Revista Nu: um corpo (que vive) em constante movimento

Abstract

Reconhecendo que a escola de arquitetura se deverá posicionar criticamente em relação ao seu tempo e ao seu lugar, adaptando e adequando as suas formas de estar, ensinar e aprender (sem se autolimitar), a presente dissertação visa compreender de que modo os seus agentes – mais concretamente o corpo estudantil – poderão contribuir para atmosferas de ensino e aprendizagem despertas, inquietas e jamais conformadas sua existência.Tal argumento adquire especial relevância (e pertinência) quando analisado aos olhos da Revista Nu que, ao assumir-se como objeto de estudo, possibilita decifrar aquilo que terão sido, em parte, as contaminações entre os seus agentes e o Departamento de Arquitetura da UC – seja por sincronia, oposição ou, tão validamente, por complementaridade. Neste seguimento, analisam- se os enredos e personagens, a evolução editorial, social e pedagógica da Nu que, quando cruzados com as especificidades e paradigmas do DARQ, permitem defini-la como ferramenta catalisadora da intensidade da Escola, das suas motivações e das suas dinâmicas.A transposição de tais premissas para outros contextos específicos permitiu, simultaneamente, aferir do que comungam e o que distingue realidades aparentemente distintas, determinadas pelos seus contextos, agentes e momentos de contaminação específicos.Salienta-se, por fim, o papel da Revista Nu enquanto espaço (informal) que aprendizagem, no qual se potencia a expressão estudantil e instigação das suas posições individuais e coletivas – entre sinergias, afinidades e contradições – e que, por ser fértil em inquietudes e interrogações, estimula e permite a construção (de mais um pedaço) da Escola.

Recognizing that the school of architecture should critically position itself in relation to its time and place, adapting its ways of being, teaching and learning (without being self-limited), this dissertation aims to understand how its agents – more specifically the students – can contribute to awakened and restless atmospheres of teaching and learning, never conformed to their existence.This argument acquires special relevance (and pertinence) when analyzed in the eyes of Nu Magazine which, by assuming itself as the study case, makes it possible to decipher what may have been, in part, the contaminations between its agents and the Department of Architecture of the University of Coimbra – either by synchrony, opposition or, so validly, by complementarity. In this sense, the plots and characters, the editorial, social and necessarily pedagogical evolution of Nu are analyzed and, when crossed with the specificities and paradigms of Department of Architecture, allow to define Nu as a catalyst tool of the intensity of the School, its motivations and its dynamics.The transposition of such premises to other specific context allowed, simultaneously, to assess what they share and what distinguishes apparently distinct realities, determined by their specific contexts, agents and moments of contamination.In conclusion, it is crucial to understand the role of Nu Magazine as an informal learning space, in which student expression and instigation of their individual and collective positions are enhanced – between synergies, affinities and contradictions – and due to being fertile in concerns and questioning, stimulates and allows the construction (of another piece) of the School.