"Speaking for Thousands": Mary Antin’s The Promised Land and dominant narratives of identity in the early 20th century

Abstract

Este artigo explora a narrativa verbal e fotográfica da autobiografia de Mary Antin no contexto dos debates sobre a construção da nação e da identidade americana no início do século XX, uma época em que estas questões assumiram grande premência devido ao aumento exponencial da imigração. Embora a sua história tenha sido vista como um exemplo a emular pelas “massas” que batiam à porta da América, defende‑se que este texto constitui um exemplo do que George Lipsitz designa por “contra‑memória”, não só no sentido em que recupera um passado suprimido, uma história excluída da narrativa dominante da nação, mas também porque se assume como a voz de milhares de imigrantes, ilustrando milhares de vidas anónimas.

This paper explores the verbal and the usually neglected photographic narratives of M. Antin’s autobiography in the context of the debates about the construction of the nation and the definition of an American identity in the early 20th century, a time when the massive increase in immigration lent a particular urgency to these issues. Although her story was quickly co‑opted as an example to be emulated by the “huddled masses” knocking at “the golden door” of America, I argue that her text can actually be seen as an example of what George Lipsitz calls “counter‑memory”, not only in the sense that it reclaims a suppressed past, a history excluded from the master narrative of the nation, but also in that it claims to “speak for thousands”, illustrating “scores of unwritten lives”.