Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/94756
Título: O impacto das narrativas mediáticas na securitização das pessoas refugiadas
Outros títulos: The impact of media narratives on the securitization of refugees
Autor: Moreira, Sofia Alexandra Pereira
Orientador: Santos, Sofia José Figueira
Palavras-chave: Refugiados/as; Securitização; Itália; Media; Alteridade; Refugees; Securitization; Italy; Media; Otherness
Data: 11-Dez-2020
Título da revista, periódico, livro ou evento: O impacto das narrativas mediáticas na securitização das pessoas refugiadas
Local de edição ou do evento: Universidade de Coimbra
Resumo: Apesar dos fluxos migratórios não serem um fenómeno novo, o seu aumento mundial, desde 2015, provocou também um crescimento do número de chegadas ao continente europeu. Este aumento originou uma polarização de opiniões no discurso público e político sobre o acolhimento das pessoas refugiadas e migrantes em vários países da Europa, bem como uma formulação de um conjunto de políticas migratórias nem sempre eficazes ou de caráter responsável. No mesmo sentido, tem-se vindo a caracterizar, sucessivamente, as pessoas refugiadas e migrantes como uma ameaça à segurança, valores, identidade e interesses de diversos países europeus. A securitização destas pessoas, por sua vez, é principalmente promovida e reproduzida pelos media, uma vez que estes têm o poder de influenciar a perceção e formação da opinião pública sobre diversos temas que marcam a agenda mediática. Sabendo que os meios de comunicação social têm particular influencia na forma como a audiência aprova e valida certas formas de ver a realidade, e que as representações mediáticas acerca das pessoas migrantes e refugiadas têm o poder de afetar a forma como estas são vistas e os papéis sociais que ocupam, esta dissertação procura obter resposta à pergunta “De que modo é que os media europeus têm representado as pessoas refugiadas nas suas narrativas noticiosas?”. Desta forma, recorrendo ao construtivismo e à sua premissa que declara a realidade como uma construção social, abordamos a teoria da securitização da Escola de Copenhaga e a forma como esta caracteriza os media como atores funcionais nos processos de securitização, dando visibilidade ao seu poder na formação da opinião pública bem como às condicionantes materiais e ideacionais relativas à produção de notícias e centrando-se sobretudo na forma como esse poder pode ser utilizado para a criação de “pânico moral”, como cunhado por Stanley Cohen. Com base neste enquadramento, a presente dissertação pretende avaliar em que medida as narrativas produzidas pelos media impactam e legitimam as representações em torno das pessoas refugiadas e migrantes, utilizando Itália como estudo de caso, através dos jornais La Repubblica, Corriere della Sera, Il Giornale e Libero Quotidiano. O estudo procura analisar de que forma estes jornais representam, nas suas notícias, as pessoas migrantes e refugiadas e de que modo podem ter um papel na construção e promoção de estereótipos associados a estes grupos, contribuindo (ou não) para a sua securitização e consequente legitimação de medidas excecionais.
Although migration flows are not a new phenomenon, their increase worldwide since 2015 has also led to a growth in the number of arrivals in Europe. This increase has directed to a polarization of opinions in public and political discourse on the reception of refugees and migrants in different European countries, as well as the formulation of a set of migration policies that are not always effective or responsible. It is important to note that refugees and migrants have been successively characterized as a threat to the security, values, identity and interests of several countries on this continent. The securitization of these groups, in turn, is mainly promoted by the media, since they have the power to influence the perception and formation of public opinion on the various issues that mark the media agenda. Knowing that the media have a particular influence on how the audience approves and validates certain ways of seeing reality, and that media representations about migrants and refugees have the power to affect how they are seen and the social roles they play, this dissertation seeks an answer to the question "How have the European media represented refugees in their news stories?”. Regarding this and using constructivism and its premise that declares reality as a social construction, we approach the Copenhagen School’s theory of securitization and the way it views the media as functional actors in the process of securitization. We also pretend to give visibility to the power of the media in the formation of public opinion as well as to the material and ideational constrictions related to the production of news and focusing mainly on how this power can be used to create "moral panic" as coined by Stanley Cohen. Based on this framework, this dissertation intends to evaluate to what extent the narratives produced and reproduced by the media impact and legitimize representations about migrants and refugees, using Italy as a case study through the newspapers La Repubblica, Corriere della Sera, Il Giornale and Libero Quotidiano. This study seeks to analyze how these newspapers represent migrants and refugees in their news and how they can play a role in the construction and promoting of stereotypes associated with these groups, contributing (or not) to their securitization and consequent legitimization of exceptional measures.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais - Estudos da Paz, Segurança e Desenvolvimento apresentada à Faculdade de Economia
URI: https://hdl.handle.net/10316/94756
Direitos: openAccess
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