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Título: Estudo da pressão arterial após o teste máximo aeróbio e anaeróbio :|bcomparação entre atletas velocistas e fundistas
Autor: Piedade, Cristóvão Daniel Lourenço 
Orientador: Tavares, Paula
Palavras-chave: Frequência cardíaca; Teste Wingate; Actividade física; Doenças cardiovasculares
Data: 2005
Resumo: Os benefícios da actividade física são por todos reconhecidos. Porém, os riscos cardiovasculares que lhe podem estar associados são por vezes negligenciados ou mesmo desconhecidos. O estudo da pressão arterial (relação entre os valores de repouso e recuperação), têm-se mostrado um importante instrumento na análise do risco cardiovascular e da morte súbita. O objectivo do nosso estudo foi determinar se o tipo de exercício pode desencadear uma resposta da pressão arterial em situação de recuperação, susceptível de causar risco cardiovascular para as pessoas. Para tal, foram escolhidas três populações: uma sedentária (controlo); uma com um treino maioritariamente aeróbio (atletas fundistas) e outra com características de treino anaeróbio típico (atletas velocistas). Cada uma destas populações foi sujeita a dois testes máximos: um aeróbio por patamares e outro anaeróbio. A pressão arterial foi medida em repouso (na posição sentado e no cicloergometro) e depois do teste aos 5, 15, 25 e 30 minutos. Antes dos testes, todos os indivíduos foram caracterizados antropométricamente. O teste aeróbio máximo por patamares foi realizado num cicloergómetro (Monark®, modelo 824), e seguiu um esquema semelhante ao teste de balke. O teste foi iniciado com uma carga de 50 W com incrementos de 25 W de dois em dois minutos. O teste anaeróbio máximo, correspondente ao teste de wingate, foi também realizado em cicloergómetro e teve a duração de 30 segundos. A carga máxima utilizada neste teste foi aferida através de um teste força – velocidade realizado antes. A análise estatística dos dados foi feita pela análise de variância com um intervalo de confiança de 95%. O desempenho dos três grupos de voluntários mostrou-se de acordo com o seu perfil de treino (ou ausência dele – grupo controlo). Enquanto o grupo de fundistas mostrou uma melhor capacidade respiratória no teste aeróbio, o grupo de atletas velocistas atingiu os valores mais elevados de peack power no teste de wingate. Os valores de lactatos colhidos após os testes reforçaram a caracterização do esforço desenvolvido pelos três grupos. No que diz respeito ao comportamento da pressão arterial, podemos afirmar que os resultados obtidos estão de acordo com a revisão da literatura tendo a resposta da pressão arterial sido relativamente semelhante em ambos os testes. O seu comportamento não evidenciou risco cardiovascular para nenhum dos grupos envolvidos no estudo. Contudo, depois de fazer uma análise em termos relativos do grau de recuperação, percebemos que o grupo controlo atingiu mais rapidamente (e em ambos os testes), os valores de repouso mais rapidamente que atletas velocistas e fundistas. Tal facto sugere ter ocorrido uma resposta hipotensiva ao esforço por parte do grupo controlo que não se fez sentir nos atletas. Por outro lado todos os grupos recuperaram mais lentamente no teste anaeróbio (pressão sistólica), especialmente nos primeiros minutos que sucederam o final do teste. Na origem desta resposta parece ter estado a grande subida da frequência cardíaca e do volume de ejecção sistólica (VES) durante este teste, que se reflectiu numa elevação excessiva da pressão arterial, e por conseguinte numa recuperação mais retardada. Apesar de aparentemente os resultados não indiciarem uma disfunção do sistema nervoso autónomo no controlo da pressão arterial em situação de recuperação, percebeu-se que o exercício muito intenso pode, na presença de determinados factores ser um “inimigo” do coração. Convém deste modo fazer uma prescrição do exercício que se adapte às capacidades e necessidades individuais de cada um.
Descrição: Dissertação de licenciatura apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Univ. de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/17427
Direitos: openAccess
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