Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/33283
Title: Admissões no período neonatal numa urgência pediátrica
Authors: Mota, Bárbara Neto Miraldo 
Orientador: Brett, Ana Cristina de Oliveira
Rodrigues, Fernanda Maria Pereira
Keywords: Urgências; Pediatria; Neonatologia
Issue Date: 2016
Abstract: Introdução: Factores intrínsecos de vulnerabilidade do período neonatal, associados à inexperiência ou falta de acompanhamento das famílias, conduzem frequentemente a um recurso inadequado aos serviços hospitalares, principalmente ao Serviço de Urgência (SU). O objectivo deste estudo foi caracterizar os recém-nascidos que recorreram ao SU ao longo de 12 meses, avaliando as características de cada episódio e a necessidade de um atendimento urgente hospitalar. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo, com análise dos processos clínicos dos recém-nascidos admitidos no SU do Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2014. Foram analisadas variáveis demográficas, antecedentes pessoais, proveniência, motivo de urgência, exames complementares de diagnóstico efectuados, diagnóstico, tratamento e orientação. Foi efectuada análise estatística em SPSS® 22 (p<0,05). Resultados: Foram analisados 441 episódios, correspondentes a 383 recém-nascidos. Eram do sexo masculino 55,8% e a idade mediana foi 16 dias, com 13,8% observados em idade neonatal precoce (< 8 dias). A maioria era de termo (93%), provenientes da região Centro (97,3%) e não referenciados (75,7%), tendo sido a prioridade amarela de triagem a mais frequente (71,7%). Os principais motivos de vinda foram sintomatologia gastrintestinal e respiratória. 36,1% necessitaram de exames complementares de diagnóstico, sendo a análise de urina (19,7%) e de sangue (13,4%) as mais frequentes. O grupo diagnóstico mais frequente foi a patologia gastrintestinal (29,3%), e o diagnóstico mais frequente foi recém-nascido “sem doença” (13,2%). A patologia infecciosa, englobada nos vários grupos diagnósticos, foi predominante (27,7%). Cerca de metade (46,5%) dos episódios não teria justificação clínica para observação em SU. A maioria (74,4%) não recebeu qualquer tratamento e 81,9% tiveram alta imediata para o domicílio. Dos internados, a mediana de tempo de internamento foi um dia. Em 27,7% dos casos foi agendada reavaliação em consulta hospitalar. Discussão: Quase metade dos recém-nascidos não tinha sintomatologia nem patologia que justificasse observação num SU hospitalar. A falta de acesso aos cuidados primários em horário nocturno e a falta de informação sobre cuidados de puericultura e variantes do normal podem ser factores que contribuem para este recurso à urgência hospitalar. Conclusão: Um melhor esclarecimento dos pais acerca dos sinais de alerta que devem motivar observação num SU e uma melhor preparação dos profissionais de saúde para reconhecer e distinguir as situações comuns e variantes do normal daquelas que merecem uma avaliação hospitalar e investigação, poderiam melhorar a utilização dos serviços de saúde com beneficio para os recém-nascidos e famílias.
Introduction: Intrinsic factors of vulnerability in the neonatal period, associated with inexperience or lack of follow-up of families, often leads to inappropriate use of hospital services, particularly the Emergency Service (ES). The aim of this study was to characterise newborns that were admitted to the ES over a 12-month period, assessing the characteristics of each episode and the need for urgent hospital care. Methods: Retrospective descriptive study, with analysis of the medical records of all newborns admitted to the ES of Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, from the 1st of January to the 31st of December 2014. Demographic variables, medical history, referral, presenting complaints, diagnostic tests, diagnosis, treatment and follow-up were analysed. Statistical analysis was done in SPSS® 22 (p<0.05). Results: 441 episodes were analysed, corresponding to 383 newborns. 55.8% were male, with a median age of 16 days, and 13.8% were < 8 days. Most were term (93%) newborns, from the Central region of Portugal (97.3%) and unreferenced (75.7%). The most frequent triage priority was yellow (71.7%). The main presenting complaints were gastrointestinal and respiratory symptoms. 36.1% required diagnostic tests and the most frequent were urine (19.7%) and blood (13.4%) analysis. The most frequent diagnostic group was gastrointestinal disease (29.3%), and the most frequent diagnosis was newborn "without illness" (13.2%). Infectious diseases, included in the different diagnostic groups, were predominant (27.7%). Approximately half (46.5%) of the admissions had no clinical justification for observation at the ES. Most (74.4%) received no treatment and 81.9% were immediately discharged home. Of those admitted, the median hospital stay was one day. In 27.7% of the cases a hospital appointment was scheduled. Discussion: Almost half of the newborns did not have symptoms or disease that justified assessment at a hospital ES. The lack of access to primary care during night time and the lack of information regarding childcare and benign abnormalities may be factors that contribute to parents resorting to the hospital ES. Conclusion: A better explanation to the parents about the warning signs that should motivate observation in the ES and better preparation of health care professionals to recognise and distinguish common situations and benign neonatal variants from those worth hospital evaluation and testing, could improve the use of health services with benefits for newborns and families.
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Pediatria, apresentada á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/33283
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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