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https://hdl.handle.net/10316/41835
Título: | Carbon monoxide poisoning as a cause of death and differential diagnosis in the forensic practice a retrospective study 2000 to 2010 | Autor: | Ruas, Francisco Delfim L. B. de Carvalho | Orientador: | Teixeira, Helena Corte-Real, Francisco |
Palavras-chave: | Intoxicação por monóxido de carbono; Medicina legal; Prática forense; estudo retrospetivo | Data: | Mar-2012 | Resumo: | Carbon monoxide (CO) poisoning is a common cause of death and a public health
problem. The authors studied the epidemiology and the postmortem forensic aspects in all the
cases with a carboxihemoglobin (COHb) analysis, by reviewing the reports of all the
autopsies performed in the Forensic Pathology Department of the Centre Branch of the
National Institute of Legal Medicine of Portugal, between 2000 and 2010. The following
criteria were analyzed: year, month, season of the year, age, gender, occupation, underlying
disease, etiology, source of CO, cause of death, autopsy findings and toxicological analysis
results. The relevance of the circumstantial information and the autopsy findings, the
evolution during the years of CO poisoning as a cause of death and the challenges of its
differential diagnosis, in our practice, are discussed.
Between January 2000 and December 2010, 69 COHb analysis were requested in our
institution. In approximately 70% of the situations, circumstantial information included a
source of CO at the death scene. More than a half of the cases presented thermal lesions.
Cherry-red lividity and cherry-red coloration of blood and viscera were found in
approximately 30% of the cases. In the studied period, 14 cases (20.3% of all requests) were
recorded as CO poisonings. The highest number of cases occurred in 2000 and, for the
remainder of the decade, years with no cases followed lower peaks. Winter registered the
highest frequency of CO poisonings (53.8%), more frequent in males (69.2%) and in age
group of 51-60 year olds (3 cases). 69.2% of the CO poisonings were violent, unintentional
deaths and the remainder of the cases were suicides. Fire was the most frequent source of CO
(5 cases, 38.5%). Cherry-red lividity was present in 8 (61.5%) CO poisonings and all
presented cherry-red blood and viscera coloration, which was related to higher COHb levels
(58 ± 23 (SD) % COHb). Suicides also presented higher COHb levels. Older individuals and
those with thermal lesions presented lower levels. Politrauma was the most frequent cause of
death among the negative cases (24.4%).
It is possible to conclude that forensic aspects of CO poisoning interact in a complex
way and differential diagnosis is not straightforward. This study also emphasizes the role
played by public prevention campaigns and improvement of heating appliances in reducing
the number of unintentional CO poisonings and the importance of preventing urban and forest
fires, the major source of CO among us. As intoxicações por monóxido de carbono (CO) são causa de morte frequente e um problema de saúde pública. Analisámos a epidemiologia e aspetos forenses postmortem em casos com pedido de análise de carboxihemoglobina (COHb), através do estudo dos relatórios de todas as autópsias realizadas no Serviço de Patologia Forense da Delegação do Centro do Instituto Nacional de Medicina Legal, entre 2000 e 2010. Foram avaliados os seguintes critérios: ano, mês, estação do ano, idade, sexo, profissão, comorbilidade, etiologia, fonte de CO, causa de morte, achados de autópsia e resultados de análises toxicológicas. São objeto de discussão, a importância da informação circunstancial e dos achados de autópsia, a evolução da intoxicação por CO enquanto causa de morte e os desafios do seu diagnóstico diferencial na nossa prática forense. Entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2010, foram requisitadas 69 análises de carboxihemoglobina na nossa instituição. Em aproximadamente 70% dos casos, a informação circunstancial incluía referência a uma fonte CO identificada no local da morte. Mais de metade dos casos apresentavam lesões térmicas; o livor carminado e a coloração carminada do sangue e vísceras foram identificados em 30%. Neste período, 14 casos (20,3% de todos os pedidos) foram classificados como intoxicações por CO. O maior número de casos verificouse no ano 2000 e, na restante década, a anos com números superiores de casos, seguiram-se anos sem quaisquer casos. A maior parte das intoxicações ocorreu no inverno (53,8%) e foram mais frequentes em homens (69,2%) e no grupo etário de 51-60 anos (3 casos). 69,2% das intoxicações (9 casos) foram acidentais e as restantes, suicídios. A fonte de CO mais frequentemente identificada foi um incêndio (38,5%). O livor carminado foi identificado em 61,5% dos casos e todas as intoxicações apresentavam coloração carminada do sangue e vísceras, relacionada com concentrações superiores de COHb (58 ± 23 (DP) %COHb). Também o suicídio se relaciona com concentrações superiores de COHb. Os idosos e os indivíduos com lesões térmicas apresentavam concentrações inferiores. Nos casos com análise negativa, a cause de morte mais frequente foi politrauma (24,4%). É possível concluir que os aspetos forenses da intoxicação por CO interagem de forma complexa e que o seu diagnóstico diferencial não está desprovido de desafios. Os autores dão ênfase ao papel das campanhas de prevenção junto da população e da evolução dos equipamentos de aquecimento, na redução do número de casos acidentais de intoxicação por CO e à importância da prevenção de incêndios florestais e urbanos, a principal fonte de CO entre nós. |
Descrição: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área cientifica de Medicina Legal, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra | URI: | https://hdl.handle.net/10316/41835 | Direitos: | openAccess |
Aparece nas coleções: | UC - Dissertações de Mestrado FMUC Medicina - Teses de Mestrado |
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