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Título: Receptores Adrenérgicos Alfa1 e Alfa2 e Fluxos de Cálcio na Artéria Uterina Humana
Autor: Ribeiro, Carlos Alberto Fontes 
Palavras-chave: Medicina Interna
Data: 1987
Resumo: O nosso trabalho pretendeu caracterizar os receptores adrenérgicos e na artéria uterina humana e asua relação com os fluxos transmembranares de Ca++. 1.º- Obtivemos valores de pD2 e pA2 para agonistas e antagonistas que indicam a presença de receptores adrenérgicos a1 e a2. Este facto foi também demonstrado por métodos bioquímicos: a ligação da 3H-prazosina e da 3H-ioimbina às membranas celulares foi estereospecífica, rápida, saturável, de alta afinidade e facilmente dissociável. As curvas de associação, dissociação e de saturação evidenciaram dois locais de ligação para a 3H-prazosina e um para a 3H-ioimbina. A ligação específica da 3H-prazosina e 3H-ioimbina foi modificada pela temperatura, pelos catiões (La+++, Ca++, Mg++, Na+, K+) e pelo pH. A ligação específica da 3H –nitrendipina também foi rápida, saturável, de alta afinidade e facilmente dissociável. A análise de Scatchard revelou dois locais de ligação. Houve boa correlação entre esta ligação e a inibição da resposta mecânica ao K+. 2.º - A nifedipina (NIF), a dazodipina (DAZ), o verapamil (VP), o diltiazem (DZ) e a cinarizina (CIN) inibiram as contracções produzidas pelo K+, pela fenilefrina (FE) e pela clonidina (CLON) com a seguinte ordem de potência: NIF> DAZ> VP> DZ> CIN. No entanto, as dihidropiridinas foram mais potentes contra as contracções desencadeadas pelo k+ e pela CLON, enquanto que o VP e o Dz demonstraram igual potência e a CIN foi mais potente contra as respostas devidas à FE. O VP, o DZ e a CIN inibiram a ligação da 3H-prazosina e da 3H-ioimbina às membranas celulares, obtendo-se valores de CI50 da ordem do micromolar, enquanto que a DAZ demonstrou fraca potência. A resistência parcial da FE à NIF e à DAZ pode ser explicada por: a) Libertação intracelular de CA ++; b) Existência de receptores de reserva; c) Canais de Ca ++ activados por um receptor (ROC), diferentes dos canais dependentes da voltagem (VOC). a)Através de curvas contrácteis em meios de concentrações diferentes de Ca++ e pela determinação do efluxo de 45 Ca++, demostrámos que a libertação intracelular de Ca++ não contribuía significativamente para a resistência das respostas da FE às dihidropiridinas. b)Pelo uso de fenoxibenzamina calculámos a fracção de receptores ocupados para cada concentração de FE e (±) noradrenalina. Depois comparámos esta curva com as curvas contrácteis e de inibição da ligação da 3H-prazosina e 3H-ioimbina pelos mesmos agonistas. Concluímos que não havia reserva de receptores quando usámos um agonista selectivo para os subtipos de receptores adrenérgicos a. c)A adição de FE às artérias já despolarizadas pelo K+ (CE100) provocou um efeito aditivo; pelo contrário, a CLON não incrementou as contracções. Por outro lado, na presença de Fe (mas não de CLON), o Bay K8644 evidenciou efeitos aditivos na captação de 45 Ca++ pelas tiras vasculares e potenciou as respostas contrácteis. Estas experiências provam a existência de duas vias diferentes para o influxo de Ca++: os canais dependentes dum receptor (a1) e os dependentes da voltagem (a2 e K+). Estes resultados foram confirmados pela determinação do potencial de menbrana pelo 3H- tetrafenilfosfónio. O K+ e a CLON despolarizaram as células, enquanto que a FE apenas para concentrações superiores à CE 50 o fez. 3.º - Estudámos ainda os mecanismos implicados no efluxo de 45 Ca ++.Os resultados obtidos permitiram-nos concluir que a estimulação adrenérgica a aumenta a actividade da (Na+, K+) – ATPase, da Ca++ - ATPase e do mecanismo de troca Na+/Ca++. Em conclusão, demonstrámos a existência na artéria uterina humana de receptores adrenérgicos a1 e a2 que utilizam para o influxo de Ca ++ vias diferentes. Estes receptores estão ainda implicados na extrusão de Ca++- AtPase e pelo mecanismo de troca Na+/Ca++.
URI: https://hdl.handle.net/10316/882
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Aparece nas coleções:FMUC Medicina - Teses de Doutoramento

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