Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/111363
Title: Prevenção da Restrição do Crescimento Fetal
Other Titles: Prevention of Fetal Growth Restriction
Authors: Martins, Ana Margarida Mata Leal
Orientador: Areia, Ana Luísa Fialho Amaral
Ferreira, Iolanda João Mora Cruz de Freitas
Keywords: Restrição do Crescimento Fetal; Aspirina; Heparina de Baixo Peso Molecular; Pravastatina; Sildenafil; Fetal Growth Restriction; Aspirin; Low-Molecular-Weight Heparin; Pravastatin; Sildenafil
Issue Date: 20-Mar-2023
Serial title, monograph or event: Prevenção da Restrição do Crescimento Fetal
Place of publication or event: Faculdade de Medicina Universidade Coimbra
Abstract: Introdução: A restrição do crescimento fetal é uma complicação da gravidez responsável por desfechos obstétricos adversos, como morte fetal in útero, morte neonatal e outras comorbilidades pré e pós-natais. A prevenção farmacológica da restrição do crescimento fetal constitui, atualmente, um desafio, uma vez que nenhum fármaco se encontra aprovado para esse efeito. Materiais e métodos: Realizou-se uma pesquisa da literatura publicada nas bases de dados PubMed e ScienceDirect, através da aplicação das palavras-chave. Foram selecionados artigos publicados entre 2016 e 2022, que relacionassem a utilização de terapêutica farmacológica com a diminuição da incidência da restrição do crescimento fetal ou de eventos adversos associados a esta patologia. Resultados: Vários estudos demonstraram que a administração de 100 a 150 mg de ácido acetilsalicílico antes das 16 semanas de idade gestacional diminui significativamente a restrição do crescimento fetal. A administração de heparina de baixo peso molecular antes das 16 semanas de idade gestacional tem mostrado resultados bastante díspares na prevenção da restrição do crescimento fetal, mas uma ação promissora na melhoria da circulação maternofetal. Os estudos com pravastatina têm demonstrado uma ação benéfica deste fármaco ao nível dos biomarcadores pró-angiogénicos e de outros outcomes secundários, como a idade gestacional e o peso fetal ao nascimento. A utilização do sildenafil apresenta alguma controvérsia pelo facto de, em ensaios clínicos realizados, ter ocorrido aumento dos casos de hipertensão pulmonar neonatal associada a este fármaco. Alguns estudos demonstram melhoria na circulação materno-placentária e em outcomes obstétricos, como a idade gestacional e peso fetal ao nascimento, com a administração de sildenafil após o diagnóstico de restrição do crescimento fetal. Conclusão: A restrição do crescimento fetal é uma complicação obstétrica que apresenta uma prevalência entre 3 a 7% e uma recorrência de cerca de 25% e, por isso, é fundamental fazer uma abordagem individual do seu risco. O ácido acetilsalicílico e a heparina de baixo peso molecular são fármacos já utilizados de forma segura na prática clínica em algumas patologias obstétricas. A sua ação promissora na prevenção da restrição do crescimento fetal e na melhoria da fluxometria doppler da circulação maternofetal evidencia que, poderão vir a ser fármacos eficazes na profilaxia da restrição do crescimento fetal. A pravastatina e o sildenafil, apesar de usados apenas em estudos, têm demonstrado resultados benéficos em outcomes obstétricos para gravidezes de alto risco.
Introduction: Fetal growth restriction is a pregnancy complication responsible for adverse obstetric outcomes, such as in utero fetal death, neonatal death and other prenatal and neonatal comorbidities. Nowadays, the pharmacological prevention of this disease is a challenge since no medication is approved for this purpose. Methods: A literature review of Pubmed and ScienceDirect databases was performed by applying the abstract’s keywords. Articles published from 2016 to 2022 and evaluating the association between pharmacological treatment and its effect on fetal growth restriction or adverse effects were selected. Results: Several studies demonstrated a significant decrease in fetal growth restriction with the administration of 100 to 150 mg of acetylsalicylic acid before 16 weeks of gestational age. Low-molecular-weight heparin before 16 weeks showed debatable results on fetal growth restriction prevention, but a promising action on maternal-fetal circulation. Pravastatin appeared to have a beneficial action on pro-angiogenic biomarkers and other secondary outcomes, such as gestational age and fetal weight at birth. The use of sildenafil is controversial as some clinical trials have shown an increase of neonatal pulmonary hypertension associated with this drug. However, it was also associated with an improvement in maternal-placental circulation and obstetric outcomes, like gestational age and fetal weight at birth, when sildenafil was administered after the diagnosis of fetal growth restriction. Conclusion: Fetal growth restriction is an obstetric complication with a prevalence of 3 to 7% and a recurrence of 25%. Evaluating the individual risk of fetal growth restriction in an early stage of pregnancy is essential. Aspirin and low-molecular-weight heparin are used safely in some obstetric pathologies. Because of their promising effects in the prevention of fetal growth resctriction and in the improvement of maternal-fetal circulation doppler, these drugs can be a pottencial prophylactic therapy for fetal growth restriction. Although the use of pravastatin and sildenafil is limited to clinical trials, they have shown good results in obstetric outcomes for high-risk pregnancies.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111363
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File SizeFormat
Trabalho Final - Ana Margarida Martins.pdf760.98 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s)

51
checked on Jul 17, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons