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Título: Efeitos adversos da fototerapia na psoríase
Autor: Rocha, Maria Leonor Simões 
Orientador: Oliveira, Hugo Miguel Schönenberger Robles de
Vieira, Ricardo José David Costa
Palavras-chave: Fototerapia; Psoríase
Data: Fev-2013
Resumo: A fototerapia é uma terapêutica muito utilizada nos doentes com psoríase. Assim, apresenta efeitos adversos variados, alguns dos quais possuem consequências graves, como as queimaduras e o cancro de pele. Apesar de ser usada há mais de 4 décadas não existe ainda um consenso relativamente à magnitude e incidência dos seus riscos, bem como o impacto na saúde dos doentes. Com este artigo pretende-se clarificar estes aspectos, através de uma revisão bibliográfica da literatura desde 1992 até 2012. Os resultados indicam que a terapêutica com PUVA oral é potencialmente mais perigosa que a com UVB de banda estreita. Por um lado, existem efeitos adversos agudos associados exclusivamente ao PUVA, como efeitos gastrointestinais (sobretudo náuseas e vómitos), prurido, exantema maculopapuloso, dor, penfigóide bolhoso, reacções alérgicas, interacções medicamentosas e alterações hepáticas. Por outro lado, outros efeitos adversos são mais prevalentes com esta terapêutica, como a infecção pelo vírus do papiloma humano, as cefaleias e vertigens, a demodicose e a pseudoporfiria. No entanto, a utilização de UVB de banda estreita não é isenta de riscos, podendo também provocar alguns efeitos adversos nomeadamente eritema e queimaduras potencialmente graves. Relativamente aos efeitos adversos crónicos, existem efeitos comuns a ambas as modalidades terapêuticas, como o envelhecimento cutâneo e alterações imunológicas prolongadas. O tratamento com PUVA possui efeitos que lhe são exclusivos, como as queratoses, poiquilodermia e lentiginose. Quanto à carcinogénese, verificam-se diferenças significativas entre a utilização de PUVA e UVB de banda estreita e também entre os estudos europeus e americanos. A nível do carcinoma espinhocelular, é unânime a sua relação dose-dependente e persistência ao longo do tempo com o tratamento com PUVA. A sua relação com o UVB de banda larga não é tão linear, tendo sido apenas registada nos estudos americanos. A nível do UVB de banda estreita ainda não se registou qualquer aumento de incidência de CEC. Quanto ao carcinoma basocelular, a terapêutica com PUVA aumenta o seu risco, embora de modo menos evidente que no carcinoma espinhocelular. O uso de UVB de banda estreita e de banda larga só foi implicado no desenvolvimento deste carcinoma em alguns estudos. O melanoma é a neoplasia maligna mais raramente associada à fototerapia, tendo apenas sido registado um aumento da sua incidência a nível do “PUVA Follow-Up Study”, norte-americano. Não se observou até hoje relação entre a utilização de UVB de banda estreita e o desenvolvimento de melanoma
Phototherapy is a widely used therapeutic for psoriatic patients. Thus, it has multiple side effects, some of which have serious consequences, like burns and skin cancer. Despite being used for more than four decades, there is not yet a consensus regarding the magnitude and incidence of its risks, as well as the impact on the health of the patients. This article aims to clarify these aspects, through a bibliographic revision of the literature since 1992 until 2012. The results indicate that phototherapy with oral PUVA is potentially more dangerous than with narrowband UVB. On one hand, there are acute side effects associated exclusively with PUVA, such as gastrointestinal effects (mostly nausea and vomiting), pruritus, maculopapular rash, pain, bullous pemphigoid, allergic reactions, drug interactions and hepatotoxicity. On the other hand, other side effects are more prevalent with this therapy, like infection by human papiloma virus, headaches and vertigo, demodicidosis and pseudoporphyria. However, the use of UVB narrowband phototherapy is not risk free. It also has some side effects like erythema and burns potentially serious. Considering the chronic side effects, some of them are common to both therapeutic modalities, like cutaneous ageing and prolonged immunological effects. The treatment with PUVA has some exclusive effects like keratoses, mottling and lentigines. About carcinogenesis, there are significant differences between PUVA and narrowband UVB phototherapy and also between American and European studies. It is unanimous that squamous cell carcinoma has a dosedependent and persistent in time relationship with PUVA therapy. Its relation with broadband UVB phototherapy is not so evident, being registred only in the American studies. It hasn’t been yet noticed an increase of squamous cell carcinoma with narrowband UVB therapy. PUVA therapy increases the risk of developing basocelular carcinoma but not so evidently as with squamous cell carcinoma. The development of basocelular carcinoma was related to narrowband and broadband UVB phototherapy only in some studies. Melanoma is the skin cancer less associated with phototherapy. Only the “PUVA Follow-Up Study” showed an increased incidence of melanoma with PUVA therapy. Until today, no study demonstrated a relation between narrowband UVB phototherapy and the development of melanoma.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Dermatologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/81123
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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