Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/95399
Título: A geographic perspective of the impact of the economic crisis on childhood obesity
Autor: Pereira, Margarida Miguel Costeira e
Orientador: Nogueira, Helena Guilhermina Silva Marques
Padez, Cristina Maria Proença
Palavras-chave: Childhood Obesity; Urbanization; Economic Crisis; Environmental Determinants; Social-Ecological Model
Data: 14-Abr-2021
Projeto: SFRH/BD/133140/2017 
PTDC/DTP-SAP/1520/2014
Resumo: Childhood obesity has reached an epidemic level worldwide over the last forty years and is considered a major public health concern once it is a well-known risk factor for numerous diseases throughout life. Therefore, a thorough understanding of the determinants of obesity is important for the development of scientific-based preventive interventions. Socioeconomic inequalities impact health in various ways and in Portugal they have increased during the period of European economic crisis. Broader social inequalities contribute to the increase observed in the rates of childhood obesity. Furthermore, it is possible to identify patterns in the geographic distribution of childhood obesity. Evidence shows that living in urbanized areas with certain features have an impact in children weight status. Hence, research in this matter benefits from using the Social Ecological Model (SEM) which categorizes obesity determinants in different levels and serves as theoretical framework in both quantitative and qualitative studies. SEM comprises five levels: (1) the individual (knowledge, attitudes, beliefs and behaviours), (2) the interpersonal (family, peers, social networks and associations), (3) the community (social networks, schools and associations), (4) the environmental (social, economic, built) and (5) the state level (local, state, federal policies and laws to regulate/support healthy actions). This study main goal was to deepen the knowledge about the processes by which the environmental level of health determinants impact childhood obesity, namely during and after the economic crisis, using diverse methodological approaches. More specifically, it aimed to disentangle the underlying mechanisms of the association between urban environments and childhood obesity, through a geographic lens. The relation between the environment features and obesity was assessed and explored at different SEM levels. Different sets of primary and secondary quantitative data were statistically (SPSS) and geographically (GIS) analysed, to explore the associations between urban environment features and childhood obesity by itself or adjusted to other level of obesity determinants. Qualitative analysis was used to assess programs at the local level regarding its concerns about childhood obesity. This works’ results show that there is a lack of studies investigating the community, environmental and state level determinants of childhood obesity, either independently or combined, and further research is needed to test new analytical multilevel approaches in this field. Results also show that the weight status of children living in densely urbanized areas vary according to the neighbourhood environmental features and, more importantly, some neighbourhoods appear to protect for overweight and obesity, even when considering mother weight status and family socioeconomic class. Moreover, results show that the economic crisis might have enhanced the social inequalities regarding childhood obesity and that it is important to identify priority areas to tackle obesity, using an accurate assessment of the urban territory, thus aiding the creation of evidence-based strategies to lessen the social inequities in health outcomes, created by the crisis. Finally, local level governments are the more suitable entities to delineate and implement interventions to tackle childhood obesity. Such interventions should, however, be evidence-based which demands a greater proximity between academic institutions, research centres and governmental organs.
A obesidade infantil atingiu um nível epidémico em todo o mundo nos últimos quarenta anos e é considerada uma grande preocupação de saúde pública, uma vez que é um reconhecido fator de risco para inúmeras doenças ao longo da vida. Por isso, um conhecimento aprofundado dos determinantes da obesidade é importante para o desenvolvimento de intervenções preventivas com base em evidência científica. As desigualdades socioeconómicas impactam a saúde de várias maneiras e em Portugal aumentaram durante a crise económica europeia. Maiores desigualdades sociais contribuem para o aumento observado nas taxas de obesidade infantil. Além disso, viver em áreas urbanizadas com certas características tem impacto na composição corporal das crianças. Portanto, a investigação nesse assunto beneficia do uso do Modelo Socio-Ecológico (MSE), que categoriza os determinantes da obesidade em diferentes níveis e serve como enquadramento teórico tanto em estudos quantitativos e qualitativos. O MSE integra cinco níveis: (1) o individual (conhecimentos, atitudes, crenças e comportamentos), (2) o interpessoal (família, pares, redes e associações sociais), (3) o comunitário (redes sociais, escolas e associações), (4) o ambiental (social, económico e construído) e (5) o nível estatal (políticas e leis estatais para regular/apoiar ações saudáveis). O objetivo principal deste estudo foi aprofundar o conhecimento sobre os processos pelos quais os determinantes da saúde de nível ambiental afetam a obesidade infantil, nomeadamente durante e após a crise económica, utilizando diversas abordagens metodológicas. Mais especificamente, procurou destrinçar os mecanismos subjacentes à associação entre ambientes urbanos e obesidade infantil, através de uma perspetiva geográfica. A relação entre as características do ambiente e a obesidade foi avaliada e explorada em diferentes níveis de MSE. Diferentes conjuntos de dados quantitativos, primários e secundários, foram analisados estatisticamente (SPSS) e geograficamente (SIG), para explorar as associações entre as características do ambiente urbano e a obesidade infantil, por si só ou ajustadas a outros níveis de determinantes da obesidade. A análise qualitativa foi usada para avaliar os programas no nível local em relação às preocupações com a obesidade infantil. Os resultados deste trabalho mostram que faltam estudos que investiguem os determinantes de nível comunitário, ambiental e estatal da obesidade infantil, por si só ou em conjunto, e que é necessária mais investigação para testar novas abordagens analíticas multiníveis nesta área. Os resultados mostram também que o peso das crianças que vivem em áreas densamente urbanizadas varia de acordo com as características ambientais da vizinhança e, mais importante, mostram que alguns bairros parecem proteger para o sobrepeso e obesidade, mesmo considerando o peso da mãe e a classe socioeconómica da família. Além disso, os resultados mostram que a crise económica pode ter aumentado as desigualdades sociais em relação à obesidade infantil e que é importante identificar áreas prioritárias para combater a obesidade, utilizando uma avaliação precisa do território urbano, auxiliando na criação de estratégias baseadas em evidências para diminuir as desigualdades sociais nos resultados de saúde, criadas pela crise. Finalmente, os governos locais são as entidades mais adequadas para delinear e implementar intervenções para combater a obesidade infantil. Tais intervenções devem, no entanto, ser baseadas em evidências, o que exige uma maior proximidade entre instituições académicas, centros de investigação e órgãos governamentais.
Descrição: Tese no âmbito do Doutoramento em Geografia, ramo de Geografia Humana, apresentada à Faculdade de Letras/Departamento de Geografia e Turismo da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/95399
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Teses de Doutoramento
FLUC Geografia - Teses de Doutoramento

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