Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/83646
Título: Análise descritiva do índice de complexidade da farmacoterapia e identificação de medicamentos potencialmente perigosos numa população geriátrica institucionalizada
Autor: Mouteira, Hugo Miguel da Silva 
Orientador: Fernandez-Llimos, Fernando
Pereira, Isabel Vitória Neves de Figueiredo Santos
Palavras-chave: Índice de Complexidade da Farmacoterapia; Medicamentos Potencialmente Perigosos; Geriatria; Medication Regimen Complexity Index; High-alert Medications; Elder
Data: 22-Fev-2017
Título da revista, periódico, livro ou evento: Análise descritiva do índice de complexidade da farmacoterapia e identificação de medicamentos potencialmente perigosos numa população geriátrica institucionalizada
Local de edição ou do evento: Instituição de Saúde na região de Aveiro
Resumo: Introdução: O envelhecimento gradual dos chamados países desenvolvidos, especialmente verificado nos países da Europa Ocidental, como é o caso de Portugal, é um fenómeno que pode ser explicado, em parte, pelos avanços que se têm verificado na Saúde nos últimos anos. Neste sentido surge a polimedicação, na população geriátrica, que se torna passível, derivado às comorbilidades que acabam por surgir, de causar complicações na adesão a determinados tratamentos. Torna-se, então, importante elaborar estudos farmacoterapêuticos na população geriátrica, considerando que esta se destaca pela sua vulnerabilidade a reações adversas medicamentosas (RAMs). Para isto, o índice de complexidade da farmacoterapia (do inglês medication regímen complexity índex – MRCI) consiste num instrumento essencial e validado para a determinação do grau de complexidade da medicação do doente em estudo, que se traduz na possibilidade da não-adesão ao tratamento currente. Com este instrumento é possível deduzir se a farmacoterapia de um idoso é de tal complexidade que dificulta a efetividade do tratamento, devido a problemas de adesão. O MRCI, por outro lado, deve ser também conjugado com a lista high-alert medications do conceituado ISMP (Institute for Safe Medication Practices) para a identificação, e possível remoção, do tratamento por medicamentos potencialmente perigosos (MPP) que sejam responsáveis por RAMs graves capazes de levar à hospitalização.Objectivos:. Determinar o valor do MRCI e identificar MPP de idosos institucionalizados; analisar o risco de não-adesão e comparar os resultados obtidos com outros estudos encontrados na literatura.Métodos: Foi realizado um estudo trasnsversal em 166 utentes, idosos, institucionalizados na Região Centro de Portugal, Aveiro. Participaram no estudo indivíduos com idade igual ou superior a 65 nos. Foram recolhidos dados referentes ao perfil farmacoterapêutico, posologias e instruções adicionais. Posteriormente os dados foram trabalhados no programa Statistical Product and Service Solutions (SPSS) que permitiram uma análise descritiva dos dados populacionais, dos valores relativos ao MRCI e aos MPP.Resultados: Dos 166 idosos envolvidos no estudo com idade média de 84,54 anos (±7,6), 69,9% do sexo feminino, obteve-se uma média de valores do MRCI de 27,03 pontos. Este valor foi considerado elevado, apesar desta escala não possuir um limite máximo de valores. Relativamente aos MPP, os opióides foram identificados como medicamentos de risco nesta população pois dos 10,8% de doentes que consumiam estes fármacos tinham, em média, 33,47 de score do MRCI sendo este valor maior que o anteriormente referido, encontrando-se os doentes ainda mais em risco que os restantes.Conclusão: O MRCI demonstrou ser um instrumento apropriado para a perceção da complexidade farmoterapêutica dos doentes estudados. É sugerida uma melhor monitorização destes idosos institucionalizados de forma a ser possível a redução da complexidade da farmacoterapia de cada um, assim como a evicção de MPP, como é o caso dos opiáceos, pois estes vão aumentar potencialmente o risco de não-adesão, ou até mesmo levar a uma hospitalização. Torna-se igualmente importante o estudo deste instrumento numa população idosa que não-institucionalizada pois o seguimento dessa população por parte de profissionais de saúde é menor, o que, à semelhança dos doentes institucionalizados, pode aumentar o perigo da não-adesão.
Introduction: The aging of Developed Countries, specially the one found in Western European countries, such as Portugal, is due to the advances that have occurred in health in recent years. Thus polipharmacy arises inevitably in the elderly population, caused by the co-morbidities that eventually emerge, capable of causing difficulties in adherence to certain pharmacotherapeutic treatments. It is important to develop pharmacotherapeutic studies in the geriatric population, as this stands out for its vulnerability to adverse drug reactions (ADRs). The medication regimen complexity index (MRCI) is a validated tool for determining the degree of complexity of medication in the patient study, which consists in the possibility of non-adherence to occur. With this instrument is then possible to deduce if the pharmacotherapy of an elderly is of such complexity that hinders the effectiveness of the treatment due to adherence problems. It is also useful to be combined with MRCI the high-alert medications list from the conceptualized ISMP (Institute for Safe Medication Practices) to identify and possibly remove high risk drugs which may cause serious ADRs that can lead to hospitalization.Objectives: Determine the average MRCI score and identify high-alert medications in institutionalized elderly; analyze the risk of non-adherence and compare the results with both other studies in the literature.Methods: A cross-sectional study with 166 older nursing home users at Central Portugal, Aveiro, was done. Participants were individuals aged 65 years or over. Data that included their medications, dosages, and special instructions were collected. Subsequently the data were analysed in the program SPSS to allow a descriptive analysis of population data derived from the values related to the MRCI and the high-alert medications.Results: Of the 166 seniors enrolled in the study with an average age of 84.5 years (± 7.6), 69.9 % female, we obtained an average MRCI score of 27.03 points. This score was considered high, although this scale does not have a maximum end. For the high-alert medications, opioids were identified as risky drugs in this population, since 10.8% of the patients who used such drugs had an average score of 33.47 MRCI, being this value higher than the above mentioned, these patients are even more at risk than the rest.Conclusion: The MRCI has proven to be an appropriate tool in the perception of the complexity of the patients analyzed. A better monitoring is suggested to these institutionalized patients in order to reduce the complexity of their pharmacotherapy. As well as the eviction of high-alert drugs, specially opioids, since these will also increase the risk of non-adherence or even lead to hospitalization. It is important to study this tool in an elderly population that is not institutionalized, as the follow-up of this population by health professionals is less common and this may increase the risk of non-adherence even further.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Farmacologia Aplicada apresentada à Faculdade de Farmácia
URI: https://hdl.handle.net/10316/83646
Direitos: openAccess
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