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Título: Alterações vasculares da placenta e diabetes
Autor: Reis, Ana Rita Martins dos 
Orientador: Lobo, António Carlos Fernandes
Barros, José Joaquim de Sousa
Palavras-chave: Diabetes mellitus; Obstétricia; Placenta
Data: Mar-2012
Resumo: Introdução: A placenta é um órgão complexo e que existe na mulher exclusivamente durante a gestação. A sua principal função é estabelecer a comunicação física entre a mãe e o feto e permitir que ocorram trocas entre ambos. É um órgão que apresenta um desenvolvimento contínuo das vilosidades coriónicas e também da sua vasculatura. Como tal, qualquer patologia de carácter crónico e sistémico terá repercussões no seu crescimento e desenvolvimento. A diabetes é um exemplo disso. Objectivos: Com esta revisão pretendeu-se compreender de que forma a presença de diabetes (quer fosse prévia à gravidez ou gestacional) influencia os processos de vasculogénese e angiogénese da placenta e como se traduz em termos de alterações morfológicas dos seus vasos. Tentou-se também objectivar quais as alterações metabólicas mais relevantes e quais os seus efeitos, e saber ainda se existem padrões morfológicos característicos de cada um dos tipos de diabetes. Discussão: Independentemente do grau de controlo metabólico da gestante, a presença de hiperglicémia causa, invariavelmente, alterações na formação da vasculatura placentária. A vasculogénese e a angiogénese placentárias encontram-se alteradas na diabetes prévia, enquanto que apenas a segunda sofre alterações decorrentes de diabetes gestacional. A existência de diabetes implica variadas alterações metabólicas, com libertação aumentada de mediadores inflamatórios e factores pró-angiogénicos, como é o caso do Factor de Crescimento do Endotélio Vascular (VEGF). Como consequência, observou-se que nas grávidas diabéticas existe angiogénese aumentada, com predomínio da fase de crescimento não-ramificador dos vasos e também disfunção endotelial, decorrente do estado pró-inflamatório gerado. Contudo, embora estes aspectos sejam transversais aos diferentes tipos de diabetes, não se observaram alterações morfológicas características de nenhum deles, sendo que, nalgumas situações, os resultados chegaram a ser controversos. Conclusão: A coexistência de uma gestação e de diabetes, independentemente do seu tipo, conduz a alterações morfológicas dos vasos da placenta. Existe aumento da angiogénese fetoplacentária, com crescimento predominantemente longitudinal dos vasos e, consequentemente, uma rede vascular placentária menos densa, com prejuízo para as trocas efectuadas entre a mãe e o feto.
 Abstract: Introduction: The placenta is a complex organ that exists in women exclusively during pregnancy. Its main function is to establish physical communication between mother and fetus and allow exchanges occurring between them. It is an organ that has a continuous development of the chorionic villi and also of the vasculature. So, any chronic and systemic condition will affect its growth and development. Diabetes is an example. Aims: This review was intended to understand how the presence of diabetes (whether it was previous to pregnancy or gestational) influences the processes of vasculogenesis and angiogenesis of the placenta and how it translates in terms of morphological changes of their vessels. We tried to objectify what metabolic changes are most relevant and what are their effects, and also wonder if there are morphological patterns characteristic of each type of diabetes. Discussion: Regardless of the degree of metabolic control of pregnant women, the presence of hyperglycemia invariably changes the formation of placenta’s vasculature. Both vasculogenesis and angiogenesis are altered in previous diabetes, while only angiogenesis undergoes changes due to gestational diabetes. The existence of diabetes implies various metabolic changes, with increased release of inflammatory mediators and pro-angiogenic factors, such as Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF). As a result, it was observed that in diabetic pregnancies there is increased angiogenesis, with predominance of the nonbranching phase and also endothelial dysfunction, due to the pro-inflammatory state generated. However, although these aspects were observed across the different types of diabetes, there were no morphological patterns of any of them, and, in some cases, the results were even controversial. Conclusion: The coexistence of pregnancy and diabetes, regardless of its type, leads to morphological changes of the vessels of the placenta. There is increased fetoplacental angiogenesis, with predominantly longitudinal growth of blood vessels and, consequently, a less dense placental vascular network that will prejudice the exchanges between mother and fetus.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Obstetrícia apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/47692
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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