Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/113706
Title: A Ambivalência Colonial nas Imagens em Movimento Contemporâneas: O Caso Português
Authors: Brás, Patrícia Sequeira
Keywords: ambivalência; colonialismo; pós-colonialismo; cinema; Portugal
Issue Date: 2022
Serial title, monograph or event: Comunicação e sociedade
Volume: 41
Abstract: Este artigo é uma tentativa exploratória de abordar a ambivalência colonial implícita nas imagens em movimento contemporâneas no contexto português. O giro pós-colonial que emergiu nas últimas décadas em Portugal corrobora uma tentativa de problematizar a condição pós-co- lonial portuguesa, que deriva de uma admissão tardia de que a nossa sociedade contemporânea foi construída a partir da pilhagem colonial. Baseando-me na crítica à lusofonia, defendo que este giro pós-colonial é também uma consequência da necessidade de inscrever a narrativa nacional portuguesa num mundo cada vez mais global, necessidade essa que resulta da subordinação da cultura às “leis do mercado”. Além disso, essa abordagem pós-colonial presente na cultura visual contemporânea portuguesa é ambivalente, pois tende a ignorar o problema da legitimidade e da posição de fala do artista e/ou intelectual. O problema da legitimidade — de quem fala de e sobre os outros — é muitas vezes, paradoxalmente, ignorado na produção audiovisual contemporânea que aborda o passado colonial português e a sua condição pós-colonial. Da mesma maneira que a relação intrínseca entre produção visual e conhecimento e, consequentemente, entre produção visual e poder é também ignorada. Dessa forma, defendo que a ambivalência colonial continua a permear os discursos culturais e as práticas artísticas contemporâneas, mesmo quando tais práticas e discursos parecem produzir uma crítica pós-colonial.
This article is an exploratory attempt to address the colonial ambivalence implicit in con- temporary moving images in the Portuguese context. The postcolonial turn that emerged in the last decades in Portugal attests to an earnest attempt to problematise the nation’s postcolonial condition, which in turn derives from a long-overdue admission that our contemporary societies were built from colonial plunder. Drawing heavily on the critique of Lusophony, I argue that this postcolonial turn is also a consequence of the need to inscribe the Portuguese national narrative within an increasingly global world arising from the subordination of culture to the “laws of the market”. In addition, I argue that this post-colonial approach found in Portuguese contempo- rary visual culture is ambivalent since it tends to ignore the problem of the legitimacy and the speaking position of the artist and/or intellectual. The legitimacy problem — of who speaks of and about others — is often paradoxically disregarded in contemporary audiovisual productions that address the Portuguese colonial past and its postcolonial condition. In the same way, the intrinsic relationship between visual production and knowledge is ignored, and consequently, between visual production and power. In this way, I argue that colonial ambivalence continues to pervade cultural discourses and contemporary artistic practices today, even when such practices and discourses appear to articulate a postcolonial critique.
URI: https://hdl.handle.net/10316/113706
ISSN: 2183-3575
1645-2089
DOI: 10.17231/comsoc.41(2022).3698
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CEIS20 - Artigos em Revistas Nacionais

Files in This Item:
File Description SizeFormat
cs-6804.pdf218.4 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s)

32
checked on Apr 30, 2024

Download(s)

11
checked on Apr 30, 2024

Google ScholarTM

Check

Altmetric

Altmetric


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons