Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/19302
Título: Estudo do comportamento mioeléctrico dos músculos vastus lateralis e bíceps brachii durante o teste anaeróbio de Wingate : relação com o consumo de oxigénio
Autor: Santos, Ana Carolina Soares 
Orientador: Tavares, Paula
Palavras-chave: Bateria de testes; Músculos; Vias energéticas; Teste de Wingate
Data: 2004
Resumo: Muitos trabalhos têm centrado o seu objectivo no estudo da relação entre a fadiga central e a fadiga periférica. O lactato sanguíneo é normalmente utilizado como um indicador da fadiga muscular. Porém esta correlação, entre a fadiga e o comportamento dos músculos não se encontra bem esclarecidas. Por isso outros indicadores têm sido desenvolvidos tal como a electromiografia de superfície, um instrumento não invasivo e bastante útil, uma vez que permite uma avaliação não só da fadiga mas também da função neuromuscular. Este instrumento tem sido utilizado em diversos estudos como um prático instrumento em diferentes áreas, tal como nas ciências do desporto. O objectivo deste trabalho foi estudar a relação entre o comportamento muscular do Vastus lateralis e do Bíceps brachii através do registo electromiográfico e a fadiga no teste anaeróbio de Wingate e os lactatos sanguíneos. O Vastus lateralis é um músculo utilizado e avaliado frequentemente em diferentes estudos em cicloergómetro mas o Bíceps brachii usualmente não é analisado neste tipo de exercícios, daí o nosso objectivo em comparação dos resultados entre ambos os músculos. Neste estudo participaram oito indivíduos, voluntários, saudáveis e praticantes regulares de actividade física, do sexo masculino. Foram realizados Testes de Wingate durante os quais foi monitorizada a actividade eléctrica dos músculos Vastus lateralis e Bíceps brachii através de um sistema de electromiografia de superfície (ME300 da MegaWin). Para a comparação de ambos os músculos, os valores de MPF (Mean Power Frequence) e AEMG (Averaged EMG) foram normalizados pela circunferência crural e bicipital, respectivamente. Ainda durante a realização dos testes foi monitorizada a frequência cardíaca através de um cardiofrequencímetro, marca POLAR. Antes e após o teste anaeróbio de Wingate foram quantificados os níveis de lactato sanguíneo pelo método espectrofotométrico (Dr. Lange). No final do teste foi avaliado o esforço percebido pela escala Cr10 de Borg. A análise estatística dos dados foi realizada pela análise da variância com um intervalo de confiança de 95%. No teste de Wingate foram obtidos os resultados de 907±56,6 W para a potência máxima (PP) e 11,64±0,8 W/Kg para a potência máxima relativa. O índice de fadiga foi de 49,8±8,8 % e a percepção de esforço de 8,1±1,3. Após a normalização do sinal de EMG a amplitude do sinal foi analisada em função do tempo, tendo sido verificado que o perfil da curva era diferente para os dois músculos. A amplitude registada para o Vastus lateralis era praticamente linear, a curva de amplitude do Bíceps brachii, apresentou um perfil semelhante á curva de potência média do teste de Wingate. Relativamente aos valores de MPF e AEMG, ratificados pelo valor das circunferências crural e bicipital, não se mostraram diferentes entre os dois músculos. No entanto, após a análise separada dos músculos em três fases distintas (no espectro total, nos primeiros 10 segundos e nos últimos 10 segundos do teste de Wingate) verificamos que o MPF e o AEMG para o Vastus lateralis não apresentavam diferenças. No entanto, no Bíceps brachii foi observada uma tendência em diminuir a AEMG nos últimos 10 segundos, sem haver alterações no MPF. Foram também verificadas correlações entre os valores dos lactatos sanguíneos e o MPF do Bíceps brachii, tanto no espectro total como nos últimos 10 segundos, assim como do AEMG do espectro total. No Vastus lateralis foram verificadas correlações entre os valores de lactato e o AEMG, tanto no espectro total, como no início e final do teste de Wingate. Através do registo electromiográfico foi demonstrado existir uma correlação entre os valores de lactato e o AEMG em ambos os músculos, assim como do MPF no Bíceps brachii. A contracção deste último demonstrou ser uma importante componente na teste anaeróbio de Wingate. A tendência de diminuição do AEMG do Bíceps brachii parece sugerir uma menor mobilização das suas fibras musculares, no final do teste sem alteração da velocidade de condução do potencial de acção. Apesar da fadiga muscular deste músculo durante o teste de Wingate, esta não é acompanhada da fadiga muscular do Vastus lateralis como poderia ser de prever, apesar da correlação com os lactatos
Descrição: Dissertação de licenciatura apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/19302
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:FCDEF - Vários

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
Monografia Ana Santos.pdf1.14 MBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

308
Visto em 16/abr/2024

Downloads 50

429
Visto em 16/abr/2024

Google ScholarTM

Verificar


Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.