Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/111544
Título: Preservação da Fertilidade por Indicação Médica (Não Oncológica) em Idade Pediátrica
Outros títulos: Fertility Preservation for Medical Indication (Non-Oncologic) in Pediatrics
Autor: Névoa, Joana Rita Oliveira
Orientador: Pais, Ana Sofia Fernandes
Santos, Ana Teresa Moreira Almeida
Palavras-chave: Preservação da Fertilidade; Idade Pediátrica; Criopreservação; Azoospermia; Insuficiência Ovárica Prematura; Fertility Preservation; Pediatrics; Cryopreservation; Azoospermia; Premature Ovarian Failure
Data: 23-Mar-2023
Título da revista, periódico, livro ou evento: Preservação da Fertilidade por Indicação Médica (Não Oncológica) em Idade Pediátrica
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: Malignant tumors are the most frequent indications for fertility preservation, however, there are several non-oncologic medical conditions with revealing incidence that should also be referred to reproductive medicine. Future infertility related to the disease mechanism itself, as well as the required treatment, especially with gonadotoxic impact, should be recognized as relevant to future quality of life. Therefore, these pathologies must be discussed with children, adolescents and their parents as indications to preserve their reproductive potential. There are multidisciplinary teams responsible for providing information to these patients, discussing the risks and benefits of fertility preservation, and clarifying how the respective techniques currently used work.The existing literature regarding fertility preservation in pediatric oncology patients is extensive. So, this article present a narrative review addressing mainly non-oncologic pathologies and the consequent need to preserve fertility in pediatric age, as well as the techniques to be considered in each situation.For this review article, a search was conducted in the electronic databases "PubMed" and "Web of Science", to identify all articles published in the last 5 years (between 2017 and 2022), in English, Spanish and Portuguese. From the search 155 articles were obtained, of which 86 were used in the preparation of this narrative review article.Thus, benign hematological diseases (sickle cell anemia and thalassemia major), autoimmune diseases (thyroid diseases and systemic lupus erythematosus), pathologies of the female reproductive system (benign ovarian tumors, ovarian torsion and endometriosis), genetic diseases (Klinefelter syndrome, Turner syndrome, fragile X syndrome and galactosemia) will be addressed. For patients with benign hematological diseases there is a recommendation for fertility preservation, such as in systemic lupus erythematosus situations in which it is indicated for all with systemic disease at any stage of progression and before being treated with gonadotoxic drugs. In other situations, fertility preservation is advised by evaluating the specific situations of each patient, depending on the clinical conditions, gender, and age. In thyroid diseases, despite the effects on the gonads, techniques to preserve reproductive potential are not recommended. Similarly, in galactosemia, an evaluation of the ovarian reserve may be considered, but currently there are no recommendations.Although the diseases described are non-oncological pathologies, there is also a need to address the importance of fertility preservation in pediatric age, and in some of the pathologies mentioned here the recommendation depends on specific and applicable factors through the analysis of the concrete situation. Regardless of the (non)existence of a recommendation for fertility preservation, it is important to remark that it is often difficult for a child or adolescent to make an informed decision about future fertility.
As neoplasias malignas são as indicações mais frequentes para a preservação da fertilidade (PF), no entanto, existem várias condições médicas não oncológicas com incidência revelante que devem ser igualmente encaminhadas para a medicina da reprodução. A infertilidade futura relacionada com o próprio mecanismo da doença, assim como com o tratamento requerido, sobretudo com impacto gonadotóxico, devem ser reconhecidas como relevantes na qualidade de vida futura. Portanto, estas patologias devem ser abordadas junto das crianças, adolescentes e respetivos encarregados como indicações para preservarem o seu potencial reprodutivo. Existem equipas multidisciplinares responsáveis de fornecer informação a estes doentes, de discutir os riscos e benefícios da PF, bem como esclarecer o funcionamento das respetivas técnicas atualmente utilizadas. A literatura existente relativamente à PF em doentes pediátricos oncológicos é vasta. Assim, neste artigo foi realizada uma revisão narrativa que aborda essencialmente patologias não oncológicas e a respetiva necessidade de PF em idade pediátrica, bem como as técnicas a ponderar em cada situação.Para este artigo foi realizada uma pesquisa nas bases de dados eletrónicas “PubMed” e “Web of Science”, com a finalidade de identificar todos os artigos publicados nos últimos 5 anos (entre 2017 e 2022), em língua inglesa, espanhola e portuguesa. Da pesquisa obtiveram-se 155 artigos, dos quais 86 foram usados na elaboração deste artigo de revisão narrativa.Assim, serão abordadas as doenças hematológicas benignas (anemia falciforme e talassemia major), doenças autoimunes (doenças da tiroide e lúpus eritematoso sistémico), as patologias do aparelho reprodutor feminino (tumores benignos do ovário, torção do ovário e endometriose), as doenças genéticas (síndrome de Klinefelter, síndrome de Turner, síndrome de X frágil e galactosémia). Para os doentes com doenças hematológicas benignas há recomendação para PF, tal como em situações de lúpus eritematoso sistémico em que esta está indicada para todos os que têm doença sistémica em qualquer fase de progressão e antes de serem utilizados fármacos gonadotóxicos. Nas restantes situações, a PF é aconselhada mediante avaliação das situações específicas de cada paciente, dependendo das condições clínicas, do sexo e da idade. Já nas doenças da tiroide, apesar dos efeitos a nível das gónadas, não estão recomendadas técnicas para preservação do potencial reprodutivo. De igual forma, na galactosémia poderá ser considerada a avaliação da reserva ovárica, porém, atualmente, não existe consenso relativamente à conduta para PF.Apesar das doenças descritas serem patologias não oncológicas, verifica-se também a necessidade de abordar a importância da PF em idade pediátrica, sendo que em algumas das patologias aqui referidas a recomendação depende de fatores específicos e aplicáveis mediante a análise da situação concreta. Independentemente da (in)existência de recomendação para PF importa referir que é, muitas vezes, difícil para uma criança ou adolescente tomar uma decisão informada sobre a fertilidade futura.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111544
Direitos: openAccess
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