Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/111465
Title: Impact of multiple sclerosis treatment during pregnancy on child neurodevelopment
Other Titles: Impacto do tratamento da esclerose múltipla durante a gravidez no neurodesenvolvimento na criança
Authors: Marques, Marlene Almeida Lopes
Orientador: Palavra, Filipe Manuel Farto
Amaral, Joana Catarina Barroso
Keywords: Esclerose múltipla; Gravidez; Fármacos modificadores da doença; Questionário de Capacidades e de Dificuldades; Neurodesenvolvimento na criança; Multiple sclerosis; Pregnancy; Disease modifying treatments; Strengths and Difficulties Questionnaire; Children neurodevelopment
Issue Date: 20-Jun-2023
Serial title, monograph or event: Impact of multiple sclerosis treatment during pregnancy on child neurodevelopment
Place of publication or event: FMUC
Abstract: INTRODUÇÃO: A esclerose múltipla (EM) é uma doença crónica imuno-mediada com maior incidência em mulheres em idade fértil. A abordagem farmacêutica durante a gravidez em mulheres diagnosticadas com EM é desafiante, uma vez que o conhecimento dos potenciais riscos para as crianças é limitado. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito dos tratamentos modificadores da doença (TMDs) usados durante a gravidez no neurodesenvolvimento nas crianças, em uma coorte de doentes acompanhadas no nosso centro. MÉTODOS: A amostra de estudo incluiu crianças e adolescentes dos 2 aos 17 anos, cujas mães foram tratadas com TMDs para a EM durante a gravidez, acompanhadas no nosso centro. O grupo controlo, com idade e sexo em concordância, foi selecionado aleatoriamente no serviço de urgência pediátrico, tendo como único critério de exclusão o fato da mãe ser portadora de EM. Foi utilizada a versão portuguesa do Questionário de Capacidades e de Dificuldades (SDQ), e os resultados das subescalas foram comparados. A significância estatística foi considerada quando p<0,05. RESULTADOS: Recolhemos dados de 86 gestações de 69 mulheres expostas a TMDs, das quais 59,3% descontinuaram no primeiro trimestre e 16,3% mudaram para outro fármaco. A amostra de estudo incluiu 86 crianças, com distribuição de idades e de sexo não significativamente diferentes do grupo controlo. Os resultados das subescalas do SDQ foram os seguintes (amostra de estudo vs. controlo): 86,0% vs. 88,5% para sintomas emocionais (p=0,613); 87,2% vs. 87,5% para problemas de comportamento (p=0,953); 91,9% vs. 88,5% para hiperatividade (p=0,454); 96,5% vs 89,6% para problemas de relacionamento com os colegas (p=0,070); e 100% vs 100% para comportamento pró-social. Não foi verificada associação estatisticamente significativa entre as subescalas do SQD das crianças expostas aos TMDs e o grupo controlo, nem quando considerados os subgrupos de idade e sexo. DISCUSSÃO: Os nossos principais resultados não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre as classificações das subescalas do SDQ da amostra de estudo e do grupo controlo. Estes resultados sugerem que os TMDs no início da gravidez não têm impacto potencial no neurodesenvolvimento na criança, considerando que a maioria das doentes com EM foi tratada com TMDs de primeira linha e mais da metade das doentes descontinuou o tratamento no primeiro trimestre da gravidez. A maior percentagem de resultados anormais obtidos para os sintomas emocionais está de acordo com a prevalência de problemas globais de saúde mental na atualidade. CONCLUSÃO: O nosso estudo sugere que a exposição a TMDs durante o início da gravidez em mulheres com EM não tem efeito negativo no neurodesenvolvimento na criança e destaca a importância da realização de um estudo multicêntrico, para a projeção de resultados mais abrangentes.
INTRODUCTION: Multiple sclerosis (MS) is a chronic immune-mediated disease with higher incidence in women of childbearing age. Pharmaceutical management during pregnancy of women diagnosed with MS is challenging, since the knowledge of the potential risks for children is limited. The aim of this study was to analyze the effect of disease modifying treatments (DMTs) used during pregnancy on children’s neurodevelopment, in a cohort of patients monitored at our center. METHODS: The study sample included children and adolescents aged 2 to 17 years old, whose mothers were on DMTs for MS during their pregnancy, accompanied in our center. The control group, matched for age and gender, was randomly selected in the pediatric emergency department, having a single exclusion criterion, the fact that the mother has MS. The Portuguese version of Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) was used, and the subscales results were compared. Statistical significance was considered when p<0.05. RESULTS: We collected data on 86 pregnancies of 69 women exposed to DMTs, of which 59.3% discontinued it in the first trimester and 16.3% changed to another drug. The study sample included 86 children, with ages and gender distribution not significantly different from the control group. SDQ subscales results were the following (study sample vs control): 86.0% vs. 88.5% for emotional symptoms (p=0.613); 87.2% vs. 87.5% for conduct problems (p=0.953); 91.9% vs. 88.5% for hyperactivity (p=0.454); 96.5% vs 89.6% for peer relationships (p=0.070); and 100% vs 100% for prosocial behavior. No statistically significant association was verified between the SQD subscales of the DMTs-exposed children and the control group, nor when the subgroups of age and gender where considered. DISCUSSION: Our main results showed no statistically significant differences between the SDQ subscales’ score of the study sample and the control group. These findings reassure that DMTs in early pregnancy have no potential impact on child neurodevelopment, considering that most MS patients were treated with first line DMTs and more than half of the patients discontinued the treatment in the first trimester of pregnancy. The higher percentage of abnormal results obtained for emotional symptoms is in line with the prevalence of global mental health issues of current times. CONCLUSION: Our study suggests that DMTs exposure during early pregnancy on MS women has no negative effect on children’s neurodevelopment and highlights the importance of conducting a multicenter study, for the projection of broader results.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111465
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File SizeFormat
Trabalho Final MIM_Marlene Marques.pdf396.1 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s)

18
checked on Jul 17, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons