Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/34617
Title: Breaking the cycle of binge eating: Causes, consequences and intervention implications
Authors: Duarte, Cristiana Oliveira Pires 
Orientador: Gouveia, José Pinto
Stubbs, James
Keywords: Binge eating; Disordered eating; Body image; Emotion regulation processes; Conceptualization; Intervention
Issue Date: 4-May-2017
Citation: DUARTE, Cristiana Oliveira Pires - Breaking the cycle of binge eating : causes, consequences and intervention implications. Coimbra : [s.n.], 2017. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/34617
Project: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH/BD/76858/2011/PT 
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: Background: Binge Eating Disorder (BED) was recently officially recognized as a distinct clinical entity. BED is characterized by recurrent binge eating episodes during which individuals have a sense of lack of control over the eating behaviour. Emotional distress and shame feelings seem to play a determinant role in this disorder. BED is the most prevalent eating disorder. It typically begins in late adolescence or early adulthood and tends to persist through midlife. BED is common in overweight/obese individuals, but may also occur in normal weight individuals. Binge eating symptomatology is also a hallmark feature of Bulimia Nervosa (BN), a prominent associated feature of Anorexia Nervosa (AN), and is also present in the general population in different degrees of severity. Binge eating is a public health problem by virtue of its psychological and physical comorbidities and for its role in the development and maintenance of obesity, a problem of epidemic proportions in our current western society. Many questions remain regarding the mechanisms involved in the continuum of binge eating symptomatology. The current dissertation aimed to develop a comprehensive conceptualization model focused on the psychological mechanisms operating in the vulnerability and persistence of this phenomenon. By building on this knowledge, this dissertation further aimed to contribute to advances in treatment approaches for binge eating and associated problems. Method: This dissertation includes 20 studies, with cross-sectional and longitudinal designs. The studies were conducted in distinct specific samples, including nonclinical samples of adolescent girls, women and men from the general community, obese/overweight female participants and female patients with eating disorders. Participants were assessed through self-report measures assessing early interpersonal experiences, psychological and emotion regulation processes and disordered eating symptoms. In specific studies, participants were also assessed through semi-structured clinical interviews. Results: Findings indicated that binge eating symptomology is prevalent in the general population, in individuals with different weight ranges, in a continuum of severity. Studies revealed that: i) self-perceptions of inferiority and early negative interpersonal experiences (e.g., peer victimization) can be shame-eliciting experiences. Perceptions of inferiority and body image shame are associated with adolescent girls’ disordered eating symptoms, both cross-sectionally and longitudinally. ii) Body image shame has a specific effect on binge eating symptomatology, above the effect of overall negative affectivity. Self-criticism may be a specific mechanism through which body image shame influences binge eating symptomatology. iii) Perceptions of inferiority, shame and self-criticism may predispose to poor self-regulation of eating behaviour and weight loss difficulties in overweight/obese individuals. iv) Perceptions of inferiority and shame memories are associated with greater psychological inflexibility related to eating behaviour and body image. v) Cognitive fusion with body image shame-related experiences and memories, and extreme concerns with eating, predict the severity of binge eating symptomatology in BED patients. BED shares with AN and BN the feature of overvaluation of body weight and shape, which further fuels self-perceptions of inferiority, self-criticism and shame. vi) Adaptive emotional regulation through psychological flexibility, self-reassurance and self-compassion and may reduce disordered eating symptomatology and improve psychological well-being. vii) A brief low intensity intervention focused on helping individuals from the general community with BED develop these capacities was effective in reducing binge eating symptomatology. Conclusions: This dissertation contributes to a greater understanding of the contextual, interpersonal and self-evaluation variables and the emotion regulation processes involved in the vulnerability and persistence of the spectrum of binge eating. The current findings were integrated into a novel comprehensive functional model of the cycle of binge eating symptomatology. These findings suggest that binge eating may be understood as the result and a form of experiential avoidance from the internal experiences related to a sense of being a shameful self. This model also clarifies the role of adaptive emotion regulation processes that may disrupt the mechanisms maintaining disordered eating. This dissertation provides evidence that stimulates future research and the development and refinement of preventive and treatment approaches for binge eating and related problems.
Enquadramento: A Perturbação de Ingestão alimentar Compulsiva (PIAC) foi recentemente reconhecida oficialmente como uma entidade clínica singular. A PIAC é caracterizada por episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva (IAC) acompanhados de uma percepção de perda de controlo sobre o comportamento alimentar. Distress emocional e vergonha parecem desempenhar um papel determinante nesta perturbação. A PIAC é a perturbação alimentar com maior prevalência. Tende a iniciar-se no final da adolescência ou início da idade adulta e a persistir ao longo da vida. A PIAC é comum em indivíduos com excesso de peso/obesidade, podendo igualmente manifestar-se em indivíduos com peso normal. A IAC é também um traço distintivo da Bulimia Nervosa (BN), uma importante característica associada da Anorexia Nervosa (AN), e ocorre ainda na população geral em diferentes graus de severidade. A IAC é um problema de saúde público dada a sua comorbilidade com problemas psicológicos e físicos e o papel que desempenha no desenvolvimento e manutenção da obesidade, um problema de proporções epidémicas na sociedade ocidental atual. Muitas questões permanecem acerca dos mecanismos envolvidos no continuum da ingestão alimentar compulsiva. A presente dissertação teve como objectivo desenvolver um modelo conceptual compreensivo focado nos mecanismos psicológicos que atuam na vulnerabilidade e manutenção deste fenómeno. Com base neste conhecimento, esta dissertação pretendeu ainda contribuir para o avanço de abordagens terapêuticas para a IAC e problemas associados. Método: Esta dissertação inclui 20 estudos, com desenhos transversais e longitudinais. Os estudos foram realizados em amostras específicas distintas, incluindo amostras não-clínicas compostas por adolescentes do sexo feminino, mulheres e homens da população geral, participantes do sexo feminino com excesso de peso/obesidade e com perturbações do comportamento alimentar. Os participantes foram avaliados através de instrumentos de autoresposta focados na avaliação de experiências interpessoais precoces, processos psicológicos e de regulação emocional e comportamento alimentar perturbado. Em estudos específicos, as participantes foram também avaliadas através de entrevistas clínicas semiestruturadas. Resultados: Os dados indicaram que a IAC é prevalente na população em geral, em indivíduos com diferentes graus ponderais, num continuum de severidade. Os estudos revelaram que: i) Percepções de inferioridade e experiências interpessoais precoces negativas (e.g., vitimização entre pares) podem constituir experiências elicitadoras de vergonha. Percepções de inferioridade e vergonha da imagem corporal associam-se a sintomas de comportamento alimentar perturbado em adolescentes do sexo feminino, tanto transversal como longitudinalmente. ii) A vergonha da imagem corporal tem um efeito específico na IAC, superior ao efeito da afetividade negativa geral. O autocriticismo parece ser um mecanismo específico através do qual a vergonha focada na imagem corporal influencia a IAC. iii) Percepções de inferioridade, vergonha e autocriticismo associam-se a dificuldades de regulação do comportamento alimentar e perda de peso em indivíduos com excesso de peso/obesidade. iv) Percepções de inferioridade e memórias de vergonha associam-se a maior inflexibilidade psicológica relacionada com o comportamento alimentar e imagem corporal. v) Fusão cognitiva com experiências e memórias de vergonha relacionadas com a imagem corporal e preocupações extremas com a alimentação, predizem a severidade da sintomatologia de IAC em doentes com PIAC. A PIAC partilha com a AN e a BN a característica de sobrevalorização do peso e forma corporais, a qual alimenta percepções de inferioridade, autocriticismo e vergonha. vi) Regulação emocional adaptativa através de flexibilidade psicológica, autotranquilização e autocompaixão, poderá diminuir o comportamento alimentar perturbado e promover bem-estar psicológico. vii) Uma intervenção breve de baixa intensidade focada no desenvolvimento destas capacidades em indivíduos da população geral com PIAC mostrou-se eficaz na redução da sintomatologia de IAC. Conclusões: Esta dissertação contribui para uma maior compreensão das variáveis contextuais, interpessoais e auto-avaliativas e dos processos de regulação emocional envolvidos na vulnerabilidade e manutenção do espectro da IAC. Os dados obtidos foram integrados num novo modelo compreensivo funcional do ciclo da IAC. Os resultados sugerem que a IAC pode ser compreendida como o resultado e uma forma de evitamento experiencial de experiências internas associadas a uma percepção de um Eu vergonhoso. Este modelo clarifica igualmente o papel de processos adaptativos de regulação emocional que poderão interromper os mecanismos que mantêm a perturbação. Esta dissertação fornece dados empíricos que estimulam a investigação futura e o desenvolvimento e aperfeiçoamento de abordagens preventivas e de intervenção na IAC e problemas associados.
Description: Tese de doutoramento em Psicologia, na especialidade de Psicologia Clínica, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da educação da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/34617
Rights: embargoedAccess
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