Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/111252
Title: Perfil genético e seleção da dieta na obesidade
Other Titles: Role of the genetic profile in personalized diet in obesity
Authors: Silva, Paulo Eugénio Leite Portela da
Orientador: Silva, Henriqueta Alexandra Mendes Breda Lobo Coimbra
Mendes, João Fernando Pereira
Keywords: Obesity; Polimorfism, Genétics; Nutrigenomics; Diet; Obesidade; Polimorfismo Genético; Nutrigenómica; Dieta
Issue Date: 21-Jun-2023
Serial title, monograph or event: Perfil genético e seleção da dieta na obesidade
Place of publication or event: FMUC – Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Portugal ou Faculty of Medicine, University of Coimbra, Portugal
Abstract: A obesidade é uma doença crónica, com uma prevalência superior a 35% na população mundial, que resulta da interação entre fatores biológicos, psicossociais, comportamentais e o perfil genético. Está associada a um risco aumentado de doenças metabólicas, como a diabetes mellitus, do foro cardiovascular, de cancro e de demência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), caracteriza-se por um aumento da acumulação da gordura corporal, que resulta do aumento de ingestão calórica e/ou diminuição do gasto energético.Estudos de associação genética têm descoberto inúmeras variantes associadas a interações específicas de gene-nutriente que podem estar envolvidas no desenvolvimento da doença, incluindo interações na absorção de nutrientes, no metabolismo dos lípidos, na utilização do nutriente e na acumulação de gordura. A partir dos estudos de associação genética dirigidos à identificação de loci de suscetibilidade à obesidade, foram identificadas variantes em genes como o FTO (FTO alpha-cetoglutarato-dependente dioxygenase), o mais estudado, e outros como o MC4R (Recetor da melanocortina 4), o ADRB2 (Recetor B adrenérgico 2), o LEPR (Receptor da leptina) e o LCT (Lactase). Estão descritas variantes noutros genes, associadas a interações alimentares, como o PPARG (Recetor ativado por proliferador de peroxissoma gama), IL-6 (Interleucina 6), entre outros, que no entanto não apresentam uma associação tão forte à obesidade.Tem surgido a hipótese de que o perfil genético possa servir de base a programas personalizados de dieta de controlo da obesidade. Ainda que a descoberta da genética como parte integrante no desenvolvimento da obesidade tenha sido um marco importante nas áreas da Nutrição e Genética, atualmente, não há evidência científica da utilidade da caracterização do perfil genético individual para a seleção da dieta a prescrever. Muitos dos estudos são inconclusivos ou com resultados contraditórios, os fenótipos nem sempre estão bem caracterizados, o número de indivíduos estudados é escasso, e o impacto associado a cada variante é reduzido (baixa penetrância), OR < 1.3. Para a realização deste trabalho, inicialmente, utilizei a equação de pesquisa (obesity AND polymorphism AND nutrigenomics AND nutrigenetics AND nutrition) na PubMed e os respectivos polimorfismos encontrados na SNP PubMed database. Consultei relatórios, jornais e informação legal considerada apropriada.De um modo geral, independentemente do perfil genético dos indivíduos obesos, uma dieta pobre em hidratos de carbono e gorduras saturadas, e rica em vegetais e fruta, associada a atividade física regular, parece ter sempre benefícios. Também não há estudos prospetivos e randomizados que evidenciem a vantagem da caracterização inicial dos pacientes, para nenhuma das variantes identificadas pelos estudos de associação nem para scores poligénicos. Sem esta evidência de utilidade clínica, a personalização da terapêutica da obesidade baseada no perfil genético deve ser considerada experimental.
Obesity is a chronic disease, with a worldwide prevalence higher than 35%, which is a result of the interaction between biological, psychosocial, behavioral factors and the genetic profile. It is associated with an increased risk of metabolic syndromes, such as cardiovascular disease and diabetes, and other diseases, such as cancer and dementia. It is often accompanied by general morbidity. World Health Organization (WHO) defines obesity as an increased accumulation of body fat, resulting from an increased caloric ingestion and/or decreased physical activity and energy expenditure.Genome Wide Association Studies (GWAS) have discovered multiple gene-nutrient interactions that can cause disease, including in nutrient absorption, lipid metabolism, nutrient distribution, and fat accumulation. In this context, the term nutritional genomics arose, which includes nutrigenetics and nutrigenomics. From the GWAS directed towards loci associated with obesity, many Single Nucleotide Polymorphisms (SNPs) were identified and described, such as in FTO (FTO alpha-cetoglutarato-dependente dioxygenase), o the most studied, and others MC4R (Melacortin Receptor 4), ADRB2 (Anti-β2-Adrenergic Receptor), LEPR (Leptin Receptor) e o LCT (Lactase). Others are described based on known diet interactions, such as PPARG (Peroxisome proliferator- activated receptor gamma), IL-6 (Interleucin-6), and others, without a strong enough link to obesity.It has been suggested that the genetic profile may be the basis of personalized diet programs to control obesity. Although the discovery of genetics as a part of the obesity development was important to Nutrition and Genetics, nowadays, there is no scientific evidence that the individual characterization of the genetic profile should impact the diet. A lot of the studies are inconclusive or have contradictory results, not always phenotypes are well characterized, the size of the sample is poor, and the impact associated with each variant is low (low penetrance) (OR < 1.3). Para a realização deste trabalho, initially used the equation de pesquisa (obesity AND polymorphism AND nutrigenomics AND nutrigenetics AND nutrition) in PubMed and respective polymorphisms found, on SNP PubMed database. Consulted reports, journals and legal information considered appropriate. Independently of the genetic profile of obese and non-obese people, a diet poor in carbohydrates and saturated fats, and rich in vegetables and fruits, associated with regular physical activity, is always beneficial. Also, there are no prospective and randomized studies that show the benefits of an initial characterization of the patients, either for any of the identified variants in GWAS or polygenic scores. Therefore, without any kind of evidence, personalizing obesity therapeutics according to genetic profile must be considered experimental.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111252
Rights: openAccess
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