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Título: Redes de sociabilidade e de poder : Lousã no século XVIII
Outros títulos: Nets of sociability and power: Lousã in the 18th century
Autor: Silva, Maria do Rosário Castiço Barbosa de Campos Coelho e 
Orientador: Neto, Maria Margarida Sobral
Carvalho, Joaquim Ramos de
Palavras-chave: História Moderna; Estrutura social -- Lousã -- séc. 18
Data: 21-Jul-2003
Citação: Campos, Maria do Rosário Castiço de - Redes de sociabilidade e de poder : Lousã no século XVIII. Coimbra, 2003.
Resumo: A dissertação "Redes de sociabilidade e de poder: Lousã no século XVIII" insere-se no campo da história social percepcionada, fundamentalmente, ao nível das elites locais. Trata-se de um estudo social organizado numa comunidade de Antigo Regime que apresenta a particularidade de no seu seio se ter introduzido uma fábrica de papel no reinado de D. João V. Em função da instalação do imóvel verifica-se a presença no concelho da família do seu promotor, o italiano José Maria Ottone, bem como de outras famílias estrangeiras directamente ligadas à fábrica. Recorrendo na organização da informação nominal a instrumentos informáticos especializados, a autora procede a uma análise micro-histórica da comunidade tomando como fio condutor a manufactura. Nesse sentido centra a atenção nos actores sociais e nas relações interpessoais procurando compreender como são apropriados os recursos a nível local, como se processa a instalação de uma fábrica, como reage a comunidade a este elemento eventualmente perturbador. O objectivo é dar inteligibilidade às interacções que se desenvolvem entre os elementos da fábrica e a comunidade tendo por base a análise das estratégias dos diversos actores sociais. Nesse sentido reconstituem-se percursos de famílias que se salientam no âmbito das redes de sociabilidade e de poder e que apresentam a particularidade de terem tido contactos directos com a fábrica de papel. Pelo estudo efectuado verifica-se que nesta comunidade a terra, para além de fonte de subsistência, é fonte de riqueza e de prestígio social. Em resumo, a dissertação dá um contributo à compreensão do processo de industrialização do país ao mesmo tempo que permite constatar que existe na época um modelo social para onde se encaminham todos os actores. Conforme se evidencia este modelo, indissociável de determinadas opções económicas que não passam pela fábrica de papel, marca de um modo indelével a comunidade analisada. Investir na fábrica não é visto como uma opção social vantajosa. E se há integração social daqueles que estavam ligados à manufactura, sob o ponto de vista económico, não há interacção entre a fábrica - o que ela representa - e os interesses locais.
Descrição: Tese de doutoramento em Letras, área de História, (História Moderna) apresentada à Fac. de Letras de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/685
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:FLUC Secção de História - Teses de Doutoramento

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