Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/115850
Título: Preservação da Fertilidade por Indicação Não Médica: Conhecimento, Experiência e Atitude dos Obstetras e Ginecologistas Portugueses
Outros títulos: Fertility Preservation for Non-Medical Reasons: Knowledge, Experience and Attitudes of Portuguese Obstetricians and Gynecologists
Autor: Gonçalves, Carolina Dantas dos Reis
Orientador: Pais, Ana Sofia Fernandes
Santos, Ana Teresa Moreira Almeida
Palavras-chave: Fertility Preservation; Cryopreservation; Gynecology; Oocyte Retrieval; Maternal Age; Preservação da Fertilidade; Criopreservação; Ginecologia; Recuperação de Ovócitos; Idade Materna
Data: 3-Jun-2024
Título da revista, periódico, livro ou evento: Preservação da Fertilidade por Indicação Não Médica: Conhecimento, Experiência e Atitude dos Obstetras e Ginecologistas Portugueses
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra-FMUC
Resumo: Fertility preservation for non-medical reasons allows women to extend their reproductivelifespan.We aim to evaluate the knowledge, experience and attitude of Portuguese obstetricians andgynecologists towards fertility preservation for non-medical indications.Participants were invited by email to participate in a survey consisting of questions aboutsociodemographic data, fertility decline with age and elective fertility preservation.Seventy-five responders completed the survey. It was identified that 89.3% believe that aconversation should be started with women about their potential intentions to becomepregnant and 88% believe that a conversation should take place regarding fertility declinewith aging. However, only 64% said that there was a slight decrease in fertility between theages of 30 and 34 and only 45.3% knew that there was a marked decrease in fertilitybetween the ages of 35 and 39. Regarding the frequency with which they advise on age-related fertility decline, if the woman is between 18 and 34 years old, only 32% of doctors doso frequently, compared to 70.7% if the woman is between 35 and 44 years old. Mostdoctors (92%) said they had already been asked by women about fertility preservation, butonly twice a year for 44% of responders Almost all participants (93.3%) know that oocytecryopreservation is not considered an experimental technique, however 32% believe thatembryo cryopreservation is possible and 22,7% believe that ovarian tissue cryopreservationis possible as fertility preservation techniques for non-medical reasons in Portugal. Of thedoctors, 86.7% agree that women of reproductive age who postpone motherhood for socialreasons should be advised by their obstetrician-gynecologist about the availability of fertilitypreservation. Only 34.7% believe that such counseling should be part of an annual examwith a gynecologist. Lack of time was cited as a major obstacle to counseling women onfertility decline with age and on fertility preservation by 22.7% and 18.7% of respondents,respectively. Knowledge and limited training were mentioned by more doctors as majorobstacles for fertility preservation counseling (12 and 13.3% respectively) than forreproductive aging counseling (5.3% and 10.7% respectively).According to these results, we recommend the promotion of literacy in this area, with bettereducation and training of gynecologists and obstetricians regarding reproductive aging andfertility preservation to better counseling to women.
A preservação da fertilidade por indicação não médica permite prolongar o potencialreprodutivo da mulher.Pretende-se avaliar o conhecimento, a experiência e atitude dos obstetras e ginecologistasportugueses relativamente à preservação da fertilidade por indicação não médica.Os participantes foram convocados por email através da Sociedade Portuguesa deGinecologia (SPG) com um questionário constituído por perguntas relativas a dadossociodemográficos, sobre o declínio da fertilidade com a idade e, sobre preservação dafertilidade eletiva.Completaram o inquérito setenta e cinco inquiridos. Identificou-se que 89,3% acreditam quedeve iniciar uma conversa com as mulheres sobre as suas potenciais intenções deengravidar e 86,7% pensam que deve haver uma conversa sobre o declínio da fertilidaderelacionado com a idade. Contudo, apenas 64% referiram que ocorre uma diminuição ligeirada fertilidade entre os 30 os 34 anos e apenas 45,3% sabiam que ocorre uma diminuiçãomarcada da fertilidade entre os 35 e os 39 anos. Em relação à frequência, com que fazemaconselhamento sobre o declínio da fertilidade relacionado com a idade, se a mulher tiverentre 18 e 34 anos, apenas 32% dos médicos o fazem frequentemente, por comparaçãocom 70,7% no caso de a mulher ter entre 35 e 44 anos. A grande maioria dos médicos(92%) referiram que já foram questionados pelas mulheres sobre preservação da fertilidade,contudo, apenas duas vezes por ano para 44% dos inquiridos. Quase todos os participantes(93,3%) sabem que a criopreservação de ovócitos não é considerada uma técnicaexperimental, no entanto, 32% acreditam que é possível a criopreservação de embriões e22,7% pensam que é possível a criopreservação de tecido ovárico como técnicas depreservação da fertilidade por indicação não médica em Portugal. Dos médicos, 86,7%concordam que para as mulheres em idade reprodutiva que, adiam a maternidade porrazões sociais, deve ser realizado aconselhamento pelo seu ginecologista-obstetra sobre adisponibilidade de preservação da fertilidade. Apenas 34,7% defendem que esseaconselhamento deva fazer parte de um exame ginecológico de uma consulta anual com umginecologista. A falta de tempo, foi referida como obstáculo major para aconselhar asmulheres sobre declínio da fertilidade com a idade, e, sobre preservação da fertilidade por22,7% e por 18,7% dos inquiridos, respetivamente. O conhecimento e a formação limitada,foram referidos, por maior número de médicos como entraves major, no caso de se tratar deaconselhamento sobre preservação da fertilidade (12 e 13,3% respetivamente), do que nocaso de se tratar de aconselhamento sobre envelhecimento reprodutivo (5,3% e 10,7%,respetivamente).De acordo com estes dados, recomenda-se promover mais literacia nesta área, com umamelhor educação e formação dos ginecologistas e obstetras relativamente a envelhecimentoreprodutivo e à preservação da fertilidade de modo a permitir um melhor aconselhamento àsmulheres.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/115850
Direitos: openAccess
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