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Título: Esterilidade ovocitária : contribuição para o diagnóstico etiológico da ausência de fecundação in vitro e definição de uma nova classe de esterilidade.
Autor: SANTOS, Ana Teresa Moreira de Almeida 
Orientador: Regateiro, Fernando Jesus
Barri, Pedro Nolasco
Palavras-chave: Patologia
Data: 2003
Resumo: A esterelidade conjugal afecta 10-15% dos casais sendo as causas desta situação habitualmente classificadas em femininas, masculinas e mistas. No entanto, mesmo depois de um estudo exaustivo do casal não é possível determinar uma etiologia para o insucesso reprodutivo sendo, por isso, tais situações designadas por esterilidade idiopática e correspondendo a 10-30% dos casos, segundo diferentes autores. O objectivo desta dissertação é a avaliação multiparamétrica de situações de falência inexplicada na fecundação verificadas após técnicas de Procriação Medicamente Assistida, no sentido de detectar as causas do insucesso. Nesta perspectiva procedemos a: 1) análise citogenética clássica e através de técnicas de citogenética molecular (FISH) de 482 ovócitos não fecundados e de 83 ovócitos excedentários, não inseminados, que considerámos como grupo controlo; 2) estudo imunocitoquímico com anticorpos anti-tubulina e coloração simultânea da cromatina pelo DAPI; 3) activação partenogénica experimental através da exposição de ovócitos não fecundados a um inibidor da síntese proteica (puromicina) e subsequente avaliação citogenética dos “embriões” resultantes, comparando os dados obtidos com uma população controlo constituída por ovócitos activados espontaneamente; 4) determinação através da técnica de PCR em tempo real do conteúdo em DNAmt de 205 ovócitos não fecundados, pertencentes a quatro grupos de pacientes (esterilidade feminina, masculina, idiopática e situações em que o único parâmetro anómalo determinado na investigação da esterilidade foi uma alteração da interacção gamética in vivo, rotuladas de teste pós-coital insuficiente). Os resultados obtidos permitiram-nos concluir que não existe um padrão uniforme de anomalia na fecundação numa mesma paciente e que o estudo complementar dos ovócitos não fecundados in vitro permite detectar a causa da falência na fecundação. Verificámos ainda que a ausência de fecundação ovocitária é um fenómeno mais frequente nas situações rotuladas de idiopáticas e que, nestas circunstâncias, o conteúdo citoplasmático em moléculas de DNAmt e a taxa de fecundação são inferiores aos verificados nas pacientes em quem foi identificada uma causa para a esterilidade. A confirmação de situações de infecunbilidade intrínsecas ao gâmeta feminino, decorrentes de alterações subtis no processo meiótico e na maturação citoplasmática levam-nos a defender a existência de uma nova sub-classe de esterilidade que propomos seja designada esterilidade ovocitária.
URI: https://hdl.handle.net/10316/920
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