Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/94241
Title: O consumo de benzodiazepinas em Portugal: Preocupação clínica e forense
Other Titles: The consumption of benzodiazepines in Portugal: Clinical and forensic concerns
Authors: Oliveira, Adriana Filipa de Figueiredo 
Orientador: Teixeira, Helena Maria Sousa Ferreira
Keywords: Benzodiazepinas; Abuso; Prescrição; Fatores de Risco; Medicina Legal; Benzodiazepines; Abuse; Prescription; Risk Factors; Legal Medicine
Issue Date: 15-Dec-2020
Serial title, monograph or event: O consumo de benzodiazepinas em Portugal: Preocupação clínica e forense
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Portugal is among the countries at higher risk of developing anxiety and sleep disorders, with an increasing and worrying consumption of benzodiazepines, both at European and national level. The various studies analysed and mentioned show that anxiolytic benzodiazepines are the most used in Portugal and that the North and Centre regions have a higher consumption than the other. The medicines have, in addition to common side effects, several clinical risks, such as tolerance, dependence and the onset of withdrawal syndrome, and forensic risks, such as influence on the practice of violent behaviour, crimes of rape or suicide and the possibility of increased likelihood of road crashes, intoxications and overdose. Thus, the main aims of this dissertation were the characterization of benzodiazepines users in the different districts of Centre region and to compare the collected data with the existing national epidemiological data and, in addition, to inform and raise awareness of society about the clinical and medico-legal risk factors related to benzodiazepines, which are increasingly leading to clinical and forensic concerns.This research work involved the analysis of answers obtained through anonymous questionnaires distributed, between January and September 2020, to users of five community pharmacies belonging to the districts of Aveiro, Coimbra, Castelo Branco and Viseu. Only 69 individuals were interviewed due to the current pandemic situation that prevented the study from continuing.Of the surveyed users, 58,8% consumed or had already used benzodiazepines and the majority were women, in the age group between 60 and 79 years. Anxiolytics benzodiazepines showed a higher consumption, with an emphasis on alprazolam and lorazepam, and in 55,0% of users taking benzodiazepines, the duration of therapy was longer than 48 months, with sleep disorders being the most common reason pointed to the prescription. Most users stated that they know that benzodiazepines are addictive, potentiate the effect of alcohol and negatively influence driving ability. However, 63,2% of respondents consider that benzodiazepines are not used in the practice of crimes.The results obtained in the experimental study are in agreement with most of the results analysed in previous epidemiological studies and it is also observed, as expected, that the use of benzodiazepine is very prolonged over time and that it causes negative changes in the body of its users. The consumers do not always seem to understand all the risks associated with the use of these drugs, hence the importance of raising awareness and informing society and users of the clinical and forensic problems caused by taking benzodiazepines and looking for strategies to decrease their prescription and use in unnecessary situations and encourage its safe discontinuation.
Portugal apresenta-se entre os países com maior risco de desenvolvimento de perturbações de ansiedade e de sono, verificando-se um consumo crescente e preocupante de benzodiazepinas, tanto a nível europeu como a nível nacional. Os diversos estudos analisados e referidos demonstram que as benzodiazepinas ansiolíticas são as mais utilizadas, em Portugal, e que as regiões Norte e Centro apresentam um consumo superior às restantes. Estes medicamentos possuem, para além dos efeitos secundários comuns, diversos riscos clínicos, como a tolerância, dependência e surgimento de síndrome de abstinência, e riscos forenses, como influência na prática de comportamentos violentos, crimes de violação ou suicídio e possibilidade de aumento da probabilidade de ocorrência de acidentes de viação, intoxicações e overdose. Assim, os principais objetivos desta dissertação foram a caracterização dos indivíduos utilizadores de benzodiazepinas nos diferentes distritos da região Centro e comparação dos dados recolhidos com os dados epidemiológicos nacionais já existentes e, além disso, informar e consciencializar a sociedade acerca dos fatores de risco clínicos e médico-legais que estão relacionados coma toma de benzodiazepinas, os quais originam, cada vez mais, preocupações clínicas e forenses.Este trabalho de investigação envolveu a análise das respostas obtidas através de questionários anónimos, distribuídos, entre janeiro e setembro de 2020, aos utentes de cinco Farmácias Comunitárias pertencentes aos distritos de Aveiro, Coimbra, Castelo Branco e Viseu. Foram, apenas, inquiridos 69 indivíduos devido à situação pandémica que se vive atualmente e que impediu a continuação do estudo.Dos utentes inquiridos, verificou-se que 58,8% consumiam ou já tinham consumido benzodiazepinas e que a maioria pertencia ao sexo feminino, situando-se na faixa etária entre os 60 e os 79 anos. As benzodiazepinas ansiolíticas apresentaram um consumo mais elevado, com destaque para o alprazolam e o lorazepam e, em 55,0% dos utentes a tomar benzodiazepinas, a duração da terapêutica foi superior a 48 meses, sendo que as perturbações de sono foram o motivo mais apontado para a prescrição. A maioria dos utentes afirmou conhecer que as benzodiazepinas provocam dependência, potenciam o efeito do álcool e influenciam negativamente a capacidade de condução. No entanto, 63,2% dos inquiridos considera que as benzodiazepinas não são usadas na prática de crimes.Os resultados obtidos no estudo experimental são concordantes com a maioria dos resultados analisados nos estudos epidemiológicos anteriores e observa-se, ainda, tal como esperado, que o uso de benzodiazepinas é muito prolongado no tempo e que origina alterações negativas no organismo dos seus utilizadores. Os indivíduos consumidores nem sempre parecem compreender todos os riscos associados à utilização destes medicamentos, daí a importância de consciencializar e informar a sociedade e os utentes das problemáticas clínicas e forenses originadas pela toma de benzodiazepinas e procurar estratégias para diminuir a sua prescrição e uso em situações desnecessárias e incitar à sua descontinuação segura.
Description: Dissertação de Mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses apresentada à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/94241
Rights: openAccess
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