Relatórios de Estágio e Monografia intitulada "Staphylococcus aureus e Infeções Sistémicas"

Abstract

Staphylococcus aureus is a pathogenic bacterium belonging to the class of staphylococci. This Gram-positive, spherical (cocci) bacterium is recognized as a highly virulent and medically significant species. It is associated with a wide range of infections, including both localized and systemic infections. While S. aureus bacteremia is often asymptomatic, in certain cases, it can trigger an exacerbated immune response, leading to severe outcomes such as sepsis, which can be life-threatening. To combat the pathogenicity of S. aureus, various strategies have been developed to control and eliminate the bacterium within the human body. However, the indiscriminate and inappropriate use of antibiotics has played a significant role in the emergence and spread of antibiotic-resistant strains. Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) represents a subset of S. aureus strains that have acquired resistance to multiple antibiotics, particularly the β-lactam class, including methicillin. The development of resistance in S. aureus, including MRSA strains, is a consequence of genetic mutations and the acquisition of mobile genetic elements carrying resistance determinants. These mechanisms enable the bacteria to circumvent the inhibitory effects of antibiotics, rendering conventional treatment options ineffective. The ability of S. aureus, especially MRSA, to cause a wide array of infections and exhibit resistance to multiple antibiotics poses a significant challenge in clinical settings. The management and control of these infections require a multifaceted approach, including appropriate antimicrobial stewardship, infection prevention and control measures, and the development of novel therapeutic strategies targeting specific virulence factors or mechanisms of resistance.

Staphylococcus aureus é uma bactéria comensal que se encontra no microbiota humano, pertencente à família Staphylococcaceae. Esta bactéria de Gram positivo, em formato de esferas (cocos) é reconhecida como uma espécie virulenta e com importância clínica. Está associada a uma vasta gama de infeções, incluindo infeções localizadas e sistémicas. Embora a bacteremia por S. aureus seja na maior parte das vezes assintomática, em certos casos, pode desencadear uma resposta imunitária exacerbada, conduzindo a resultados graves, como a sépsis, que pode ser fatal. Para combater a patogenicidade de S. aureus, foram desenvolvidas várias estratégias para controlar e eliminar a bactéria no corpo humano. No entanto, o uso indiscriminado e inadequado de antibióticos tem desempenhado um papel significativo no aparecimento e disseminação de estirpes resistentes aos antibióticos. S. aureus resistente à meticilina (MRSA) representa um subconjunto de estirpes S. aureus que adquiriram resistência a múltiplos antibióticos, em particular à classe dos β-lactâmicos, incluindo a meticilina. O desenvolvimento de resistência em S. aureus, incluindo as estirpes de MRSA, é uma consequência de mutações genéticas e da aquisição de elementos genéticos móveis portadores de determinantes de resistência. Estes mecanismos permitem que as bactérias contornem os efeitos inibitórios dos antibióticos, tornando ineficazes as opções de tratamento convencionais. A capacidade de S. aureus, e por consequente de MRSA, causar uma vasta gama de infeções e apresentar resistência a múltiplos antibióticos constitui um desafio significativo em contextos clínicos. A gestão e o controlo destas infeções requerem uma abordagem multifacetada, incluindo uma gestão de antimicrobianos adequada, medidas de prevenção e controlo de infeções e o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas que visem fatores de virulência específicos ou mecanismos de resistência.