Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/689
Título: A morte em Lisboa : atitudes e representações : 1700-1830
Autor: Araújo, Ana Cristina Cardoso dos Santos Bartolomeu de 
Palavras-chave: História Moderna e Contemporânea
Data: 5-Dez-1995
Citação: A Morte em Lisboa: Atitudes e representações 1700-1830. Coimbra, ed. aut., 1995, 766 p.
Resumo: A mentalidade social e o sentimento religioso caucionam o efeito dissimulador da morte e dão sentido ao trabalho simbólico que acompanha a experência banal da mortalidade. Piedade e convenção social, estratégia de «representação de si» e preservação da memória são, portanto, os termos a partir dos quais se articulam entre si as três partes desta obra: Morrer em Lisboa, A Memória da Morte, Piedade e Secularização. Na primeira parte, a autora revê e actualiza os ritmos de crescimento da população de Lisboa. A partir do conhecimento rigoroso das curvas obituárias da cidade, reconstitui o acidentado percurso de vida de mais de um milhar de testadores. Envelhecida e maioritariamente masculina, a população testamentária fornece outros indicadores de caracterização sociológica. A sociabilidade religiosa, a incidência do recrutamento eclesiástico, as redes de influência das ordens militares, o domínio da cultura escrita e certos hábitos de representação do corpo constituem os principais temas tratados. A segunda parte é inteiramente consagrada à memória da morte e ao culto dos mortos. A análise da produção, divulgação e recepção dos manuais de prepação da morte facilitou a compreensão do sucesso e declínio da pedagogia barroca da morte. O estudo do cerimonial fúnebre revelou mudanças culturais profundas que se reflectiram nas restrições legais impostas ao luto, e, de outro modo, na reforma de Pombal da legislação testamentária. No fim do século XVIII, a contestação atinge em cheio o território dos mortos e o tradicional modelo da caridade católica. A partir de então, os secretos desejos e pensamentos das elites urbanas e de alguns sectores subalternos da sociedade (normalmente letrados) sugerem novas garantias de conservação da memória dos mortos, ao mesmo tempo que transportam preocupações filantrópicas modernas e sinais de inconformismo consentâneos com as promessas, decepções e esperanças do século das Luzes.
Descrição: Tese de doutoramento em Letras (História Moderna e Contemporânea) apresentada à Fac. de Letras da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/689
Direitos: openAccess
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