Please use this identifier to cite or link to this item:
https://hdl.handle.net/10316/42887
Title: | Uma Identidade Amazónica em Deslocamento | Authors: | Santos, Ueliton Santana dos | Orientador: | Carvalho, António José Olaio Correia de | Keywords: | Rede; Hammock; Reflection; Acre; Reflexão; Acre; Deslocamento; Displacement; Amazônia; Amazon | Issue Date: | 7-Dec-2017 | Citation: | SANTOS, Ueliton Santana dos - Uma identidade amazónica em deslocamento. Coimbra : [s.n.], 2017. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/42887 | metadata.degois.publication.location: | Coimbra | Abstract: | Tendo a prática artística um lugar central nesta tese, como espaço de expressão e especulação conceitual, a presente pesquisa percorre períodos históricos, geográficos, metafóricos e poéticos, na Amazônia, representando e apresentando aspectos da cultura amazônica. A rede, que se embala de um lado a outro; se deslocando e ao mesmo tempo imóvel, é o objeto identitário que foi apropriado para simbolizar essa ligação de acontecimentos na Amazônia, ou esse isolamento do território que causa uma cultura peculiar entrelaçada com a grandeza da floresta. Essa rede companheira de solidão do seringueiro no meio da floresta. Se apropriando dessa rede metáfora, dessa Ini, fio, entrelaçando narrativas entre sonhos e pesadelos; ilusões a que estamos expostos ao dormir. Refletimos e pensamos essa identidade em movimento, em trânsito, caminhando pelos acontecimentos sociais e resistências e imagens na Amazônia. Para isso utilizamos metáforas, realidade, imaginário, simulacro, reiteração, repetição de imagens, de símbolos. O ponto de partida para a pesquisa é estado do Acre, lugar/não lugar; nesse âmbito abordamos indígenas, ribeirinhos, conflitos pela terra e em defesa da floresta. Procuramos trazer uma abordagem das diversas usualidades da rede na Amazônia desde a sua primeira citação por Pero Vaz de Caminha. Sintetizamos através de texto e imagens a metamorfose amazônica, como se dá a transformação do homem ao habitar diretamente a floresta e interagir com sua diversidade e isolamento. O meu trabalho artístico nesta pesquisa se desdobra além de uma visão particular, porque engloba um âmbito coletivo de abordagem histórica e social pelo viés da arte contemporânea, dessa forma insinuamos deslocamentos, trânsitos e resistências indentitárias como forma de reflexão e entendimento da realidade amazônica. A rede é o fio que conduz, que parte da unidade para a coletividade, nessa construção de diálogos e reflexões. Ao falarmos de pele e de tatuagens; tanto humana quanto da cidade, estamos discutindo identidade que é o título da tese, embora pareça uma abordagem distinta, esse tema se une ao Acre, a rede, a Amazônia e ao meu trabalho como artista para deslocar essa identidade amazônica. A pele aqui é algo sutil, sensível e polissêmica, discute a violência, a rede de crimes, as marcas de sangue deixadas na aura da cidade, e o medo como tatuagem na memória, nessa fronteira da Amazônia que em alguns casos, ainda, parece um território sem lei, ou com a lei feita pela criminalidade, que na maioria dos casos a sentença é sempre a morte com requintes de crueldade. A ótica basilar foi a de autores, artistas e imagens da Amazônia. Uma espécie de andança por tópicos de excluídos, não vistos ou não considerados, construídos pelo olhar do outro, que até hoje oscilam entre o paraíso perdido e o “inferno verde”. The artistic practice is in the central place of this thesis, as a space of expression and conceptual speculation. This research traverses historical, geographical, metaphorical and poetic periods in the Amazon region, representing and presenting aspects of the Amazonian culture. The hammock (in Portuguese also known as “net”), swinging from one side to the other and at the same time moving and immobile, is the identitary object, which was appropriate to symbolize the connections of events in the Amazon, or the territorial isolation as the scenario of a peculiar culture intertwined with the greatness of the forest. This hammock, net or network, is the seringueiro’s (rubber tapper’s) companion, in the loneliness, in the middle of the forest. By appropriating the hammock, also known as Ini, it becomes a metaphor, interweaving narratives between dreams and nightmares, and the illusions we are exposed to while sleeping. We reflect and think this moving identity, in transit, walking through social events, resistances and images of Amazon. For this we use metaphors, reality, imagery, simulacrum, iterations, repetition of images, and symbols. The starting point of this research is the Brazilian state of Acre, place/no-place. In this context we approach indigenous, river bank culture, conflicts over land and efforts to protect the forest. We approach various uses of hammock (and “net”) in the Amazon, since its first citation by Pero Vaz de Caminha. We synthesize through text and images the Amazonian metamorphosis, due to the transformation of humans who directly inhabit the forest and interact with its diversity and isolation. My artistic work in this research unfolds beyond a private vision, because it encompasses a collective scope of historical and social approaches through a contemporary art optic. In this way, we insinuate displacements, transits and resistances, as a way to reflect and understand the Amazonian reality. The hammock is the thread that leads from one individual to the collective, in a construction of dialogues and reflections. When we talk about skin and tattoos, both human and urban, we are discussing identity, which is the title of this thesis. Although it may seems as a distinct subject, it will join the formulation of an Amazonian displaced identity, which combines Acre, the hammock, Amazon and my work as an artist. The skin here is something subtle, sensitive and polysemic, discussing violence, networks of crime, blood marks left in the aura of the city; and fear, as a tattoo in the memory. That corner of Amazon, in some cases, still seems that it is a territory without law, or with laws made by criminals, even endorsing death sentences with refinements of cruelty. The basic view is an assemblage of that of authors, artists and images from the Amazon. It is a sort of wandering through topics of excluded people, unseen or unconsidered, constructed by the view of others that to this day oscillate between the “lost paradise” and the “green hell”. |
Description: | Tese de doutoramento em Arte Contemporânea, apresentada ao Colégio das Artes da Universidade de Coimbra | URI: | https://hdl.handle.net/10316/42887 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Teses de Doutoramento Colégio das Artes - Teses de Doutoramento |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Uma Identidade Amazónica em Deslocamento.pdf | 9.64 MB | Adobe PDF | View/Open |
Page view(s)
542
checked on Nov 5, 2024
Download(s) 50
693
checked on Nov 5, 2024
Google ScholarTM
Check
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.