Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/524
Título: Tipificação de méis de Erica sp. da Região da Serra da Lousã.
Autor: Andrade, Paula Cristina Branquinho de 
Palavras-chave: Farmacognosia e Fitoquímica; Química
Data: 1996
Citação: Tipificação de méis de Erica sp. da Região da Serra da Lousã. Coimbra, ed. aut., 1995, 330 p.
Resumo: A determinação da origem geográfica e botânica de um mel tem sido feita preferencialmente com base na análise polínica. Contudo, a técnica é morosa e exige um profundo conhecimento da flora da região de proveniência do mel e de palinologia. Por este motivo, procurámos encontrar outros métodos alternativos para a caracterização dos méis, estabelecendo uma correlação entre a origem floral do mel e a presença neste, de certos compostos de origem nectarífera ou resultantes de modificação bioquímica dos compostos do néctar pelas abelhas. Em amostras genuínas de mel, de apiários seleccionados da Serra da Lousã correspondentes às safras dos anos de 1991, 1992, e 1993, determinámos o espectro polínico e as características físico-químicas. Nestas amostras investigámos ainda outros marcadores químicos (açúcares, flavonóides, ácidos e ésteres fenólicos). As avaliações do etanol e da glicerina afiguraram-se como novos parâmetros de qualidade de um mel e como indicadores do seu grau de envelhecimento. As características palinológicas, que podem ser bons marcadores dos méis da serra da Lousã são: a predominância de pólen de Ericaceae, a presença constante de pólen de Erica sp. e Papilionaceae, as combinações Erica sp. - Calluna vulgaris (L.) Hull - Castanea sativa Miller - Papilionaceae e Erica sp. - Calluna vulgaris (L.) Hull - Castanea sativa Miller - Papilionaceae - Cistus ladanifer L. (presentes em 80% e 60% respectivamente, das amostras analisadas). As amostras de mel de Erica sp. da Serra da Lousã, no que diz respeito ao conteúdo em açúcares são caracterizadas pela ausência de sacarose e melibiose. No mel de Erica sp. identificámos alguns flavonóides tais como a miricetina, 3-O-metilmiricetina, 3 -O-metilmiricetina e a tricetina, que apresentam um atributo não encontrado noutros méis de diferentes origens botânicas até agora analisados, que é um anel B trioxigenado (3 ,4 ,5 -trioxigenação). Com o objectivo de confirmar como marcadores, alguns dos flavonóides presentes nas amostras de mel de Erica sp. procedemos à análise dos flavonóides do pólen e néctar de Erica sp. Identificámos vários ácidos fenólicos nas amostras de mel de Erica sp. portuguesas, dos quais o ácido elégico se revelou o mais interessante como marcador de origem botânica deste mel. O estudo do néctar de Erica sp. e a análise de cluster dos parâmetros físico-químicos confirmaram a 3 -O-metilmiricetina e o ácido elégico como os metabolitos mais interessantes como marcadores da origem floral do mel de Erica sp., além de que não foram encontrados na maioria das amostras de mel monoflorais analisadas até agora e foi verificada a sua existência no extracto obtido por hidrólise ácida do néctar de flores de Erica sp.
URI: https://hdl.handle.net/10316/524
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Aparece nas coleções:FFUC- Teses de Doutoramento

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