Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/111567
Título: Plantas medicinais na menopausa. Artigo de revisão.
Outros títulos: Herbal medicines in menopause. Review article
Autor: Fernando, Rafaela Pereira
Orientador: Pereira, António Celso Dias Pais
Tavares, Beatriz
Palavras-chave: Glycine max; Trifolium pratense; Cimicifuga racemosa; Sintomas vasomotores; Afrontamentos; Glycine max; Trifolium pratense; Cimicifuga racemosa; Vasomotor symptoms; Hot flushes
Data: 23-Jun-2023
Título da revista, periódico, livro ou evento: Plantas medicinais na menopausa. Artigo de revisão.
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Portugal
Resumo: Approximately 25 million women worldwide experience the menopause each year. The menopause is a physiological and multidimensional process that corresponds to one-third of a woman's life. As a result of the state of hypoestrogenism, systemic symptoms manifest that can significantly affect the quality of life of menopausal women. Although hormone therapy is globally accepted as the treatment of choice, it has absolute contraindications that make its prescription impossible, as well as adverse effects and potential risks associated. These reasons, combined with the increased demand for and use of medicinal plants, have contributed to a growing interest in the search for safe and effective non-pharmacological alternatives for the treatment of menopausal symptoms. The most widely used plants in this condition are Glycine max and Trifolium pratense, since they consist of phytoestrogens that have structural and functional similarities to estradiol, and Cimicifuga racemosa, as a non-estrogenic alternative. This review article aims to evaluate the efficacy and safety of phytoestrogens, derived from G. max and T. pratense, and of C. racemosa extract in the treatment of menopausal conditions. Therapeutic efficacy has been demonstrated in gynecological, bone, endocrine, cognitive, neurovegetative, mood and sleep quality in perimenopausal and postmenopausal women. Both phytoestrogens and C. racemosa extract are well tolerated, showing a similar frequency of adverse events compared to placebo. Women treated with phytoestrogens have significantly higher rates of gastrointestinal adverse effects. No clinically relevant effects on liver function or hepatotoxicity were observed even with higher doses (128 mg/day) of C. racemosa for 3 to 6 months. Furthermore, the data obtained are in consensus regarding safety in the endometrium and breast under treatment with these medicinal plants. The scientific evidence supports that G. max, T. pratense and C. racemosa are effective and safe options in the symptomatology arising from menopause, so they may constitute options in the therapeutic framework in menopause, provided that pharmacosafety conditions and possible comorbidities present in these women are guaranteed.
Aproximadamente 25 milhões de mulheres no mundo encontram-se na menopausa a cada ano. A menopausa é um processo fisiológico e multidimensional que corresponde a um terço da vida da mulher. Decorrente do estado de hipoestrogenismo, manifestam-se sintomas sistémicos que podem afetar significativamente a qualidade de vida da mulher na menopausa. Embora a terapêutica hormonal seja globalmente aceite como o tratamento de eleição, esta apresenta contraindicações absolutas que impossibilitam a sua prescrição, bem como efeitos adversos e potenciais riscos associados. Estes motivos, aliados ao aumento da procura e utilização de plantas medicinais, contribuíram para o interesse crescente pela procura de alternativas não farmacológicas, seguras e eficazes, para o tratamento dos sintomas da menopausa. As plantas mais amplamente utilizadas nesta condição são a Glycine max e o Trifolium pratense, uma vez que são constituídas por fitoestrogénios que apresentam semelhanças estruturais e funcionais ao estradiol, e a Cimicifuga racemosa, enquanto alternativa não estrogénica. Com este artigo de revisão pretende-se avaliar a eficácia e a segurança dos fitoestrogénios, derivados da G. max e T. pratense, e do extrato de C. racemosa no tratamento das condições associada à menopausa. O tratamento com G. max, T. pratense e C. racemosa apresentou resultados clinicamente favoráveis para uma variedade de condições decorrentes da menopausa. Foi demonstrada eficácia terapêutica no âmbito ginecológico, ósseo, endócrino, cognitivo, neurovegetativo, no humor e na qualidade do sono em mulheres perimenopáusicas e pós-menopáusicas. Tanto os fitoestrogénios como o extrato de C. racemosa são bem tolerados, apresentando uma frequência de eventos adversos semelhante ao placebo. As mulheres tratadas com fitoestrogénios apresentam taxas significativamente mais elevadas de efeitos adversos gastrointestinais. Não se observaram efeitos clinicamente relevantes na função hepática ou hepatotoxicidade mesmo com doses mais elevadas (128 mg/dia) de C. racemosa durante 3 a 6 meses. Além disso, os dados obtidos são consensuais quanto à segurança no endométrio e na mama sob tratamento com estas plantas medicinais. A evidência científica sustenta que a G. max, T. pratense e C. racemosa são opções eficazes e seguras na sintomatologia decorrente da menopausa, pelo que podem constituir opções no enquadramento terapêutico na menopausa, desde que garantidas as condições de farmacossegurança e eventuais comorbilidades presentes nessas mulheres.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111567
Direitos: openAccess
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