The influence of evolutionary and dyadic variables on coping with intimate partner conflict in a male sample

Abstract

O conflito é intrínseco às relações íntimas. Variáveis evolucionárias (e.g., memórias precoces de calor e afeto, vergonha e coping com a vergonha) podem impactar a (des)regulação emocional e, consequentemente, influenciar estratégias de coping cq1om o conflito conjugal. Paralelamente, variáveis diádicas (e.g., ajustamento diádico, comunicação) fornecem informações fundamentais sobre as estratégias de coping nas relações íntimas. Parece existir uma lacuna na literatura no que concerne ao papel das variáveis diádicas na promoção/prevenção de relações íntimas saudáveis, e os modelos tradicionais focados em diferenças de género têm limitado o estudo dos conflitos e estratégias de coping nas relações íntimas. Este estudo tem como objetivo testar um modelo preditivo de base evolucionária abrangendo o impacto das variáveis evolucionárias e diádicas supramencionadas, clarificando a adaptação psicológica, comportamental e relacional dos homens, à luz de uma perspetiva diádica, constituindo-se como um estudo pioneiro. Os participantes consistiram em 152 homens num relacionamento conjugal, recrutados de um grupo de casais da comunidade. As seguintes medidas de autorrelato foram incluídas: Early Memories of Warmth and Safeness Scale; Other as Shamer Scale – 2; Compass of Shame Scale; Submissive Behavior Scale; Revised Conflict Tactics Scale; ENRICH Marital Satisfaction Scale – Communication Subscale; Revised Dyadic Adjustment Scale. Resultados: as memórias precoces de calor e afeto foram negativa e diretamente relacionadas à vergonha e negativa e indiretamente (por meio da vergonha) relacionadas à submissão. A vergonha foi positiva e diretamente associada à submissão. Todas as estratégias desadaptativas de coping com a vergonha foram positiva e diretamente associadas à vergonha. Por último, withdrawal foi a única estratégia de coping positiva e diretamente associada ao comportamento submisso. Conclusões: ao regularem fisiológica e psicologicamente, as memórias precoces de calor e afeto têm um efeito amortecedor nas consequências nefastas das experiências de vergonha e estão inversamente associadas a respostas defensivas, como emoções (e.g., vergonha) e comportamentos (e.g., submissão, withdrawal). Além disso, nos homens, a presença/ausência de memórias precoces de calor e afeto foi considerada um preditor fraco quanto às estratégias de coping com o conflito conjugal.

Conflict is intrinsic to any intimate relationship. Evolutionary variables (i.e., early memories of warmth and safeness, shame and shame coping strategies) are expected to impact emotional (dys)regulation and, consequentially, influence the resort to different coping strategies when dealing with intimate partner conflict. Alongside with these, dyadic variables and inherent processes of the dyad (i.e., dyadic adjustment, communication) provide fundamental information regarding coping strategies in intimate relationships. There seems to be a gap in the literature regarding the promotion/prevention of healthy intimate relationships focusing on dyadic variables, and traditional gender-focused models have been narrowing the assessment of intimate partner conflict and conflict coping strategies. This study aims to test an evolutionary-based predictive model encompassing the impact of the aforementioned evolutionary and dyadic variables in the explanation of males’ psychological, behavioral and relational adaptation, within a dyadic perspective, being one of the first studies to do so. Participants were 152 men in a marital relationship recruited from a pool of community couples. The following self-report measures were completed: Early Memories of Warmth and Safeness Scale; Other as Shamer Scale – 2; Compass of Shame Scale; Submissive Behavior Scale; Revised Conflict Tactics Scale; ENRICH Marital Satisfaction Scale – Communication Subscale; Revised Dyadic Adjustment Scale. Results: early memories of warmth and safeness were negatively and directly linked to shame and negatively and indirectly (through shame) linked to submissive behavior. Shame was positively and directly associated with submissive behavior. All maladaptive shame coping strategies were positively and directly associated with shame. Lastly, withdrawal was the only coping strategy found to be positively and directly linked to submissive behavior. Conclusions: early memories of warmth and safeness, considered to be physiological and psychological regulators, have a buffering effect on the harshness of shameful experiences and are inversely associated with emotional defensive responses. The absence of early memories of warmth and safeness is associated with emotional defensive responses, such as defensive feelings (e.g., shame) and behaviors (e.g., submission, withdrawing from the situation). In addition, the presence/absence of early memories of warmth and safeness was found to be a weak predictor, in men, regarding intimate partner conflict coping strategies.