Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/82602
Title: Tumores de células germinativas do testículo: Análise retrospetiva dos doentes tratados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra entre 2009-2016
Other Titles: Testicular Germ Cell Tumours: Retrospective analysis of patients treated at Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra from 2009 to 2016
Authors: Abreu, Miguel Maciel 
Orientador: Parada, Belmiro Ataíde Costa
Keywords: Neoplasia Testicular; Neoplasias, Células Germinativas e Embrionárias; Seminoma; Quimioterapia Adjuvante; Biomarcadores Tumorais; Testicular Neoplasm; Neoplasms, Germ Cell and Embryonal; Seminoma; Adjuvant Chemotherapy; Biomarkers, Tumor
Issue Date: 31-May-2017
Serial title, monograph or event: Tumores de células germinativas do testículo: Análise retrospetiva dos doentes tratados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra entre 2009-2016
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Objectives: Analyse the results of the treatment of Testicular Germ Cell Tumours (TGCT) patients orchiectomized at Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) over a period of seven years, comparing the results with international data and previous studies (1990-2009) regarding CHUC. Identify new factors that justify the increase in worldwide incidence values described in the literature and new prognostic approaches based on tumoural biomarkers.Methods: 77 clinical registries were analysed, corresponding to the patients orchiectomized due to suspect of testicular cancer, diagnosed with TGCT, between January 2009 and November 2016 at CHUC. For comparison of diagnosis, treatment and follow-up, the European Association of Urology’s 2016 guidelines were followed.Results: An average of 11 surgeries per year were performed, with a mean age of 32.9 years (17-58). The seminomas had a mean age of 35.8 years (29-51) and non-seminomatous (NSGCT) 31 years (17-58). Testicular prosthesis was inserted in 48 (62.3%) cases. Regarding the histopathological diagnosis, 47 (61%) were classified as NSGCT and 30 (39%) as seminoma. Metastasis were detected in 24 (31.2%) of the cases, 20 (83.3%) of them corresponding to NSGCT. According to the 2009 TNM classification, 67.5% were staged as stage I, 14.3% stage II and 18.2% as stage III. Stage I seminomas were treated mainly with a single cycle of Carboplatin (11 patients, 40.1%) as well as active surveillance (also 40.1%). In stage II and III seminomas and NSGCT stage I, II and III the most frequent first adjuvant therapy was chemotherapy with BEP. One seminoma (3.7%) and four (8.5%) NSGCT required second-line chemotherapy. A statistically significant correlation between survival and post-orchiectomy values, absolute and percentual variation of β-HCG was found (respectively p=0.01, ρ=0.384; p=0.003, ρ=0.355; p=0.004, ρ=0.337). Complete remission was achieved in 79.2% of the sample, with relapse in six (7.8%) patients and death after refractory disease in seven (9.1%) patients. Disease free survival was on average 33.9 months All patients treated with second-line chemotherapy died, with a mean survival time of 10.8 months (7-17). Survival at the of the first year was achieved in 96% of the patients and 90% at the end of third and fifth (Seminoma:100%, 96%, 96%; NSGCT: 93%, 85%, 85%).Discussion and Conclusions: There was an average of 11 cases per year (comparatively to 4.5 from 1990 e 2009). The sample mean age increased, from 30.1 to 32.9 years, due to the increase in NSGCT mean age (27.1 to 31.0). There was an increase in the adhesion to the testicular prosthesis (42.2% to 62.3%). Compared to the previous study, we found a higher rate of diagnosis at earlier stages (NSGCT stage III decreased from 42.9% to 27.7%; stage I seminomas increased from 79.3% to 90%). Based on the statistically significant correlation between the variation β-HCG and survival, we propose that, when interpreted by itself, a decrease in β-HCG may be considered a predictor of patient’s survival. When compared to previous studies, a higher rate of survival was attained but still inferior the internationally published data. In localized and regional disease, the 5-year survival of 100% was superior to the described in the literature.
Objetivos: Analisar os resultados do tratamento de Tumores de Células Germinativas do Testículo (TCGT) orquidectomizados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) num período de sete anos comparando-os com o panorama internacional e estudos anteriores (1990-2009) desenvolvidos no CHUC. Identificar novos fatores que justifiquem o aumento da incidência mundial descrito na literatura e novas abordagens prognósticas a partir dos biomarcadores tumorais.Métodos: Foram analisados 77 processos clínicos, correspondentes aos doentes orquidectomizados por suspeita de tumor testicular, diagnosticados com TCGT entre janeiro de 2009 e novembro de 2016 no CHUC. Para comparação do diagnóstico, tratamento e seguimento foram seguidas as recomendações de 2016 da Associação Europeia de Urologia.Resultados: Foram realizadas, em média, 11 cirurgias por ano, com uma média de idades de 32,9 anos (17-58). Os seminomas apresentaram uma média de idades de 35,8 anos (29-51) e os Não Seminomatosos (TCGNS) 31 anos (17-58). Foi colocada prótese testicular em 48 (62,3%) casos. No diagnóstico histopatológico, 47 (61%) foram classificados como TCGNS e 30 (39%) como seminoma. Foi detetada doença metastática em 24 (31,2%) casos, correspondendo 20 (83,3%) a TCGNS. De acordo com a classificação TNM 2009, 67,5% dos tumores foram estadiados como estadio I, 14,3% estadio II e 18,2% estadio III. No tratamento dos seminomas estadio I, as estratégias mais usadas foram um ciclo de Carboplatina em 11 (40,1%) casos e vigilância ativa no mesmo número (40,1%). Nos seminomas estadio II e III e TCGNS estadio I, II e III a primeira terapêutica adjuvante mais frequente foi quimioterapia com BEP. Um (3,7%) seminoma e quatro (8,5%) TCGNS necessitaram de terapêuticas de segunda linha. Observou-se uma correlação estatisticamente significativa entre a sobrevivência e a variação absoluta, percentual e o valor β-HCG pós-orquidectomia (respetivamente p=0,003, ρ=0,355; p=0,004, ρ=0,337; p=0,01, ρ=0,384). Foi alcançada remissão completa em 79,2% da amostra estudada, ocorrendo recidiva em seis (7,8%) e óbito após doença refratária ao tratamento em sete (9,1%) doentes. Registámos uma sobrevivência média livre de doença de 33,9 meses. Todos os doentes que necessitaram de quimioterapia de segunda linha faleceram, com sobrevivência média de 10,8 meses (7-17). Observámos sobrevivência ao fim do primeiro ano de 96% e 90% ao fim de três e cinco anos (Seminomas: 100%, 96%, 96%; TCGNS: 93%, 85%, 85%).Discussão e conclusão: Registámos, em média, 11 casos por ano (comparativamente a 4,5 entre 1990 e 2009). A idade média da amostra aumentou, de 30,1 para 32,9 anos, à custa do aumento da idade nos TCGNS (27,1 para 31,0). Também na adesão à prótese testicular encontrámos um aumento (42,2% para 62,3%). Verificou-se uma maior taxa de diagnósticos em estadios mais precoces (TCGNS estadio III: 42,9% para 27,7%; seminomas estadio I: 79,3% para 90%). Com base na correlação estatisticamente significativa entre a variação da β-HCG e a sobrevivência, propomos que, quando interpretada isoladamente, uma diminuição da β-HCG possa ser considerada um preditor da sobrevivência do doente. Registou-se uma taxa de sobrevivência superior aos estudos anteriores, mas ainda inferior aos dados publicados internacionalmente. Na doença localizada e regional, a sobrevivência de 100% a 5 anos registada, supera o descrito na literatura.
Description: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82602
Rights: embargoedAccess
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