Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/111248
Título: Impact of oncological disease on ovarian stimulation for fertility preservation.
Outros títulos: Impacto da doença oncológica na estimulação ovárica para preservação da fertilidade.
Autor: Negrão, Magda Teresa Santos
Orientador: Pais, Ana Sofia Fernandes
Santos, Ana Teresa Moreira Almeida
Palavras-chave: Oncofertilidade; Estimulação ovárica; Cancro; Preservação da fertilidade; Criopreservação de ovócitos; Oncofertility; Ovarian stimulation; Cancer; Fertility preservation; Oocyte cryopreservation  
Data: 30-Mai-2023
Título da revista, periódico, livro ou evento: Impact of oncological disease on ovarian stimulation for fertility preservation.
Local de edição ou do evento: Serviço de Medicina da Reprodução - Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: With the improvement of diagnostic and treatment techniques in oncology, there has been a significant increase in the survival rates of women of childbearing age with cancer diagnoses, and consequently in women undergoing controlled ovarian stimulation (COS) for fertility preservation (FP). However, the impact of cancer on COS is controversial and studies in this area have produced conflicting results. Thus, the aim of this study was to investigate the impact of cancer prior to gonadotoxic treatments on ovarian reserve and ovarian response to COS.A retrospective study was conducted using an anonymous database of patients who underwent COS for FP excluding women who had already undergone potentially gonadotoxic treatment. The patients were categorized into cancer and non-cancer group and subcategorized based on cancer type: breast, ovarian, hematologic, colorectal and others. Some clinical differences were found between groups, such as in age, parity and in patients’ smoking habits. Breast and colorectal cancer patients were older than those without a cancer diagnosis (p=0.000 and p=0.001, respectively) and with hematological cancer (p=0.000 and p=0.023, respectively), and also had lower nulliparity rates compared to non-cancer group (p=0.027). There was a higher percentage of women without a cancer diagnosis with smoking habits compared to those with breast and hematological cancers (p=0.003 and p=0.013, respectively). Ovarian reserve and response to stimulation were similar in the two groups. However, a tendency to lower ovarian reserve was observed in women with colorectal cancer, namely anti-Müllerian hormone (AMH) levels were about half compared to the other groups. In this group, there was also a tendency for poorer response to ovarian stimulation, with fewer oocytes available for cryopreservation, and a higher percentage of women in whom no oocyte preservation was possible.In conclusion, there were no differences in ovarian reserve and response to COS according to cancer type, except for a negative trend in colorectal cancer patients. Additionally, reproductive counseling for cancer patients should consider other factors that can impact fertility, such as age and smoking habits. This knowledge enables us to improve reproductive counseling in this population.
A preservação da fertilidade (PF) emergiu como oportunidade de assegurar o futuro reprodutivo dos doentes oncológicos, pelo impacto negativo dos tratamentos na fertilidade em paralelo com o aumento da sobrevivência e o adiamento da maternidade. O impacto da doença oncológica na reserva ovárica e na resposta à estimulação ovárica (EO) para criopreservação de ovócitos é controverso e a evidência científica existente nesta área é escassa.O objetivo do trabalho foi investigar o efeito do cancro na reserva ovárica e na resposta à EO.Realizou-se um estudo retrospetivo após análise dos dados clínicos de doentes que realizaram criopreservação de ovócitos para PF, nos últimos 10 anos. Foram constituídos dois grupos principais mediante a existência de doença oncológica e subgrupos de acordo com o tipo de cancro. Foram incluídas 196 mulheres, das quais 39 encaminhadas por motivos não oncológicos, como transgénero e síndrome do X-frágil. As restantes 157 mulheres apresentavam uma indicação oncológica para PF, das quais 106 tinham cancro da mama, 31 cancro hematológico, 9 cancro do ovário, 7 cancro colorretal e 4 outros tipos de cancro.As mulheres com diagnóstico de cancro da mama e cancro colorretal são significativamente mais velhas do que as sem diagnóstico oncológico (p=0,000 e p=0,001, respetivamente) e do que as com cancro hematológico (p=0,000 e p=0,023, respetivamente). Verificaram-se diferenças na paridade (p=0,027), com menor percentagem de nuliparidade nas mulheres com cancro da mama e cancro colorretal. Relativamente ao tabagismo também se verificaram diferenças (p=0,015), com maior percentagem nas mulheres sem diagnóstico oncológico comparativamente com as com cancro da mama e cancro hematológico (p=0,003 e p= 0,013, respetivamente). Para as restantes características clínicas e para o estadiamento oncológico não se observaram diferenças entre grupos.Na análise da reserva ovárica não foram observadas diferenças nos níveis de hormona anti-Mülleriana (HAM) entre grupos. O mesmo foi verificado para resposta à EO, no que diz respeito ao número total de ovócitos preservados e número de ovócitos maduros. No entanto, as mulheres com cancro colorretal apresentaram tendencialmente menor reserva ovárica, com níveis de HAM de cerca de metade comparativamente com os restantes grupos. Neste grupo verificou-se ainda uma tendência para pior resposta à EO com menor número total de ovócitos preservados, menos ovócitos maduros e maior percentagem de mulheres nas quais não foi possível preservar nenhum ovócito.Em conclusão, não se verificaram diferenças na reserva ovárica e resposta à EO de acordo com o tipo de cancro, exceto uma tendência negativa para o cancro colorretal. Adicionalmente há outros fatores, como a idade e os hábitos tabágicos, que podem influenciar o impacto na fertilidade. Este conhecimento permite melhorar o aconselhamento reprodutivo nesta população.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111248
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro TamanhoFormato
Tese MIM Magda Negrão.pdf924.35 kBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

10
Visto em 8/mai/2024

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons