Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/82082
Título: Portadores inactivos do VHB: 25 anos de evolução
Outros títulos: HBV inactive carriers: 25 years of evolution
Autor: Gomes, Tiago Malhó Lorga 
Orientador: Tomé, Luis Filipe Furtado Soares
Palavras-chave: hepatite B; portador inactivo; CHC; AgHBs; hepatitis B; inactive carrier; HCC; HBsAg
Data: 1-Jun-2017
Título da revista, periódico, livro ou evento: Portadores inactivos do VHB: 25 anos de evolução
Local de edição ou do evento: CHUC
Resumo: Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) representa um problema de saúde global e possui uma história natural complexa e heterogénea. Os portadores inactivos constituem a porção maioritária que, apesar de apresentarem um prognóstico normalmente benigno, têm baixo risco de complicações, destacando-se cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC). Consequentemente, é necessário delinear uma estratégia de seguimento que melhor se adapte a este grupo de doentes.Objectivo: Avaliação da evolução a longo prazo de um grupo de portadores inactivos do VHB.Materiais e métodos: A partir de uma população de antigos dadores de sangue AgHBs positivo (n=184), e aplicando critérios de exclusão, obteve-se o grupo de estudo (n=60) de portadores inactivos do VHB. A sua evolução no espaço de 25 anos foi avaliada. Procedeu-se à observação de dados analíticos, clínicos e demográficos. Teve-se em conta resultados imagiológicos e terapêuticos pré-existentes.Resultados: Partindo do grupo inicial (n=60) e do período médio de tempo de diagnóstico (24,1±2,0 [19; 28] anos), verificou-se que 38 doentes (63,3%) usufruíram de algum tipo de seguimento. 17 doentes (28,3%) apresentaram AgHBs negativo, sendo a taxa de seroconversão de 1,2% ao ano. Foi detectado apenas um doente (1,67%) com complicações (CHC), reflectindo-se numa taxa de 0,04% ao ano. Nenhum dos casos apresentou valores superiores aos de referência para a ALT (<45 U/L). Para valores de HBV-DNA<2000 IU/mL, observaram-se 52 doentes (86,7%), tendo os restantes 8 (13,3%) valores de HBV-DNA>2000 IU/mL.Discussão: Os resultados deste estudo revelam que o prognóstico de portadores inactivos é benigno, corroborando trabalhos semelhantes. O risco de complicações é baixo e a vigilância anual (através de doseamentos de ALT e DNA-HBV) é essencial para detectar e prevenir possíveis complicações (cirrose, CHC) e a ocorrência de reactivação. Este estudo abrangeu a evolução clínica de doentes AgHBs positivo (n=60) no espaço de cerca de duas décadas e meia, clarificando as implicações desta doença, nomeadamente a necessidade de uma estratégia de seguimento. Tendo em conta a escassez de dados relativos a este tema, este estudo veio também reforçar a noção de que mais trabalhos semelhantes, com maiores grupos de estudo e com um follow-up de várias décadas, serão necessários para definir a estratégia de seguimento mais eficaz para estes doentes. O doseamento do nível de AgHBs e a elastografia hepática poderão ser abordagens promissoras para complementar os actuais métodos de follow-up, contribuindo para uma melhor monitorização dos portadores inactivos.
Introduction: Hepatitis B virus (HBV) infection stands as a global health issue and has a highly variable and complex natural history. HBV inactive carriers constitute the largest group of infected patients. Their prognosis is usually benign and although having a low risk of complications, progression to cirrhosis or hepatocellular carcinoma (HCC) may occur. Therefore, an adequate follow-up strategy is required.Aim: Evaluate the long-term evolution of a HBV inactive carriers cohort.Methods: From a positive HBsAg population sample of former blood donors (n=184) and after the application of exclusion criteria, a cohort of 60 patients was obtained. The 25-year evolution of this group (n=60) was analyzed and recorded. Analytical, clinical and demographic data were considered.Results: 60 HBV inactive carriers were studied (30,4% females, 69,6% males, mean age 37,9 ±11,7 [12;70] years). The mean time since diagnosis was 24,1±2,0 [19;28] years. 38 patients (63,3%) had a regular follow-up. 17 patients (28,3%) became HBsAg negative, with a yearly incidence of 1,2%. HCC was recorded in 1 patient (1,67%), with a yearly incidence of 0,04%. In every subject, the values of ALT were normal (<45 U/L). 52 patients (86,7%) had HBV-DNA<2000 IU/mL and 8 (13,3%) had HBV-DNA>2000 IU/mL.Conclusion: The results revealed that the prognosis of HBV inactive carriers is benign. The risk of complications is low and a close monitoring (through ALT and HBV-DNA assessment) is required in order to prevent and detect cirrhosis, HCC or spontaneous reactivation. Further data is needed to improve the management strategy of these patients.
Descrição: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82082
Direitos: closedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato Entrar
Trabalho de Projecto TMLG 2011153621.pdf878.09 kBAdobe PDFAcesso Embargado    Pedir uma cópia
Mostrar registo em formato completo

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons