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Título: Elaboração e Avaliação de um Guia Prático para o ensino de LGP como Segunda Língua
Autor: Freitas, Luísa Margarida Santiago Duarte 
Orientador: Festas, Maria Isabel Ferraz
Baptista, Maria Madalena Belo da Silveira
Palavras-chave: Língua Gestual Portuguesa; Ensino de LGP como Língua Segunda; Aprendizagem de LGP como L2 por ouvintes; Bilinguismo
Data: 20-Jan-2017
Citação: FREITAS, Luísa Margarida Santiago Duarte - Elaboração e avaliação de um guia prático para o ensino de LGP como segunda língua. Coimbra : [s.n.], 2017. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/29600
Resumo: A língua que falamos, lemos e escrevemos assume um papel fundamental na definição cultural e social enquanto indivíduos. Assim, os Surdos reconhecem a Língua Gestual, o conhecimento da cultura surda e a utilização do espaço viso-motor como elementos primordiais na constituição da sua identidade e como meios de processamento de informação e de interação entre as pessoas. Os falantes nativos de Língua Gestual viverão sempre entre duas culturas e entre duas línguas. Quanto mais profunda for a aquisição de ambas, maior será a sua inclusão (Jokinnen, 2006). Para que esta seja perfeita, muito ajudaria se as famílias de crianças, jovens e adultos surdos e a comunidade escolar e profissional que os acompanham fossem bilingues, o que permitiria a participação e colaboração entre os surdos e os ouvintes. O artigo 23.º do Dec. Lei 3/2008 visa regulamentar o ensino bilingue para alunos surdos. De acordo com esta legislação, é dada à criança surda a possibilidade de se inserir num ambiente linguístico propício à aquisição da Língua Gestual Portuguesa como língua materna e à aprendizagem da língua portuguesa como segunda língua. Percebe-se, no entanto que nem todos os elementos desta comunidade escolar apresentam bons níveis de domínio da LGP. Nessa perspetiva e, apesar de o ensino de Língua Gestual Portuguesa (LGP) como Língua Segunda (L2) a alunos ouvintes não estar regulamentado no mesmo diploma, as escolas de referência para o ensino bilingue de alunos surdos apresentam a LGP como L2 como oferta formativa à comunidade escolar. Constatando a falta de materiais pedagógicos para o professor e para o aluno de LGP como L2, procedemos à construção de um Guia Prático para a lecionação de LGP como L2 que deverá funcionar como instrumento de trabalho para docentes de LGP e orientadores ou supervisores de estágios profissionais de lecionação de LGP. Nele constam sugestões de conteúdos, materiais pedagógicos e estratégias de ensino que auxiliarão os professores nas suas práticas pedagógicas. Procedemos também à sua implementação em turmas de ouvintes nas escolas de referência para o ensino bilingue de alunos surdos. Procurámos, igualmente, avaliar a utilidade do Guia Prático de Lecionação de LGP como L2. Para a prossecução dos objetivos referidos procedeu-se, primeiramente, à revisão da literatura, com o intuito de explicitar o quadro teórico em relação à surdez, à aquisição da linguagem pelos surdos, à história da educação dos surdos e ao ensino de LGP. Esta revisão serviu de base à realização da componente empírica. Esta, incidindo numa amostra constituída por quatro professores e 135 alunos de três Agrupamentos de Escolas, permitiu a implementação do Guia Prático. Os resultados da investigação realizada são analisados e discutidos tendo em conta as atividades realizadas pelas professoras e a evolução dos alunos quer na compreensão quer na produção em LGP. De igual modo, identificamos limitações do trabalho realizado e apontamos pistas para a sua continuação.
The language we speak, read or write plays a key role in our cultural and social definition as individuals. Hearing impaired people perceive sign language, the specific culture of the hearing impaired and the use of the “motor-visual” space as fundamental elements in building their identity and as a means to process the information and the interaction with others. Native sign language speakers will always live between two cultures and two languages. The better they use both languages the greater is their social inclusion (Jokinnen, 2006). For this to be perfect the families of hearing impaired children, youngsters and adults, along with the educational and working communities should be bilingual. This would allow the participation and cooperation between the deaf and the hearing persons. The 23rd article of the law 3/2008 regulates bilingual teaching for hearing impaired students. According to the legislation children are given the possibility to be taught Portuguese sign language in a learning enhancing environment, as native language, and Portuguese, as second language. It becomes clear, however, that not all of the students in this community have a good use of Portuguese Sign Language. This way, and in spite of the fact that the teaching of Portuguese Sign Language as second language to hearing students is not regulated by the same law, reference schools for bilingual teaching of hearing impaired students have Portuguese sign language as second language in their syllabus. Considering the lack of teaching resources for teachers and students of Portuguese Sign Language as second language we have built a practical guide to the teaching of PSG, as second language. It should be seen as a tool for teachers, advisor and supervisors of training processes in PSL. This practical guide has teaching suggestions, materials and strategies which will help teachers in their teaching practice. The guide has also been used in reference schools in hearing student's classes for bilingual teaching of hearing impaired students. The effectiveness of the practical guide has also been tested as a tool for teaching PSL as second language . To achieve this goal we have revised the current written production on the subject to establish the theoretical framework concerning deafness, language acquisition by the deaf, the history of the education of the deaf and the teaching of PSL. This approach established the grounds for the empirical component of the investigation which was based on a sample of four teachers and one hundred and thirty five students from three schools. This allowed for the practical guide to be tested. The results are scanned and discussed taking into account the activities developed by the teachers as well as the student's progress both in understanding and producing PSL. The scope of the investigation as well as clues for further developments were identified and discussed.
Descrição: Tese de doutoramento em Ciências da Educação, na especialidade de Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/29600
Direitos: openAccess
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