Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/833
Título: Proctocolectomia reconstrutiva com bolsa ileal: Estudo experimental e clínico
Autor: Leite, Júlio Fortunato Marques Soares 
Palavras-chave: Cirurgia
Data: 1990
Resumo: A proctocolectomia reconstrutiva (PCR) constitui a opção cirúrgica ideal para o tratamento da colite ulcerosa e da polipose adenomatosa. Os objectivos essenciais da Dissertação concentraram-se no estudo das modificações técnicas que permitam a obtenção de melhores resultados com a intervenção proposta e na análise das repercussões fisiológicas, bacteriológicas e morfológicas que ocorrem na bolsa ileal. No Capítulo I desenha-se a evolução histórica dos conceitos da anastomose íleo-anal e do reservatório ileal. Apresentam-se os conceitos anátomo-fisiológicos da continência anal, com ênfase no aparelho esfincteriano e no trajecto dos nervos simpáticos e parassimpáticos. Descreve-se a história natural e o tratamento médico e cirúrgico da colite ulcerosa, bem como a necessidade da cirurgia profiláctica nas situações de polipose adenomatosa. No Capítulo II analisa-se a influência do formato da bolsa ileal e da associação de neoválvula ileal nos resultados da PCR. No estudo experimental foram utilizados cães, sendo comparadas bolsas com formatos em J (n=27), em S (n=23) e em W (n=22). Associou-se uma válvula ileal a montante da bolsa em 19 animais. O volume das bolsas aumentou cerca de 3 vezes nos primeiros meses e esse aumento relacionou-se com o diâmetro do reservatório. O volume tolerável máximo correlacionou-se com o número de dejecções, verificando-se que esse número diminuiu nos primeiros seis meses após a operação. No grupo com reservatório em W manifestou-se tendência para menor número de dejecções e a válvula ileal não influenciou os resultados da PCR. No Capítulo III estudam-se as repercussões bacteriológicas e morfológicas que ocorreram na bolsa íleo-anal. A ecologia microbiana do reservatório foi semelhante à observada nas fezes dos animais no pré-operatório e o grau de atrofia das vilosidades foi menor no grupo com bolsa em W, facto que sugere a vantagem deste modelo. No Capítulo IV referem-se os bons resultados clínicos obtidos em três doentes operados por polipose adenomatosa. Os resultados manométricos, morfológicos e bacteriológicos revelaram aspectos concordantes com as ilacções retiradas dos estudos experimentais. No Capítulo V discutem-se as vantagens na aplicação dos fundamentos da bolsa íleo-anal nas propostas de cirurgia conservadora do esfincter anal, nomeadamente nos carcinomas do 1/3 médio do recto, nos tumores vilosos do recto, na proctite rádica, na doença de Hirschsprung e na obstipação idiopática grave. Em conclusão, advoga-se a anastomose íleo-anal nas doenças difusas da mucosa cólica e a anastomose colo-anal em várias afecções colo-rectais. Nega-se o interesse da válvula ileal e admite-se que a bolsa com formato em W possa fornecer melhores resultados clínicos.
URI: https://hdl.handle.net/10316/833
Direitos: embargoedAccess
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