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Título: Potenciais interações do café com a medicação anti-hipertensora
Autor: Gonçalves, Sara Sofia Simões
Orientador: Campos, Maria da Graça
Palavras-chave: Café; Cafeína; Efeitos adversos; Hipertensão; Anti-hipertensivos
Data: Set-2016
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: Este trabalho tem como objetivo identificar as possíveis interações do café, que é uma das bebidas mais consumidas em Portugal, com a medicação anti-hipertensora. Uma vez que é usual falar-se da redução/evicção do consumo de café como terapêutica não farmacológica, considero que para um farmacêutico fazer este tipo de aconselhamento o deve fazer com base científica. Neste trabalho abordo, também, os benefícios e os riscos desta bebida, nomeadamente em doentes hipertensos. Com a pesquisa efetuada para a realização deste trabalho verificou-se que a informação científica disponível é inferior à espectável tendo em conta o mediatismo do tema. O acervo documental acedido permitiu constatar que o café pode aportar benefícios a doentes hipertensos, devido a diversos constituintes como melanoidinas; já a cafeína e os diterpenos são suscetíveis de se apresentar, em alguns casos, como prejudiciais para estes doentes. Segundo alguns estudos o efeito prejudicial da cafeína em consumidores habituais de café parece deixar de se verificar. Conclui-se que pessoas a fazer medicação crónica, como é o caso dos doentes hipertensos, devem ter especial cuidado com o consumo regular de café uma vez que esta bebida pode alterar a metabolização de alguns fármacos por inibir as isoenzimas 3A4 e 1A2 do citocromo P450, e ainda, que de entre os fármacos anti-hipertensores mais vendidos em Portugal, aqueles cuja interação a nível do citocromo P450 com o café pode ser mais significativa são a amlodipina, o bisoprolol, a indapamida e lercanidipina.
The main focus of this work is to identify the possible interactions between coffee, one of the most consumed drinks in Portugal, and hypertension medication. It is normal to talk about reduction/avoidance of the intake of coffee as a nonpharmacological therapy, however I believe a pharmacist should only give this type of advice when scientifically based. In this work I also present the risks of intake of this drink, especially in hypertensive patients. Research has led me to conclude that the available scientific information regarding this topic is lower than expected, when its media attention is considered. Documented studies analysed for this work have shown that hypertensive patients may benefit from consuming coffee due to some of its constituents, such as melanoidins; however, caffeine and diterpenes may be harmful to these patients. According to some studies, the harmful effect of caffeine is not noticeable in frequent consumers. In conclusion, people taking chronic medication, as is the case of hypertensive patients, should take extra care when regularly consuming coffee, as it may alter the metabolism of some drugs, such as the inhibition of isoenzymes 3A4 and 1A2 of the cytochrome P450. It was also possible to conclude that, among the most common antihypertensive drugs sold in Portugal, the ones with a more significant interaction with the cytochrome P450 are Amlodipine, bisoprolol, indapamide and lercanidipine.
Descrição: Monografia realizada no âmbito da unidade de Estágio Curricular do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, apresentada à Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/48402
Direitos: openAccess
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