Poder e legitimidade nos enunciados ambientais contemporâneos

Abstract

O artigo aborda a gênese da crença social nos instrumentos econômicos de gestão ambiental nas sociedades modernas. É problematizada a hipótese de que a consolidação da questão ambiental na agenda político-social contemporânea está intimamente relacionada com a capacidade de nominação que a teoria da utilidade marginal, como fato histórico-cultural, desenvolveu no curso do século XX. O texto também trata da noção de efeito-teoria como suporte para a interpretação da hegemonia do discurso tecno-científico como visão autorizada para descrições e prescrições relativas à moderna crise sócio-ambiental.