Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/114237
Título: PerformAfro: Pedagogias de Resistências
Outros títulos: PerformAfro: Pedagogies of Resistance
Autor: Roque, Doriedson Bezerra
Orientador: Carvalho, José Augusto Maçãs da Silva
Palavras-chave: Memória; Negritude; Pedagogia; Resistência; Arte da Performance; Memory; Blackness; Pedagogy; Resistance; Performance art
Data: 21-Jul-2023
Título da revista, periódico, livro ou evento: PerformAfro: Pedagogias de Resistências
Local de edição ou do evento: CAUC
Resumo: PerformAfroPedagogias de ResistênciasEsta investigação se insere numa estrutura de percepção pedagógica, criativa, afetiva sobre meu processo de pertecimento e atuação performativa no mundo. Seu caminho nasce acessando arquivos ancestrais, familiares, pessoais, históricos, sociais e deságua na minha prática performativa reparadora. Essa prática encontra ressonância na ativação da memória de meus antepassados; de meus pais e irmãos, e familiares mais próximos contemporâneos a mim; de amigas e amigos que partilham suas identidades marcadas por diásporas diversas, atravessadas pela grande diáspora forçada que pontuou a história do povo negro. As águas das enchentes coloniais, que continuamente invandem a comunidade onde nasci e a casa de minha família, denunciam um passado de violências, desbotamentos e descasos, que infelizmente ainda se repete, contra as populações remanescentes dos povos originários e africanos. Nessas águas mergulho e procuro encontrar os tesouros perdidos das sereias, a memória que me foi negada e que se acende quando provoco meu consciente e incosciente, reconstruindo realidades e ficções para dar conta daquilo que, se eu não trouxesse do fundo das águas, não viria à tona sem essa investigação. O mito das sereias povoa esse percurso relembrando a travessia dos meus antepassados, que foram obrigados a deixar sua terra, viajando sobre as águas, sendo destituídos de sua história, memória e dignidade, sobrevivendo na reivenção de si próprios. Esse mesmo mito ajuda-me a reviver e compreender minhas travessias e as travessias de meus pais, avós, amigos/as, em momentos diversos da vida, tatuados por marés de preconceitos raciais e violências sociais cotidianas. A performance expandida como uma pedagogia afrodiaspórica, ajuda-me a qualificar o sentido da arte, da educação, da vida, do universo pessoal ao social. Essa investigação, como a memória, é feita de imagens lúcidas e desbotadas, que se unem procurando contar uma história pessoal que se associa a outras para se atualizar como reparação daquilo que não pode mais ser negado. As imagens de família e de criação artísticas, dispostas nessa pesquisa, surgem ligadas, formando um manto de apresentação e acolhimento do que passou e da esperança do que virá, abrindo possibilidades para que outras investigações autoreferenciadas sobre negritude encontrem seu espaço no mundo das artes. É também um trabalho de cuidado de si e do outro, propiciado pela compreensão da performatividade como pedagogia de existências e resistências (auto)libertadoras.Palavras-chave: Memória. Negritude. PerformAfro. Pedagogia. Resistência.
This investigation is part of a structure of pedagogical, creative, affective perception about my process of belonging and performative action in the world. Its path begins by accessing ancestral, family, personal, historical, social archives and flows into my restorative performative practice. This practice finds resonance in activating the memory of my ancestors; of my parents and siblings, and closest family members contemporary with me; of male and female friends who share their identities marked by diverse diasporas, crossed by the great forced diaspora that punctuated the history of black people. The waters of colonial floods, which continually invade the community where I was born and my family's home, denounce a past of violence, fading and neglect, which unfortunately is still repeated, against the remaining populations of native and African peoples. In these waters I dive and try to find the lost treasures of the mermaids, the memory that was denied to me and that lights up when I provoke my conscious and unconscious mind, reconstructing realities and fictions to account for what, if I didn't bring it from the bottom of the waters, wouldn't come surfaced without this investigation. The myth of the mermaids populates this route, recalling the crossing of my ancestors, who were forced to leave their land, traveling over the waters, being stripped of their history, memory and dignity, surviving in the reinvention of themselves. This same myth helps me to relive and understand my journeys and the journeys of my parents, grandparents, friends, at different times in life, tattooed by tides of racial prejudice and everyday social violence. Expanded artistic performance as an Afro-diasporic pedagogy helps me to qualify the meaning of art, education, life, from the personal to the social universe. This investigation, like memory, is made up of lucid and faded images, which come together in an attempt to tell a personal story that is associated with others to update itself as a repair for what can no longer be denied. The images of family and artistic creation, arranged in this research, appear linked, forming a mantle of presentation and acceptance of what has passed and hope for what will come, opening possibilities for other self-referenced investigations about blackness to find their space in the world of arts. It is also a work of caring for the self and the other, fostered by the understanding of performativity as a pedagogy of (self)liberating existences and resistances.
Descrição: Tese de Doutoramento em Arte Contemporânea apresentada ao Colégio das Artes
URI: https://hdl.handle.net/10316/114237
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Teses de Doutoramento

Ficheiros deste registo:
Ficheiro TamanhoFormato
Tese - Doriedson Roque versão final.pdf196.59 MBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

21
Visto em 17/jul/2024

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons