Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/13476
Title: Liberdade e vontade em João Duns Escoto: leitura da Quodlibética XVI
Authors: Figueiredo, Gonçalo José Gomes 
Orientador: Carvalho, Mário Santiago de
Keywords: Duns Scotus, Johannes, ca. 1265-1308 -- estudos; Duns Scotus, Johannes, ca. 1265-1308 -- obra
Issue Date: 2009
Citation: Figueiredo, Gonçalo José Gomes - Liberdade e vontade em João Duns Escoto: leitura da Quodlibética XVI. Coimbra, 2009
Abstract: Procurando investigar os temas da vontade e da liberdade no autor medieval João Duns Escoto (c. 1265-1308), começámos por contextualizá-lo na herança do grande século XIII, onde as Universidades tiveram o seu papel importante como lugar de encontro e discussão da Teologia e da Filosofia. Outros dos aspectos a considerar neste panorama cultural foram as traduções das obras de Aristóteles e dos seus comentadores, e o rigor de linguagem que este novo contributo veio trazer à reflexão académica. Situado num contexto histórico, Escoto, filho do seu tempo e membro de uma ordem religiosa, os franciscanos, assumiu plenamente esse património que remonta quer ao santo de Assis quer a Boaventura, entre outros, e filiado em Santo Agostinho, e deu-lhe seguimento ao mesmo tempo que dialogava com os grandes do seu tempo, designadamente Henrique de Gand. Escolhemos dois textos do Doutor Subtil para investigar os temas da liberdade e da vontade: o primeiro, que nos serviu de introdução, foi retirado do comentário às Sentenças de Pedro Lombardo, Ordinatio III, d. 17, q. un (IX, 563-571), e o outro, que nos mereceu maior atenção, do corpo das quodlibéticas, a questão XVI. Sobre o primeiro texto investigámos as temáticas de Deus e do homem, como agentes livres, na particular interpretação que Escoto oferece do Primeiro Princípio como Ser Infinito, e do homem como ser de natureza intelectual e existência incomunicável. Para tentar compreender o que, quanto a nós, neste estado em que nos encontramos, a liberdade e a vontade diz respeito, apresentamos as consequências éticas, lidas pelo mestre franciscano em diálogo com Santo Agostinho e Santo Anselmo, na doutrina das afeições. Na terceira e última parte do nosso trabalho, procuramos fazer uma leitura mais pormenorizada e continuada da já referida questão XVI. Uma vez mais, além dos mestres e autoridades eclesiásticas, temos o Doutor Solene como interlocutor, e Aristóteles como mestre do rigor para os principais conceitos que são, além dos já referidos, necessidade, natureza (e ou natural) e contingência. Escoto, nesta batalha argumentativa, recorrendo prioritariamente aos argumentos de razão (a autoridade bíblica da revelação é referida uma única vez), olhando aquilo que as coisas são na sua evidência, e pela razão de serem o que são, indaga da possibilidade de em Deus e em nós, se compaginar a liberdade com a necessidade, a natureza com a vontade. A queda dos graves, como movimento, é exemplificativa do natural que pode não comprometer em absoluto o querer livre do homem, ao mesmo tempo que ilustra o querer natural de Deus que se ama infinitamente a si mesmo como ser necessário e livre. Oferecemos, ainda, neste nosso trabalho, uma rudimentar proposta de tradução de ambos os textos. O primeiro já editado em edição crítica pela Comissão Escotista, e o segundo, também em edição crítica, pelos investigadores norte-americanos.
Description: Dissertação de mestrado em Filosofia, apresentado à Fac. de Letras da Univ. de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/13476
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FLUC Secção de Filosofia - Teses de Mestrado

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