, stimulating the germination of seeds accumulated in the seed bank, in the soil. In this context, the aims of this study were to evaluate: 1) the success of silver wattle controls; 2) recovery of native vegetation in the intervened areas; 3) silver wattle reinvasion after the 2017 fire; 4) results of recent control events after the 2017 fire; and 5) silver wattle seed bank that remains in the soil. For such, in PPSA, I analysed several parameters in different areas subject to different numbers of follow-up controls; which burned in the fire of 2017: species richness and cover of native species; cover, number of specimens and height of silver wattle; and silver wattle seed bank accumulated in the soil. In the different sampled areas, no matter the number of follow-up controls and after the fire, in general, silver wattle cover was below 10% and the number of specimens was lower than 10, these being small in size (smaller than 115 cm). I found very few silver wattle seeds in the soil (<30), revealing that after the several controls, which in most cases stopped the formation of new silver wattle seeds, and after the fire of 2017, which stimulated the germination of the seeds accumulated mostly before the control interventions started in 2004, there aren’t many seeds accumulated in the soil anymore. These results highlight that follow-up controls are crucial to, on the one hand, reduce the cover of the invasive plant and consequently make the recovery of the native vegetation possible; on the other hand, they ensured that the seed bank isn’t refilled over the years. However, the interventions of control of invasive plants were made only at plant level, not eliminating the seeds that remain viable in the soil for many years. As observed, this means that after a fire, reinvasion is very likely to happen, so it is essential to be alert and to ensure the fast control of plants that germinate.Although these results are from only one area of study, they have important implications in terms of management of invasive plants, showing not only the crucial importance of follow-up controls, but also the potential of reinvasion “hidden” in the soil seed bank, which cannot be overlooked.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Ecologia apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia
URI: https://hdl.handle.net/10316/98036
Direitos: openAccess
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