Gríma: Experiments on Variable Type Design of Runic Letters

Abstract

Throughout history, writing has been one of the main ways that human culture is created, archived and diffused. For some earlier Germanic and Scandinavian peoples, the Runes were the script that fulfilled this role. Even though runic writing fell into disuse in Scandinavia by the Thirteenth century, the history of written registers shows that scripts that are still actively used, like the Latin alphabet, have gone through transformations that reflect the reality of the time they exist to serve. Such transformations now include the new specification for Variable Fonts, which can make typography as dynamic as one of its most popular media of consumption — the World Wide Web. In this context, this work seeks to combine the Scandinavian Younger Futhark, still relevant by how influential the culture it helped to register has become, and the new OpenType specification, creating a variable Runic typeface that can be used seamlessly in contemporary contexts. The resulting typeface varies along four axes: (i) weight; (ii) height; (iii) softness; and (iv) angularity. The weight axis changes the gauge of the strokes composing each rune, and the height axis changes the vertical height of the runes. The softness axis changes the terminations and angles from straight-cut to soft and rounded, and finally, the angularity axis changes the runeforms from the newer rounded style to the older jagged shapes. All axes were designed taking into consideration the historical heritage of the runic scripts. The typeface was then evaluated by volunteers from multiple backgrounds: people from runic study groups; design researchers and professionals; and specialists in runic inscriptions as well as type designers of nonLatin characters. The results of this evaluation stage were used to iteratively fine-tune the design of the typeface.

Ao longo da sua história, a escrita tem sido um dos principais meios através dos quais a cultura humana é criada, arquivada e difundida. Para vários povos germânicos e escandinavos antigos, as Runas eram a forma de escrita a cumprir tal papel. Mesmo com a escrita rúnica tendo caído em desuso na Escandinávia à volta do século XIII, a história mostra que sistemas de escrita que continuam em uso, como o alfabeto latino, passaram por transformações que refletem a realidade da época a que servem. Este histórico de transformações inclui agora uma nova especificação para tipos variáveis, que vem tornar a tipografia tão dinâmica quanto um de seus meios de comunicação mais populares — a World Wide Web. Neste contexto, este trabalho pretende combinar as Runas nórdicas do Younger Futhark, ainda relevantes no foclore e na cultura nordica com a nova especificação OpenType para as Variable Fonts, criando uma fonte rúnica variável que poderá ser usada em contextos contemporâneos. O tipo de letra desenvolvido varia ao longo de quatro eixos: (i) peso; (ii) altura; (iii) suavidade; e (iv) angularidade. O eixo do peso controla a espessura das linhas que compõem cada glifo, e o eixo da altura controla o comprimento das hastes verticais. O eixo da suavidade modifica as terminações e os ângulos de cada glifo e, por f im, o eixo da angularidade muda as formas angulares mais antigas até as formas arredondadas mais recentes. Todos os eixos foram desenhados tendo em consideração o legado histórico da escrita rúnica. O tipo de letra desenvolvido foi então avaliado por um conjunto de voluntários de diferentes áreas: pessoas com conhecimentos sobre escrita e leitura de runas; investigadores, estudantes e profisionais de Design Gráfico; e especialistas no estudo de inscrições rúnicas e em design de tipos não-latinos. Os resultados desta avaliação foram usados para ref inar iterativamente o desenho do tipo de letra.