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Título: A Prescrição do Exercício no Combate ao Excesso de Peso e Obesidade Infanto-Juvenil: Estudo em Jovens de Ambos os Géneros, com Idades Compreendidas entre os 10 e os 21 Anos, Estudantes em Escolas da Cidade de Coimbra
Autor: Silva, Inês Marisa Rocha Taipina da 
Orientador: Ribeiro, Fontes
Santos, Amândio
Palavras-chave: Prescrição do exercício; Obesidade infantil; Actividade física
Data: 2006
Resumo: O presente estudo tem o propósito de identificar a percentagem de indivíduos com excesso de peso ou obesidade e combater esses desvios dos padrões normais. Assim, os principais objectivos são: 1) avaliar a população de três escolas da Cidade de Coimbra, de modo a identificar os jovens com excesso de peso ou obesidade; 2) intervir através de treino individualizado e de orientações nutricionais, com uma duração de 16 semanas; 3) diminuir a quantidade de massa gorda na amostra, reduzindo os factores de risco para a saúde; 4) proporcionar um equilíbrio calórico negativo; 5) promover novos hábitos e estilos de vida activos e saudáveis e 6) verificar se a amostra experimental tem influência genética/hereditária por parte dos seus progenitores. Foi utilizada uma amostra total composta por 1567 sujeitos, de ambos os géneros, dos quais, após a determinação do Índice de Massa Corporal, foram seleccionados 330, classificados como excesso de peso ou obesidade. Dos sujeitos que foram seleccionados, 34 integraram o programa com regularidade, apresentando idades compreendidas entre os 10 e os 21 anos (X = 15,37; D.p. = 2,71). Dos restantes 296 sujeitos, sorteamos 34 para pertencerem ao grupo de controlo. Aos sujeitos do grupo experimental (N=34), foi aplicado um programa de treinos, constituído por 16 semanas de exercício, onde se conjugou, fundamentalmente, trabalho aeróbio com trabalho de força e flexibilidade. A intensidade, no trabalho aeróbio, para as primeiras seis semanas, foi de 60% da frequência cardíaca de reserva, tendo depois nas semanas seguintes passado para 60% do VO2máx até ao final do programa. O número de sessões semanais prescrito para cada sujeito foi de 3, com uma duração inicial de 30 minutos que aumentou progressivamente até ao limite de 60 minutos no final do programa. Ao nível da força trabalhou-se desde a quarta semana até ao final do programa a uma intensidade de 60% 10RM, com 20 repetições para cada exercício (no total eram 8), tendo apenas oscilado o número de séries (semana 4ª à 8ª, 1 série; semana 9ª à 12ª, 2 séries; e da semana 13ª à 16ª, 3 séries). Este trabalho era apenas realizado em duas das sessões semanais, tendo sido alternadas. Por outro lado, os sujeitos foram alvo de aconselhamento nutricional, quer a nível quantitativo quer a nível qualitativo, de forma a possibilitar uma diminuição equilibrada no consumo calórico diário. Os indivíduos responderam ainda a um questionário de avaliação de Actividade Física Diária e a um de avaliação da Satisfação com o Programa Activo e Saudável, ambos em dois momentos do programa. Os dados foram tratados através de estatística descritiva e inferencial, com vista a verificar as associações entre as variáveis estudadas. As principais conclusões do estudo são as seguintes: (1) Num total de 1567 alunos (N), de ambos os géneros, verificamos que existe 21,06%, de sujeitos com problemas de excesso de peso ou obesidade, o que comprova a tendência mundial, isto é, que a obesidade está adoptar dimensões alarmantes e que a prevalência da obesidade está a aumentar. (2) e (3) Mesmo com o aumento da massa magra, a amostra experimental (N=34) perdeu 2,61 kg (2,91%) em massa gorda e 1,77 kg de massa corporal, em 16 semanas de treinos, o que levou a um aumentou de 47,21 Kcal/dia na taxa de metabolismo basal. Na circunferência da cintura, para ambos os géneros, obtiveram-se diferenças estatísticas altamente significativas e um baixo risco para a saúde. (4) O dispêndio energético total do programa de treinos foi de 20906,11 Kcal. A amostra experimental teve um dispêndio energético negativo semanal de 1683,93 Kcal, o que significa que, por semana, a amostra perdeu em média 0,218 kg de gordura, valor que se aproxima do recomendado pelo ACSM (2006). Através da prática de actividade física e de modificações comportamentais, nomeadamente orientações alimentares, a amostra experimental perdeu 90,5 kg, na sua totalidade, o que representa um dispêndio calórico total, do programa Activo e Saudável de 698660 Kcal. (5) Devido às orientações nutricionais fornecidas ao longo das 16 semanas, verifica-se uma evolução com diferenças estatísticas altamente significativas no número de refeições correctas, de 3 passou para 5 refeições correctas, e consequentemente nos hábitos alimentares incorrectos e menos saudáveis. (6) O grupo experimental (N=34) tem uma forte influência genética por parte dos progenitores, principalmente pelos pais, pois praticamente todos os sujeitos deste grupo tem pelo menos um dos progenitores obeso, em que 79,41% destes tem excesso de peso ou obesidade. (7) Os sujeitos da amostra sentiram alterações ao nível da percepção da imagem corporal, da condição física e psicológica, o que proporcionou alguns benefícios para a saúde. (8) Os resultados sugerem que para combater o excesso de peso ou obesidade e diminuir os riscos para a saúde, a melhor opção é associarmos as modificações comportamentais, nomeadamente alimentares e de estilo de vida, a um programa de exercício físico individualizado e periodicamente ajustado, em função das melhorias alcançadas. PALAVRAS-CHAVE: Obesidade, Actividade Física, Orientações Nutricionais e Modificação Comportamental.
Descrição: Dissertação de licenciatura apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física
URI: https://hdl.handle.net/10316/13389
Direitos: openAccess
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