Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/23318
Título: Claustros serlianos em Portugal
Autor: Silva, Nuno Miguel 
Orientador: Lobo, Rui
Palavras-chave: Claustro de D. João III do Convento de Cristo; Claustro, Portugal séc. 16-17; Serlio, Sebastiano, 1475-1554, obra
Data: Dez-2012
Citação: Silva, Nuno Miguel Maia da - Claustros serlianos em Portugal : 1558-1635. Coimbra, 2012
Resumo: Após uma pesquisa bibliográfica e estudo, o grupo dos Claustros Serlianos demonstrou maior pertinência e interesse em ser aprofundado, nomeadamente pela possibilidade deste motivo em clautros ter tido a primeira expressão em Portugal, com o Claustro de D. João III do Convento de Cristo em Tomar. O estado da arte relativo ao motivo Serliano em claustros está pontualmente abordado por alguns autores: George Kubler em A Arquitectura Portuguesa Chã, estuda os Claustros de Tomar e de S. Domingos de Benfica; Miguel Soromenho e Rafael Moreira dedicam-se, respectivamente, ao Claustro de S. Bento da Vitória no Porto e ao Claustro de Torralva em Tomar, em História da Arte Portuguesa volume II,Círculo de Leitores. Estas obras serão referênciais para este trabalho. Assim, esta reflexão terá como intuito estabelecer uma abordagem comparativa e de conjunto no uso da serliana nos claustros portugueses. “O Claustro de Tomar é muito mais complexo que qualquer desenho italiano do mesmo século.” 2 Pretende-se perceber como começa este “movimento”, o sentido inovador e o seu seguimento no uso da serliana; perceber o facto de ser tão breve; perceber o que leva a um intervalo de duas décadas entre o primeiro exemplo - o Claustro de Tomar do traçado de Torralva (1558-1564, com a retoma do motivo serliano em 1584, com o início dos trabalhos de Terzi em Tomar) e o conjunto que se seguiu de Claustros Serlianos (1596-1635). O facto da serliana ser tão pouco usada em Claustro desperta curiosidade acrescida, assim como o carácter pioneiro da utilização deste motivo em claustro, com o exemplo de Diogo de Torralva (1500-1566) no Convento de Cristo em Tomar. A evolução do método construtivo/estrutural usado nos claustros da época acrescenta interesse por este trabalho. A passagem do uso do contraforte nos Claustros Castilhianos (e.g. Colégio de S. Tomás e Colégio de S. Jerónimo, em Coimbra) para o uso da Serliana. O Claustro Castilhiano é tipicamente de configuração quadrangular e duplo andar, dotado de três tramos separados por contrafortes e preenchidos por um sistema de arcaria geminada (ao nível do piso inferior) e vãos de verga recta (ao nível do piso superior). Os espaços claustrais dos colégios renascentistas da Rua da Sofia, em que se enquadra o de S. Tomás, formalizam um conjunto tipológico homogéneo, que resultou de uma evolução tecnológica e estilística delineada pelo mesmo autor, Diogo de Castilho, para específica adaptação às necessidades dos novos colégios universitários. No conjunto de Claustros Serlianos em Portugal, iniciado pelo Claustro de D. João III, identificam-se mais seis casos de estudo. Esta selecção deve-se às características de cada um destes claustros, onde se pode observer a matriz serliana do tratado de Serlio: o claustro do Colégio dos Agostinhos de Coimbra, de Filipe Terzi, datado de 1593-96; o claustro do Convento da Graça de Lisboa, sendo obra anónima, possivelmente de finais do século XVI; o claustro de S. Bento da Saúde em Lisboa, de Baltasar Álvares, datado de 1598-1615; o claustro de S. Bento da Vitória no Porto, de Diogo Marques Lucas, datado de 1608; o claustro de S. Domingos de Benfica, que poderá estar ligado a Diogo Marques Lucas, datado de 1624; e o claustro do Santíssimo Sacramento de Alcântara, de autor desconhecido, datado de 1620-1635.
Descrição: Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da F. C. T. da Univ. de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/23318
Direitos: openAccess
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FCTUC Arquitectura - Teses de Mestrado

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